Tell Me You Love Me { FreenBecky }

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      POV Becky

Despertei do meu sono profundo com o meu celular tocando estridente, tateio o meu aparelho e aperto a tela do mesmo sem ver, só sei que o barulho parou e eu dei graças a Deus por isso. Tentei dormir novamente, porém o sono simplesmente saiu de dentro de mim, resmunguei e fui me arrastando para o banheiro, escovei meus dentes calmamente, eu ainda parecia estar no mundo dos sonhos de tão lerda que estou. Assim que faço a minha higiene, vou para debaixo do chuveiro e fico uns vinte minutos até que me desperto de vez.

Volto para o meu quarto e vou ao closet, visto uma calcinha branca, calça jeans branca com alguns rasgos, um sutiã preto e uma camisa de mangas curtas. Escuto o meu celular novamente tocando e vou até a mesinha ao lado da minha cama, pego o iPhone vendo o nome da Freen brilhando na tela. Rapidamente atendo com um enorme sorriso.

- Bom dia Darling, não foi trabalhar hoje?

- Rebecca, não é a Freen – escutei uma voz diferente porem eu conhecia.

- Quem é? – perguntei um pouco confusa.

- Sou eu, a Ninel.

- Hey Ninel, aconteceu alguma coisa? – logo fiquei preocupada.

- Sim, aconteceu – suspirou pesadamente – Estou no hospital com o Aaron.

- Ei, o que houve?

- Freen não acorda de jeito nenhum – respondeu, sua voz saiu tremula – Ela está desacordada com o médico, ainda não recebi noticias e te liguei para avisar...

- Fez o certo, a Freen é muito importante para mim – levo uma mão até os meus cabelos – Chego ai em poucos minutos.

- Tudo bem querida, tchau.

- Tchau Ninel – encerro a ligação e berro – MÃE!

- Que foi menina? –  apareceu correndo dentro do meu quarto – Tá pegando fogo?

- Não mãe – bufo – Vou ter que sair urgente.

- Aconteceu algo?

- Freen está no hospital – beijo a sua testa – Diga para o pai, que não vou poder ajuda-lo hoje com a fazenda.

- Tudo bem querida, espero que a Freen esteja bem.

- Eu também mãe, eu também.

Saio do meu quarto após pegar a chave do meu carro, desço escorregando pelo corrimão e escuto a minha mãe berrando para eu não fazer isso, mas era tarde demais. Saio de casa sem dizer absolutamente nada, arranco com o meu carro que até os pneus cantaram. Troco de marcha e acelero mais ainda, mal percebi o ponteiro do painel subindo, só sei que passei como um vulto pela estrada de tão alta está a velocidade. Avisto uma curva fechada que me leva em direção ao hospital, dou um cavalinho de pau fazendo aquela curva perfeitamente e então aperto o freio de mão assim que paro em frente ao hospital. Saio do meu Impala o travando e entro as pressas no local.

- Ninel! – corro até a mulher que está sentada na sala de espera.

- Querida – me esmagou em um abraço, escutei seu choro baixo.

- Ei se acalme, vai ficar tudo bem – acaricio suas costas, ela me apertou mais ainda ao seu corpo.

- Olá Rebecca – escutei a voz do Aaron.

- Bom dia Aaron – o cumprimento com um aperto de mão após sair do abraço – Oi princesinha.

- Oi Darling, a Sa vai ficar bem? – Maya perguntou com um biquinho adorável, é idêntica a irmã.

- Vai sim meu amorzinho – beijo a sua bochecha – Continue jogando em seu celular, logo a sua irmã estará em casa.

- Vem jogar comigo –  pediu esticando os bracinhos.

- Certo – a pego no colo e me sento na cadeira, fico acariciando seus cabelos enquanto a pequena jogava no celular dos seus pais – Então, querem me contar melhor sobre a Darling?

- Acordei hoje cedo e vi que ela ainda não tinha acordado, fui chama-la já que tínhamos que ir no restaurante – Aaron contou – Ela não se mexeu, apenas respirava, mas não acordava.

- Tem algum palpite do que pode ser? – indaguei curiosa.

- Não sabemos – Ninel respondeu cabisbaixa.

- Vai dar tudo certo! 

Ficamos um tempo naquela sala, até que um médico bem vestido apareceu, ele pediu que duas pessoas o acompanhassem. Fiquei ali segurando a Maya em meu colo até que o Aaron anunciou para que a Ninel e eu fosse com o doutor, fiquei surpresa com aquilo, mas percebi que o Aaron tem gratidão por eu ter salvado a filha dele uma vez, deixei a Maya no colo do pai e segui o médico junto com Ninel. Entramos em um quarto e lá vi a Freen.

- Darling – me apresso a estar do seu lado – Graças a Deus, você está acordada.

- Oi Bec – sua voz saiu fraca.

- Como você está? – perguntei desesperada, agarro a sua mão fria.

- Estou bem –  sorriu fraco.

- Filha – Ninel abraçou de forma desajeitada a filha – Estava tão preocupada com você, recebemos um susto.

- Desculpa mamãe – pediu manhosa.

- Vou explicar o que aconteceu – o doutor se pronunciou – Freen acabou tomando calmantes demais e tivemos que fazer uma limpeza em seu estômago.

- Porque você fez isso, Darling? – olho atentamente para ela, que está pálida.

- E-eu não conseguia dormir –  abaixou a cabeça – Achei que tomando vários calmantes me faria conseguir dormir bem.

- Nunca mais faça isso – praticamente imploro, seguro o seu rosto entre minhas mãos – Promete nunca mais fazer isso?

- Eu aprendi a lição, Benec –  segurou minha mão que está em seu rosto – Prometo não fazer mais isso.

- Céus, fiquei tão preocupada – abraço-a e planto vários beijos no topo de sua cabeça.

- Vou deixar vocês duas a sós e vou chamar o Aaron – Ninel anunciou.

Ela e o médico saíram do quarto deixando apenas nós duas, Freen me olhou com seus olhinhos achocolatados e fez uma cara manhosa junto de um biquinho fofo, não resisti. Colo nossos lábios fazendo-a desfazer do bico e me beijar de verdade, continuei ainda segurando seu rosto e as suas mãos estão pousadas em cima das minhas. Mordisco o seu lábio inferior e planto um selinho generoso, antes de me afastar.

- Linda – dou-lhe mais um selinho.

- Ah Bebec –  sorriu abertamente e me abraçou com força – Você é tão carinhosa comigo.

- Você merece, princesa – afago sua bochecha que está corada – Realmente está se sentindo bem?

- Estou sim –  se curvou para frente só para colar nossos lábios rapidamente – Fica aqui comigo? 

- Eu fico – me sento na beirada da cama e sinto seus dedos se entrelaçando com os meus.

- Filha – Aaron adentrou no quarto com a Maya em seu colo – Meu amor, como é bom te ver bem.

- Estou realmente bem, papai – ela responde com um sorriso meigo – Sabe se vou ter alta hoje?

- O doutor avisou que daqui a pouco passa para te dar alta.

- Sa – Maya se jogou na irmã – Darling disse que você ficaria bem e ela acertou.

- Sim princesinha, acertou em cheio.

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Que susto hein? Mas graças a Deus não houve nada!