Capítulo 2: A Fuga da Destruição
Sans acordou lentamente, ainda sentindo a exaustão do esforço que havia feito para aumentar os atributos de suas irmãs. O leve balanço do berço o acalmava, e ele notou que estava deitado ao lado de sua irmã gêmea, Nick. A luz suave do amanhecer entrava pela pequena janela, iluminando o quarto humilde.
De repente, ele ouviu um barulho estranho do lado de fora. Um clamor distante, misturado ao som de metal chocando-se contra metal. Algo estava errado. Instintivamente, Sans tentou se mover, mas seu corpo de bebê o limitava. Antes que pudesse entender melhor a situação, a porta do quarto foi aberta abruptamente, e sua irmã mais velha, Moon, entrou correndo, o rosto pálido de terror.
Sem hesitar, Moon pegou Sans e Nick nos braços e, com um movimento rápido e preciso, saltou pela janela, caindo suavemente do outro lado. O barulho lá fora era ensurdecedor agora, gritos e explosões vinham de todas as direções.
Moon correu o mais rápido que pôde, mas Sans, mesmo em seu estado debilitado, percebeu algo. Olhando para trás, viu figuras sombrias aproximando-se rapidamente, seus olhos brilhando com uma maldade demoníaca. Eles faziam parte do exército do Deus Ashura, um Monarca Demônio conhecido por sua crueldade. Estavam invadindo o Reino de Ritter.
Sentindo o perigo iminente, Sans concentrou o que restava de sua energia e aumentou a velocidade e a agilidade de Moon para 750. O corpo dela brilhou brevemente, e, de repente, ela se movia como um borrão, correndo com uma velocidade inacreditável.
O esforço fez Sans apagar de exaustão. Tudo ficou escuro para ele, mas Moon, sentindo o aumento de poder, correu ainda mais rápido, despistando os perseguidores. Ela encontrou uma moita densa e se escondeu com os bebês, observando em silêncio enquanto os soldados passavam direto, sem notar sua presença.
Após cerca de dez minutos, quando o silêncio tomou conta da área, Moon finalmente se levantou, acreditando que a barra estava limpa. Ainda carregando seus irmãos, ela continuou a correr, determinada a encontrar um lugar seguro. Depois de algum tempo, seus olhos avistaram uma cabana isolada na beira da fronteira entre o reino de Ritter e o Reino de Sliglus, o domínio da Deusa da Névoa.
Cautelosamente, Moon se aproximou da cabana e bateu na porta, mas não houve resposta. Ela a empurrou devagar, revelando um interior vazio e empoeirado. O local estava abandonado, esquecido por todos por estar tão perto da fronteira. A cabana estava em mau estado, mas para Moon, era um refúgio. Ela decidiu arrumar o lugar para que pudessem se estabelecer ali temporariamente.
Enquanto Moon limpava o interior da cabana, uma notificação do sistema apareceu diante de seus olhos:
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Notificação do Sistema
Por esta estrutura estar vazia há 30 anos, a Deusa da Névoa proclamou você, Moon, como a nova proprietária desta cabana.---
Moon sorriu, aliviada pela bondade da Deusa da Névoa. Sabia que, pelo menos por enquanto, eles estavam seguros.
Depois de arrumar a cabana, Moon saiu em busca de comida para seus irmãos. Usando uma vara de pesca antiga que encontrou em um dos cantos da cabana, ela pescou alguns peixes em um riacho próximo. Também encontrou algumas frutas silvestres nos arredores, garantindo que teria algo para alimentar Sans e Nick.
Ao retornar para a cabana, Moon começou a preparar a comida. Para seus irmãos bebês, ela decidiu fazer uma sopa simples e nutritiva. Usando a água pura do riacho, ela cozinhou os peixes até que a carne estivesse macia e soltando pequenos pedaços. A sopa, sem temperos fortes, era suave, perfeita para os bebês. Ela adicionou uma pequena quantidade de frutas silvestres amassadas, criando um sabor doce e leve que Sans e Nick poderiam apreciar.
Para si mesma, Moon decidiu fazer algo mais substancial. Usando o resto dos peixes que pescou, ela grelhou as peças na fogueira que havia acendido do lado de fora, usando pedras para segurar os pedaços sobre as chamas. Adicionou as frutas silvestres como acompanhamento, saboreando a mistura de doce e salgado que tanto a acalmava após o dia de fuga e tensão.
Depois de alimentar seus irmãos e se alimentar, Moon os colocou para descansar, observando-os com carinho. Ela sabia que a jornada estava apenas começando, mas pelo menos, por enquanto, estavam a salvo. A cabana isolada poderia ser o começo de uma nova vida, um lugar onde eles poderiam crescer e se preparar para os desafios que ainda viriam.