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      POV Freen


Depois daquela treta toda, a minha querida tia e o meu querido primo, pegaram as malas que já estavam prontas e se partiram em um taxi sem dizer nenhuma palavra. Rawee estava com uma cara avermelhada, nem se quer olhou em minha cara ou fez menção de alguma coisa, Alex simplesmente abaixou a cabeça e seguiu a mãe, cagão da porra. Por sorte a minha irmã já tinha ido dormir, por isso que não viu a luta, se não iria assustar a minha irmã e eu não queria que ela ficasse com medo de mim. Meus pais se sentaram no sofá com um olhar perdido, eu não sabia o que se passava na cabeça deles mas confesso que estou com um pouco de medo.

Becky se jogou ao meu lado e alargou o seu sorriso, essa tranqueira amou eu ter batido na tia Rawee, minha noiva não vale nada e é por isso que eu a amo. Senti seu braço passando por meus ombros e me puxando mais para o seu corpo, até que estivéssemos coladas. Olho para o seu rosto e ela me fitou na mesma hora, sorrimos cúmplices e acabei soltando uma pequena risadinha antes de esconder o meu rosto em seu pescoço.

- Nem acredito que tudo isso aconteceu bem no meu nariz e eu não fui capaz de perceber – escutei a voz de minha mãe, tiro o meu rosto do pescoço da minha noiva e a olho.

- Mamãe, não precisa ficar assim, Rawee soube jogar mas perdeu feio – faço careta – Ela é muito atirada.

- Eu não esperava isso dela – meu pai comentou.

- E ainda por cima tem o Alex, ele ficou dando em cima da Darling – Becky revirou os olhos.

- Porque vocês não nos contaram? – meu pai nos olhou – Poderíamos ter resolvido isso antes.

- Vocês estavam tão feliz com a chegada delas – deixo os ombros caírem – Não queríamos estragar isso.

- Mas vocês vem em primeiro lugar – minha mãe sorriu docemente.

- O que importa é que já passou – Becky disse e pegou em minha mão – Não é?

- Uhum – concordo, vejo os meus pais acenando.

- É isso – ela se levantou e me olhou – Amor, vamos dar uma volta?

- Essa hora, Bec?

- É, vai ser bom –  fez um bico que eu não resisto – Por favor.

- Está bem – me levanto e fico ao seu lado – Nós vamos dar uma volta.

- Não demorem para chegar, já está tarde – meu pai avisou.

- Sim, sogrinho – Becky bateu continência.

- Juízo – minha mãe cantarolou com um sorriso malicioso.

Apenas revirei os olhos e sai puxando a minha noiva, escutei os meus pais rindo, mas ignorei. Becky entrelaçou sua mão na minha e fomos andando pela calçada, alguns postes estão iluminados e seguíamos uma rua reta, sem um destino certo, apenas estamos aproveitando uma a outra. Engatamos em uma conversa qualquer, comentávamos sobre algo na rua e riamos como duas hienas, não sei quem era a mais louca. Becky freou bruscamente, fico confusa ao ver um campinho com três meninos jogando beisebol. Minha noiva me puxou para a pequena grade aberta e entramos no campinho, o que essa louca vai fazer?

- Amor, o que você quer aqui?

- Nada, olha só esses meninos jogando –  riu como se fosse a piada do ano – Mal conseguem acertar a bola com um taco.

- E por um acaso você entende disso? – levanto uma sobrancelha.

- Uhum, eu jogava softball –  explicou enquanto nos aproximávamos dos garotos – Eu era a melhor, praticamente são os mesmos esportes.

Tell Me You Love Me { FreenBecky }Onde histórias criam vida. Descubra agora