capítulo 128

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11 de Agosto de 2013

*Louis Tomlinson*

Eu suspiro de alívio e mando-me para cima de um puf do Ron's, desmanchando-me completamente, devido ao cansaço com que estou após um dia de trabalho. O Ron decidiu fazer um acordo e abriu hoje uma banca com acessórios aqui do bar, que é de uma amiga dele. Fez também um desconto nas bebidas aos clientes, o que fez o bar hoje estar cheio e não parou por um único segundo.

Eu e Madison começámos com o turno da manhã, como sempre, e vieram mais clientes do que o que tínhamos programado, portanto tivemos que pedir ao Brandon para nos ajudar e o Lucas teve de sair da parte da música, dando-nos também auxilio. No entanto, as pessoas cada vez começavam a chegar mais e nós tivemos de aguentar os quatro o ambiente até às quatro da tarde, que é quando Noah e a Patricia chegam.

Visto que o ambiente do bar nem aí acalmou, eu e Madison tivemos de prolongar o nosso turno até às oito, pois tivemos de ajudar. Eu estou completamente morto e cansado e só não estou mais porque a feira encerrou agora. O que vale, no meio disto tudo, é que vou receber um salário extra pelas horas que estive a trabalhar quando não era o meu turno.

A Madison junta-se a mim e eu posso ver que ela está igualmente cansada, pelo suspiro que dá. Ela vê uma coisa no seu telemóvel e eu fecho os olhos, devido ao cansaço que tenho em cima. Mas, mesmo com os olhos fechados, eu consigo sentir o olhar de Madison pousado em mim e eu já sei que ela está indecisa se me deve perguntar algo ou não.

- "Tu e a Savannah têm falado, desde que esclareceram aquele mal-entendido das mensagens?"

Eu assinto levemente, continuando com os olhos fechados, e levo os meus braços para trás da minha cabeça, descansando um pouco. Eu já nem sequer sabia qual era a sensação de descansar as pernas.

- "Só passaram dois dias, mas nós temo-nos falado." –eu acrescento.

- "Isso é bom, ela já sabe porque é que não recebeu as mensagens?"

- "Ela diz que não, mas eu acho que ela sabe."

Enquanto digo esta frase, eu abro lentamente os meus olhos e vejo a sua expressão confusa na cara, não entendo o que eu acabei de dizer. Eu suspiro e ajeito-me no puf, sentando-me como deve ser e olhando para ela, para que lhe consiga explicar o sentido do que disse.

- "Eu disse-lhe que talvez tivesse sido alguém a mexer no telemóvel dela, e ela deixou de responder às mensagens. E quando falámos de novo, ela disse que não sabia mas que também não estava preocupada."

- "Isso é estranho, como é que ela não pode estar preocupada se alguém anda a mexer nas coisas dela sem ela saber?"

Eu assinto, mostrando a Madison que é exatamente o que eu estou a pensar. Estou feliz por ela ter a mesma opinião que eu, porque assim já não acho que sou um maníaco obcecado. Eu acho que é estranho alguém ter mexido no telemóvel dela e ela não estar minimamente preocupada com isso. Aliás, a Savannah é aquela pessoa que odeia que invadam a sua privacidade.

Para além do mais, eu ainda não perdi a capacidade de saber quando ela me está a mentir, e sei que ela ainda não aprendeu a mentir como deve ser. Portanto, é bastante óbvio que ela está a proteger o culpado. Não sei porque raio ela o está a fazer, porque eu não posso ir ao México e espancar quem fez isto, e eu nem sequer estou em posição de refilar sobre alguma coisa, neste momento.

- "Eu acho que ela sabe quem é, e está a encobrir o culpado."

- "Tu tens alguma ideia de quem tenha sido?"

- "O Harry." –eu proponho, com um encolher de ombros.

Eu tenho pensado nisto ultimamente e a ideia de o Harry ter apagado as mensagens que eu tenho mandado à Savannah não me sai da cabeça. Ele tinha todos os motivos para tal, como o facto de ele me querer longe dela, ou de ele ter sentimentos por ela, ou de ele me ter ameaçado que não a ia deixar voltar para mim.

two is better than one || 2ª temporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora