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Nicole
24 de Maio de 2024 Irajá Zona Norte, Rio de Janeiro.
Eu não queria contar. Não queria me abrir. Tão pouco queria reabrir minhas feridas que pareciam cicatrizadas. Mas eu não consegui resistir, e antes mesmo que me desse conta, já estava entrando no joguinho dele.
Nicole: Se vou mesmo responder as suas perguntas, eu preciso de um gole disso - falei, esticando minha mão para pegar a garrafa da mão dele.
O Gabriel fez gracinha e afastou a mão uma vez, levando a bebida pra longe do meu alcance. Quando me ouviu bufar, ele soltou uma risadinha e me entregou a garrafa.
Nicole: Você é tão irritante.
Senti a garganta arder quando o álcool desceu no primeiro gole.
Gabriel: Tá bebendo por que precisa de coragem pra me contar a verdade ou por que precisa de coragem pra ouvir minhas verdades?
Eu nem mesmo sabia responder.
Nicole: Um pouco dos dois.
Eu levantei a garrafa na direção dele, fingindo um brinde e ele negou com a cabeça quando tomei mais um gole.
Não era uma boa ideia pra mim beber na companhia de um homem, ainda mais se esse homem fosse ele. E por mais que não era a primeira vez que estávamos fazendo isso, eu não conseguia ficar menos tensa.
Hoje não, hormônios. Controlem-se!
Ele precisava de uma amiga pra conversar e ouvir seus lamentos, e não de uma louca por sexo.
Não hoje.
Gabriel: Eu começo.
Eu levei um susto quando ouvi a voz dele, me dando conta de que estava perdida em pensamentos por tempo demais.
Nicole: Hã? - ele franziu o cenho e torceu o nariz, provavelmente me achando mais maluca do que já achava. Joguei o cabelo por cima do ombro pra retomar a minha postura e minha atenção - Ah, sim. Quer dizer, não. Não mesmo. Eu começo!
O maldito sorriso não saía da boca dele.
Gabriel: O álcool já começou a fazer efeito?
Ignorei a piadinha do ser mais irritante que já tinha conhecido. Resolvi iniciar minhas perguntas.