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     POV Freen


Depois da pescaria que foi muito divertido e pegamos bastante peixes, voltamos para a fazenda, demos para a Serena os peixes para que ela limpasse e fritasse para nós comer, obviamente que o Klaus foi ajuda-la porque a minha sogra reclamou horrores, mas no fim disse que estava com vontade de comer uma boa porção de peixe frito. Richard se enfiou em seu quarto alegando ir tomar um banho e ver se o beiço está uma catástrofe por conta da mordida que levou no lábio, Irin foi para o quarto também dizendo que precisa de um belo banho para relaxar o corpo e que logo viria comer a porção. Becky teve uma idéia incrível que me deixou mais animada ainda, ela vai fazer uma casa na árvore para nós duas.

Minha namorada pegou tudo que precisa para começar a construção, vi uma pilha de tabuas amontoadas perto de uma enorme árvore, Becky pegou umas madeiras grandes e foi arrastando com muito custo para perto de suas ferramentas, não sabia que ela sabia construir essas coisas, mas estou impressionada. Já que sou inútil por não saber nada, disse a ela que tentaria fazer uma escada para podermos subir na casa na árvore. Peguei algumas tábuas e bati prego tentando fazer uma espécie de escada com algumas cordas, Irin se encaminhou até nós deixando um prato cheio de peixe frito e se foi para a casa.

- Meu Deus, isso está muito bem temperado – gemo de satisfação, levo mais um pedaço até a boca – Bebec, para um pouco o que está fazendo e come.

- Tô indo – ela saiu de perto das madeiras e veio até mim, pegou alguns peixinhos e enfiou na boca – Nossa, está realmente bom.

- Não sabia que você construía essas coisas – apontei para as madeiras que agora estão encaixadas algumas.

- Eu já tive uma casa na arvore quando era pequena, lembro que fiquei olhando o meu pai construí-la, mas depois de anos, a madeira apodreceu –  deu de ombros – Tenho mais ou menos uma idéia de como fazer.

- Não vai pedir ajuda ao seu pai? – indaguei pegando mais um pouco da porção.

- Depois eu vou pedir, não vou conseguir fazer isso sozinha –  sorriu – Vai ser o nosso refúgio.

- Sempre quis ter uma casa na árvore, mas é complicado – solto uma risada.

- Vou realizar seu sonho então –  se aproximou e beijou meus lábios – Vamos voltar ao trabalho?

- Certo, estou tentando montar uma maldita escada – faço um bico.

- Não é tão difícil, você vai conseguir –  me deu um selinho e foi para perto das madeiras – Se quiser, olhe na internet, vai que acha algo legal.

- É, vou ver o que eu consigo fazer – termino de comer o peixe e ouço uma voz lá do fundo – Amor, tem alguém chamando.

- Darling, vai lá ver quem é por favor?

Aceno limpando minhas mão em meu short e me afasto daquela área que contem várias árvores, tipo uma espécie de floresta e é um pouco afastada da casa. Sigo a voz que parecia chamar pelo meu sogro, até que avisto alguém no cercado que separa as fazendas, me aproximo cada vez mais e reparo que é o Nop. Continuo andando vendo que ninguém iria até ele, acho que ninguém ouviu o coitado. Coloco as minhas mãos no cercado ao parar em sua frente e vendo-o do outro lado da cerca.

- Oi – chamo por sua atenção, estou muito desconfortável com a sua presença.

- Hey Saro –  abriu um enorme sorriso, piorou a minha situação – Klaus está?

- Uhum, porque você não foi na casa? Ele está lá com a família – respondi ajeitando o meu cabelo.

- Geralmente eu o chamo daqui mesmo – sorriu mais ainda – Trocamos conversas aqui nessa cerca.

- Oh sim, mas acho que ele...não ouviu – coço a minha nuca – É algo importante?

- Nah –  negou – Só iria conversar com ele algumas coisas da fazenda.

- Ah, sim.

- Então Saro –  colocou a sua mão sobre a minha no cercado – Quer conhecer a minha fazenda? Não tem ninguém lá, apenas eu e acho que seria maneiro...

- Ahn...não vai dar, estou ocupada – afasto a minha mão da sua – E-eu...

- Certeza? Você ia amar as plantações e tem cada frutas gostosas que você ia adorar comer –arrastou sua mão tentando pegar a minha outra.

- Eu realmente estou ocupada – me afasto da cerca – É sério.

- Nop! – escutei a voz furiosa de minha namorada – Você não ouviu ela dizendo que está ocupada seu babaca? Eu vou arrebentar a sua cara.

- O que eu fiz?

- Você é um maldito.

Becky avançou como um vulto que eu mal tinha visto, ela o empurrou da maneira que podia já que a cerca os separava, Nop caiu como uma jaca podre no chão, o mesmo arregalou os olhos e ficou assustado com o ato, mas logo fica com a cara brava. Ele se levantou rosnando e limpando a bunda, antes que a minha namorada tentasse pular aquela certa, a seguro pelo braço e puxo-a antes que fizesse um loucura e acabasse de vez com aquele garoto inútil.

- Você trata de ficar quietinha, não vai bater em ninguém – empurro a fazendeira que rosnou para mim.

- Vai defende-lo?

- Defender de quê pelo amor de Deus? – reviro os olhos – Não vamos caçar briga agora.

- Nop, como teve a audácia? – Klaus apareceu com uma cara nada boa – Eu vi tudo, respeite a minha nora e a minha filha.

- E-eu...

- Seu idiota.

- Se isso se repetir novamente, eu vou quebrar a sua cara – Becky ameaçou antes de dar as costas e voltar para perto da enorme árvore.

- Becky! – a chamo, sigo-a tentando alcança-la.

- Me deixa em paz Freen, vai lá dar atenção a ele –  resmungou sem se virar para trás – Quem sabe ouvir uma cantada ou sobre o quão bom é a fazenda dele?

- Para com isso, eu cortei todas as tentativas dele – puxo o seu braço quando alcanço e a faço me olhar – Você viu.

- Eu vi muito bem ele pegando em sua mão.

- Mas eu afastei! – me defendi – Isso é loucura Becky, você está brigando comigo como se eu tivesse te traído.

- Só me deixa em paz.

- Tudo bem, eu vou embora.

Dou meia volta e me afasto de minha namorada que está morrendo de ciúmes, até que sinto uma mão em meu pulso me girando e me tendo em seus braços firmes que agarraram a minha cintura. Olho para cima me deparando com a Becky, seus olhos pareciam suplicar e a sua boca foi de encontro a minha, começamos um beijo devorador onde correspondi todas as suas investidas. Cravo as minhas unhas em sua nuca e arranho até o vão de suas costas, Becky segurou firme em minha bunda, unindo mais os nossos corpos e arfando contra a minha boca quando chupei a sua língua. O ar já fazia falta, mas eu não queria me separar, mas infelizmente isso aconteceu e pude respirar da melhor forma.

- Me perdoa pelo meu ciúmes possessivo –  praticamente implorou e se ajoelhou no chão agarrando as minhas pernas – Me perdoa Darling.

- Está tudo bem, se fosse eu no seu lugar, eu também iria morrer de ciúmes – suspiro pesadamente.

- Me perdoa? –  insistiu – Eu sou uma trouxa, eu te amo tanto amor, não suporto a idéia de ter outras pessoas tendo outras intenções com você.

- Eu te perdôo – me ajoelho em sua frente – Eu te amo, ok? Só amo você e mais ninguém, sou apenas sua assim como você é minha.

- Exatamente –  sorriu aliviada.

- Agora podemos continuar com a casa na arvore?

- Claro, o seu sonho precisa ser realizado





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Ciúmes, é um bicho doido. 

Tell Me You Love Me { FreenBecky }Onde histórias criam vida. Descubra agora