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     POV Becky


Ajeito a minha vara junto com o anzol, conferi se estava tudo bem e se a linha continua firme como da última vez, pego a pequena boia rosa com a bater de baixo branca e coloco na linha até um certo ponto, pego uma caixinha que tem vários anzóis vai que quebra a outra, pelo menos vou ter várias reservas. Saio do quartinho de bagunças com as tralhas em minhas mãos, avistei o meu pai no quintal junto com os meus irmãos, Richard carregava um cooler para perto do rio onde já tem um barco a nossa espera e a Irin ajudava o nosso pai com varias varas de pesca. Estou usando um short jeans azul, uma camisa cavada preta e um chapéu na cabeça para que o sol não me queime.

Me aproximo do meu pai que pediu para eu conferir as boias das varas, olhei uma por uma e ajustei algumas que estavam fora do lugar, Freen também vai pescar com nós, queria ir busca-la mas a mesma insistiu tanto para que eu não precisasse me preocupar porque ela consegue vir sozinha dirigindo. Obviamente a minha mãe não vai participar da pesca, ela odeia essas coisas.

- Pai, está tudo certo – comentei após analisar todas as varas.

- Certo, só falta a Freen – meu pai levantou um polegar para mim, o famoso jóia.

- Eu só vou dar um aviso – minha mãe chegou com as mãos na cintura – Se algum de vocês ficarem bêbados, a casa vai cair.

- Relaxa mãe, nós nunca ficamos bêbados quando pescamos – Irin revirou os olhos.

- Mas tudo tem a sua primeira vez – minha mãe bufa – Está ouvindo Klaus? São seus filhos, se algo acontecer, você vai ver como é feder para o seu lado.

- Ui meu amor, vai com calma – meu pai riu só para contrariar – Está tudo sob controle.

- Odeio quando vocês vão pescar, o que custa só pegar o peixe e vir pra casa? Mas não, vocês querem beber enquanto pescam – minha mãe reclamou, como sempre.

- Relaxa velha – Richard abraçou a nossa mãe de lado.

- Você vai ver quem é velha – meu irmão gemeu de dor ao receber um tapa no braço.

- Vamos fingir que somos normais, Freen chegou – meu pai cochichou em alerta.

- Oi meu amor – abraço a minha namorada que sorria largamente, beijo levemente os seus lábios – Tudo bem?

- Oi, Bec –  retribuiu o selinho – Estou bem, podemos ir?

- Claro, estávamos esperando por você.

- Oi Saro – minha mãe a cumprimentou como se nada tivesse acontecido antes.

- Oi –  a abraçou e sorriu.

Depois de minha namorada cumprimentar a minha família louca, fomos para o barco deixando a minha mãe para trás quase nos matando com o seu olhar mortal. Meu pai ficou no banquinho de trás do barco já que ele vai mexer no motor, meus irmãos no meio, eu e a Freen na frente. Papai guiou o barco através do motor até que paramos no meio do rio extenso, pegamos as nossas varas e eu peguei uma que tinha ajeitado para a minha namorada, estendo para ela.

- Amor, eu não sei pescar –  torce a boca.

- Eu sei, vou te ajudar – sorrio tranquilamente – Trouxemos minhoca para colocar no anzol.

- Ew! –  se encolheu – Isso é nojento.

- Você não viu nada – minha irmã se curvou para ficar perto de nós – Rich que tirou as minhocas da terra, foi um nojo.

- Você que vai colocar as minhocas no anzol? – Freen questionou a minha irmã.

- Você acha que eu relo nisso? Meu irmão que coloca – minha irmã deu de ombros – É nojento.

- Duas frescas – meu irmão provocou e eu concordei com um aceno.

- Primeiro, temos que fazer o nosso brinde – meu pai tirou do cooler latinhas de cervejas e estendeu para nós.

- Amor, você tomou remédio hoje? – indaguei preocupada, ela não pode beber álcool sendo que tomou remédio.

- Fica tranquila amor, eu não tomei remédio –  se esticou e beijou a minha bochecha.

- Brinde! – meu pai esticou a sua latinha, todos nós imitamos ele e assim bebemos uma grande golada – Agora vamos pescar.

- Cinquenta pratas que eu pego o peixe maior que o seu – meu irmão desafiou o nosso pai.

- Fechado! – ambos deram um aperto de mão.

- Me ajuda, amor – Freen me cutucou – O que eu faço?

- Vou te ajudar meu amor.

Segurei firme na mão de minha namorada que está agarrando a vara, ensino a ela o movimento que ela tem que fazer para lançar o anzol na água até que ela pegou um pouco de jeito. Coloco uma minhoca em seu anzol e a vejo fazendo cara de nojo, acabo rindo daquilo. Freen balançou a vara para trás e depois para frente fazendo a linha se esticar até alcançar o grande rio, deixei-a entretida na pesca e fiz a mesma coisa com a minha vara, fiquei concentrada a cada movimento que se fazia na água.

- Richard seu bosta, coloca logo a minhoca aqui – minha irmã reclamou.

- Cala a boca imbecil, vai espantar os peixes – ele se irritou mas acabou colocando a minhoca para a nossa irmã – Agora fica quieta.

- Bebec – Freen sussurrou – Minha vara está se mexendo.

- Está vendo isso aqui? – aponto para o objeto e ela assente – Isso se chama manivela, gira ela que a linha vai se recolhendo junto com o peixe que grudou no anzol.

- Assim? –  girou a manivela, fiquei observando-a até que a linha se recolheu por inteira e a minha namorada arregalou os olhos – Isso é sacanagem.

- Oh sim – solto uma gargalhada alta ao ver que tem um pneu no anzol – Que falta de sorte amor.

- Eu não sei pescar –  se emburrou – Para de rir de mim sua idiota.

- Ah amor, se acalma – beijo a sua têmpora – Tem que ter muita paciência, você vai catar um peixe bem grande e lindo.

- Mentirosa –  faz um biquinho fofo – Coloca logo a minhoca no anzol.

- Deixa eu por, minha princesa – coloco a minhoca e ela arremessa novamente – Apenas aproveita, não tenha pressa.

Freen assentiu prendendo o sorriso e ficou me olhando quase sem piscar, retribuo o olhar fitando aqueles olhos castanhos intensos que me deixa arrepiada, ela se aproximou lentamente, trocamos um último olhar antes de fecharmos nossos olhos e nos envolvermos em um beijo calmo. Me deliciei do sabor de sua boca, aqueles lábios carnudos se misturavam no meio dos meus, uma dança gostosa e com muito amor. Nos separamos ofegantes, uma sorrindo para a outra, trocamos um selinho longo.

- Eu te amo – sussurrei com meus lábios roçando aos seus.

- Eu também te amo, amor –  sorriu contra os meus lábios.

- Quanta melação – meu pai reclamou – Freen, sua vara está se mexendo.

- Será que eu peguei um peixe? –  rapidamente girou a manivela – Amor, está pesado.

- Deixa eu te ajudar – fui puxando a vara até que o peixe ficou em nosso ponto de vista – Eita porra, olha o tamanho.

- Parece um tubarão – ela falou toda boba – Amor, eu peguei o maior peixe.

- Eu disse que você ia pegar – beijo a sua bochecha.

- Chupa essa Rich –  comemorou.

- É meu! – meu irmão pegou o peixe na mão e fez um biquinho perto da boca dele – É meu neném, meu garotão. OUCH!

- Bem feito – minha namoradaexplodiu em risadas quando o peixe grudou no bico do meu irmão – SOCORRO, VOU MORRER DE TANTO RIR.

- BECKY ME AJUDA, TIRA ISSO DE MIM – ele gritou desesperado.

- Beija mais o peixe irmãozinho, já que você não consegue pegar a vizinha – provoco antes de tirar o peixe do lábio dele – Pronto, seu bobão.

Tell Me You Love Me { FreenBecky }Onde histórias criam vida. Descubra agora