Capítulo 12: O Duelo dos Antigos Amigos

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Capítulo 12: O Duelo dos Antigos Amigos

O campo de batalha estava tomado por uma aura opressiva enquanto Kilua, a Deusa da Névoa, e Kong, o Deus Macaco, se encaravam. O céu estava coberto por nuvens escuras, como se o próprio mundo estivesse consciente da batalha monumental que estava prestes a começar. Kilua mantinha-se firme, o brilho de seus olhos escarlates cortando a escuridão ao seu redor. Kong, por outro lado, exibia um sorriso feroz, seus músculos tensionados e prontos para a batalha.

"Kilua," Kong começou, com um tom que misturava pesar e determinação, "não precisava ser assim. Mas agora que as alianças foram formadas, não temos escolha."

Kilua respirou fundo, sua mão segurando firmemente sua foice. "Eu sei, Kong. Mas eu também tenho meus deveres. Vamos acabar com isso de uma vez."

Sem mais palavras, a batalha começou. Kong foi o primeiro a avançar, desaparecendo em um borrão de velocidade. Ele reapareceu acima de Kilua, desferindo um golpe com seu bastão, que parecia grande o suficiente para esmagar montanhas. Kilua, com reflexos aguçados, ergueu sua foice para bloquear o ataque. O impacto foi devastador, gerando uma onda de choque que varreu o campo de batalha, arrancando árvores e abrindo crateras no solo.

Kilua se esquivou para o lado, sua foice cortando o ar enquanto ela retaliava com uma série de golpes rápidos e precisos. Cada corte de sua arma deixava rastros de névoa, que se solidificavam em lâminas afiadas. Kong, com sua agilidade sobrenatural, desviava dos ataques com saltos poderosos, mas não sem esforço. Ele sabia que subestimar Kilua seria um erro fatal.

Kong concentrou sua energia e, em um instante, seu corpo começou a brilhar com uma luz dourada. Ele invocou uma técnica antiga, uma arte divina conhecida apenas pelos Deuses Macacos. Seu corpo se tornou um borrão de movimento, multiplicando-se em dezenas de cópias que cercaram Kilua. Ela girou sua foice em um arco amplo, cortando várias das cópias, mas Kong, o verdadeiro, surgiu por trás dela, atingindo-a com um golpe devastador no abdômen.

Kilua foi lançada para trás, seu corpo colidindo com o chão com uma força tremenda. Ela tossiu sangue, mas se levantou, seus olhos brilhando com determinação. "Eu não vou cair tão facilmente, Kong."

Ela canalizou toda a sua energia restante, criando uma densa névoa que cobriu todo o campo de batalha. A névoa era sua assinatura, seu domínio, e dentro dela, Kilua era praticamente invencível. Ela desapareceu dentro do manto de névoa, se tornando um com o ambiente. Kong, apesar de seu poder, teve dificuldade em localizar sua adversária. Ele sentia os cortes aparecendo em seu corpo, vindos de direções imprevisíveis.

Mas Kong não era um oponente comum. Ele rugiu, liberando uma onda de energia que dissipou parte da névoa, revelando Kilua. Ele se moveu com a velocidade de um relâmpago, alcançando-a antes que ela pudesse se esconder novamente. Com um golpe final, ele desferiu um soco poderoso no peito de Kilua, quebrando suas defesas e lançando-a ao chão.

Kilua caiu pesadamente, a névoa ao seu redor se dissipando enquanto ela tentava se levantar. Seu corpo estava gravemente ferido, e ela sabia que não poderia continuar lutando por muito mais tempo. Kong se aproximou lentamente, ofegante, mas vitorioso. "Você lutou bem, Kilua... Mas esta batalha é minha."

Antes que ele pudesse finalizar o ataque, uma luz brilhou no céu, e um cavaleiro em uma armadura reluzente desceu, empunhando uma espada lendária. Era o Rei Arthur Pendragon, o governante de Britânia. "Isso é o suficiente, Kong," Arthur declarou, sua voz firme e autoritária.

Kong hesitou por um momento, reconhecendo o poder do Rei de Britânia. "Arthur... Então é assim que vai ser?"

Arthur não respondeu diretamente. Em vez disso, ele ergueu Kilua em seus braços com cuidado. "Vou levá-la até os Santos para que se recupere. E, Kong, lembre-se: esta guerra está apenas começando."

Kong deu um passo para trás, seus olhos ainda focados em Kilua. "Cuidem-se... Eu espero que a próxima vez que nos encontrarmos, as circunstâncias sejam diferentes."

Arthur assentiu e, com um movimento rápido, ele e Kilua desapareceram em um raio de luz. Eles emergiram em um templo sagrado onde os Santos os esperavam. Enquanto os curandeiros começavam a tratar Kilua, Arthur se inclinou para falar com ela. "Vou deixar minha filha, Arthuria Pendragon, sob sua proteção. Tenho certeza de que ela aprenderá muito com você."

Kilua, ainda fraca, apenas conseguiu assentir. Seus pensamentos estavam confusos, mas uma coisa era clara: a guerra estava longe de acabar, e a responsabilidade que ela carregava era agora maior do que nunca.

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