Capítulo 22: O Ataque de Poseidon e a Batalha dos Deuses
A atmosfera no Reino de Pit Stop estava tensa. O casamento entre Sans e Nika, planejado para cinco anos no futuro, parecia ser apenas o começo de uma cadeia de eventos que mudaria o destino de muitos reinos. Arthuria, agora a segunda esposa prometida, ainda lutava para aceitar o que havia feito, mas suas preocupações foram subitamente interrompidas por uma sensação avassaladora que permeou o ar.
Uma aura imensa, poderosa e opressora, começou a cobrir o reino. Era uma presença antiga, primitiva, carregada de intenções assassinas. Os céus, antes claros e ensolarados, se tornaram escuros e tempestuosos, como se o próprio mundo estivesse respondendo ao iminente confronto.
Nika, que estava no salão principal do castelo com Sans e Arthuria, foi a primeira a reconhecer a ameaça. "Não... Ele veio," ela murmurou, sua voz carregada de uma mistura de medo e raiva.
Sans e Arthuria ficaram confusos por um momento, mas logo perceberam a gravidade da situação quando o chão começou a tremer violentamente, como se o próprio reino estivesse prestes a ser destruído.
Sem aviso, uma colossal onda de água surgiu no horizonte, crescendo cada vez mais até se tornar uma muralha de água e poder divino. Era Poseidon, o Deus dos Mares, em toda a sua glória aterradora. Sua figura majestosa apareceu acima da onda, os olhos brilhando com a fúria do oceano. Ele havia vindo para reivindicar Pit Stop e, se necessário, aniquilá-lo.
"O que ele está fazendo aqui?" perguntou Sans, seu corpo tenso e os olhos arregalados.
Nika respirou fundo, tentando manter a compostura. "Ele deve estar atrás do poder do Sol Cruel. A linhagem da minha família sempre foi um espinho no lado do Olimpo."
Quando Poseidon ergueu a mão, pronto para desencadear sua fúria sobre o reino, uma luz dourada brilhou intensamente do coração de Pit Stop, afastando momentaneamente a escuridão trazida pelo deus dos mares. A luz tomou forma, revelando-se como uma projeção astral de Apolo, o Deus do Sol e pai de Nika.
A figura de Apolo, resplandecente em sua glória solar, confrontou Poseidon sem hesitação. Seus olhos dourados estavam fixos no deus dos mares, e sua voz ressoou com autoridade divina:
"Poseidon, não ouso permitir que destrua o reino que meu sangue protege. Afaste-se agora ou enfrentará a fúria do Sol!"
Poseidon riu, um som profundo e reverberante que fez as paredes do castelo tremerem. "Apolo, sempre o protetor. Mas sua luz não pode extinguir as profundezas do oceano. Este reino será meu, e nenhum dos seus filhos ou esposas mortais escapará do meu julgamento!"
Apolo sabia que sua projeção astral não teria poder suficiente para derrotar Poseidon, mas ele precisava ganhar tempo. Olhando diretamente para Nika, ele falou em um tom mais suave, mas ainda urgente:
"Nika, você precisa fugir agora! Este não é um combate que você pode vencer. Reúna seus amigos e escape do reino. Eu segurarei Poseidon o máximo que puder."
Nika hesitou por um breve momento, o peso da decisão evidente em seus olhos. Ela sabia que deixar seu pai para trás poderia significar sua morte, mas também entendia que ele estava dando a ela uma chance de sobreviver e lutar outro dia.
"Sans, Arthuria, venham comigo!" Nika ordenou, sua voz firme, mas cheia de emoção. "Temos que sair daqui agora!"
Sans e Arthuria não precisaram de mais incentivos. Embora estivessem relutantes em deixar Apolo enfrentando Poseidon sozinho, sabiam que ficar só os colocaria em risco. Juntos, eles correram pelos corredores do castelo, seguindo Nika enquanto ela os guiava por uma passagem secreta que levava ao exterior do reino.
Enquanto corriam, o som da batalha entre os dois deuses ecoava atrás deles. A água de Poseidon chocava-se contra a luz solar de Apolo, criando explosões de vapor e energia divina que sacudiam o solo. Cada passo dado pelos três jovens era uma luta contra o instinto de voltar e ajudar, mas sabiam que a missão de Apolo era garantir sua sobrevivência.
Finalmente, ao emergirem da passagem, Nika parou, olhando para o castelo de Pit Stop, agora parcialmente submerso e cercado por colunas de água e luz. Lágrimas escorriam por seu rosto, mas ela se forçou a olhar para Sans e Arthuria, seu olhar determinado.
"Vamos," ela disse, mais para si mesma do que para eles. "Vamos honrar o sacrifício de meu pai e nos preparar para a batalha que está por vir."
Sans assentiu, ainda processando tudo o que havia acontecido, enquanto Arthuria observava o castelo pela última vez antes de seguir Nika. Eles sabiam que essa batalha era apenas o começo, e que novos desafios os aguardavam. O futuro era incerto, mas uma coisa era clara: a luta pelo destino dos reinos estava apenas começando.