Capítulo proibido em dezesseis países e em dezoito idades.
Brincadeirinha.
Boa sorte pra quem quiser ler.Nicole
24 de Maio de 2024
Irajá
Zona Norte, Rio de Janeiro.Eu não conseguia me mexer.
Simplesmente senti meu corpo travado, e quando ele tocou a minha boca com a sua, minhas pernas estremeceram.
Não era o beijo que eu queria. Nem o que eu estava esperando. A boca dele tocou a minha de forma tão inocente, que por um momento me perguntei se realmente era a mesma pessoa que estava fazendo o meu corpo arder só com simples toques. Mas o Gabriel parecia saber muito bem o que estava fazendo, adorando o poder de deixar a tensão daquele momento nas alturas.
O lábio dele, ainda encostando no meu, se entreabriu e consequentemente o meu o acompanhou. Só então soltei o ar que nem tinha percebido ter prendido. Quando o ar quente tocou a boca dele, seus dedos me apertaram ainda mais na cintura. Ele me torturou, passando a língua bem devagar encima do meu lábio, e depois puxou a minha boca em uma mordida.
O autocontrole que eu estava disposta a elogiar, foi embora no momento em que eu gemi fraquinho, por conta da mordida.
O Gabriel soltou meu corpo, empurrando minha cintura pra trás. Caí na cama sem a menor consciência dos meus atos. Meus olhos se abriram com o susto, e engoli o nó na garganta quando notei o cara que ele fazia.
Dentes trincados, forçando o maxilar. Os olhos semicerrados e mãos fechadas em punho. Os seus olhos não saíram do meu rosto.
Ele continuou de pé, na minha frente, mas encurtou a distância com um passo. Dessa forma, nossos joelhos se tocavam. Eu me mantive sentada, com o pescoço esticado, totalmente perdida em sua expressão de desejo.
Eu percebi quando o nariz dele inflou, e no mesmo momento senti algo em mim pulsar. Não entendo se era o coração ou... deixa pra lá.
Ele esticou uma das mãos, até tocar a pele do meu rosto, e o dedo acariciou a minha bochecha. A outra mão dele também se contentou em segurar o meu rosto, e por mais que aquele movimento parecesse fofo e singelo, o olhar dele demonstrava totalmente o contrário. Ele não estava sendo fofo, só estava perdido nos próprios pensamentos... e eu precisava confessar que tinha medo de descobrir no que tanto pensava.
Eu tentei retomar a consciência do meu ato, mas quando meu olhar vacilou por um segundo, desviando dos seus olhos, entendi o que estava passando em sua cabeça.