Capítulo 59

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Capítulo 59: O Santuário das Mil Honras e a Declaração de Morte

No vasto e imponente Santuário das Mil Honras, os três deuses — a Morte, a Vida e o Equilíbrio — presidiam sobre os destinos daqueles que ousavam cruzar o limiar da mortalidade. Mas naquela noite, algo estranho pairava no ar. A quietude antes sagrada foi interrompida pela chegada de um exército inimaginável. 10 milhões de seres, comandados por três figuras lendárias, marcharam até os portões do santuário, preenchendo o céu com sua presença esmagadora.

À frente de todos, caminhava Oroculo Demoníaco, um ser de olhos flamejantes, conhecido por seu domínio sobre a verdade oculta e o destino trágico dos mundos. Ao seu lado, a figura imponente de Bretrix Pratono das Estrelas, um ser cósmico que manipulava o poder das estrelas como quem brinca com areia. E fechando a trindade dos antigos inimigos do Coelho Dourado, a enigmática e aterradora Tsukumo, Deusa dos Buracos Negros, cujas habilidades poderiam consumir realidades inteiras.

Sem hesitar, o exército e seus líderes atravessaram os portões do Santuário das Mil Honras. Quando entraram, os três deuses — da Vida, da Morte e do Equilíbrio — já os aguardavam em seus tronos elevados.

"Viemos fazer uma proposta", anunciou Oroculo, sua voz ecoando como trovões distantes. "Apagar as memórias daqueles que o Coelho Dourado jurou proteger. Arthuria, Nick, e qualquer um associado a ele. No lugar dessas memórias, implantaremos falsas. Memórias de medo, desespero e traição. Vamos destruir sua honra, sem levantar uma única arma."

O Deus da Vida, um ser de aspecto radiante, pareceu ponderar a oferta por alguns segundos antes de acenar lentamente. “Sim, isso pode funcionar. Se apagarmos suas memórias, o Coelho Dourado perderá qualquer vantagem emocional.”

O Deus da Morte, com olhos vazios e uma aura fria, apenas assentiu em concordância. “Concordo. A manipulação da alma é uma arte que dominamos. O Coelho Dourado não poderá protegê-los se não souber quem eles são.”

No entanto, o terceiro deus, o Deus do Bem e do Mal, se manteve em silêncio, observando a cena com desprezo. “Vocês são tolos,” ele disse finalmente, sua voz cortante como uma lâmina. "Se querem morrer, vão em frente. Mas não me arrastem junto de vocês nessa loucura.” Com isso, ele se levantou de seu trono e caminhou para fora do santuário, deixando claro que não faria parte daquele plano suicida.

Os deuses restantes não deram importância à sua partida. A proposta já havia sido aceita. Oroculo, Bretrix e Tsukumo sorriram, prontos para iniciar a manipulação das almas de Arthuria e Nick.

No entanto, mal haviam começado o ritual quando uma força sombria, terrivelmente poderosa, atravessou o fio que conectava as almas de Arthuria e Nick aos seus protetores. Sans, sentindo a ameaça, reagiu de imediato. Sua intenção assassina se espalhou pelo ambiente, densa e opressora. A sala do santuário tremeu, e o Deus da Vida, que liderava o ritual, foi subitamente interrompido. Sua mão parou no ar, incapaz de continuar, enquanto uma pressão esmagadora o envolvia.

Sans, a muitos quilômetros de distância, sentiu o que estava acontecendo. Sua intenção assassina aumentou em intensidade, tornando-se uma presença tangível no ambiente, arranhando as paredes do santuário com sua fúria. “Vocês assinaram suas declarações de morte”, ele disse em uma voz baixa, mas que ecoava como um trovão nas mentes dos deuses presentes.

Bretrix, que assistia à cena, ficou atônita. Essa pressão assassina não é do Coelho Dourado, ela pensou, mas é equivalente à de alguém como o pai do último rei Arthur. Isso é impressionante... e perigoso.

Enquanto ela refletia sobre isso, outra presença ainda mais aterrorizante se manifestou. O Coelho Dourado. Sua intenção assassina era tão avassaladora que todos na sala, exceto Oroculo, começaram a vomitar sangue. Tsukumo caiu de joelhos, incapaz de suportar o peso da presença, e até mesmo Bretrix teve que lutar para se manter de pé.

Do meio dessa energia brutal, o Coelho Dourado fez surgir uma cópia sua, uma versão ligeiramente mais fraca, mas ainda assim devastadora. A cópia caminhou até o centro do salão e olhou diretamente para Oroculo e seus aliados.

"Eu sou apenas um clone", começou o Coelho Dourado, sua voz gélida, “mas o corpo original deixou um aviso. Qualquer um que tentar tocar em Arthuria ou Nick será eliminado sem hesitação. E agora que vocês cometeram esse erro, sugiro que esperem três minutos.”

O silêncio caiu sobre a sala, mas a tensão era palpável. Ninguém ousava se mover ou respirar. Eles sabiam que o verdadeiro Coelho Dourado estava a caminho. E quando ele chegasse, não haveria negociações, apenas destruição.

Enquanto os segundos passavam, Oroculo, Bretrix e Tsukumo se entreolharam, avaliando suas opções. Mas já era tarde demais. O aviso havia sido dado. E agora, só restava a eles esperar pelo fim que se aproximava rapidamente.

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