Capítulo 14: A Vingança dos Herdeiros e o Legado de Arthur

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Capítulo 14: A Vingança dos Herdeiros e o Legado de Arthur

O corpo de Arthur Pendragon jazia no campo de batalha, sua lendária espada Excalibur ainda brilhando ao lado de sua mão inerte. O rei havia dado tudo na luta contra Susano, o temível deus guerreiro, mas seu sacrifício não foi suficiente para deter a ameaça. Lucius e Astrid, os dois filhos mais velhos de Arthur, chegaram ao campo de batalha junto com Kilua, testemunhando a cena devastadora.

Os olhos de Lucius ardiam com fúria e dor. Ele segurava com firmeza a Excalibur Carmesin, herança de seu pai, enquanto o corpo de Astrid tremia ao lado dele, mas seus olhos estavam cheios de determinação. Em sua mão, a Excalibur Lotus brilhava, pronta para derramar sangue em nome da vingança.

Susano, embora visivelmente enfraquecido pela luta com Arthur, ainda estava de pé. Seu corpo enorme, coberto de feridas, parecia inabalável. Ele levantou sua arma, desafiando qualquer um que ousasse enfrentá-lo.

"Ele precisa morrer, Astrid," Lucius murmurou, os olhos fixos em Susano. "Pelo pai. Pelo nosso povo."

Astrid apenas assentiu, sentindo o peso da responsabilidade e da dor em seu coração. Eles avançaram juntos, irmãos lutando lado a lado pela primeira vez, e talvez pela última.

Lucius foi o primeiro a atacar. Com um grito de guerra, ele investiu contra Susano com a Excalibur Carmesin em mãos, a lâmina brilhando em um vermelho ardente. Ele canalizou todo o seu poder e raiva na espada, cada golpe era carregado com a dor da perda de seu pai. A Excalibur Carmesin cortava o ar com um som cortante, enquanto Lucius desferia golpes rápidos e poderosos contra Susano.

Susano reagiu com ferocidade, bloqueando os ataques de Lucius com sua espada divina. O chão tremia com cada impacto das lâminas, e o som metálico ressoava pelo campo de batalha. Apesar de sua força monumental, Susano estava claramente enfraquecido, seus movimentos eram menos precisos e mais lentos do que no início da batalha.

Astrid aproveitou o momento para atacar por outro flanco. A Excalibur Lotus, diferente de sua irmã Carmesin, emitia um brilho suave e prateado, sua lâmina tão afiada que parecia cortar o ar ao seu redor. Ela se movia com graça e agilidade, suas habilidades em combate tão refinadas quanto as de Lucius. A cada golpe, ela visava os pontos vulneráveis de Susano, cortando profundamente em sua carne divina.

Susano rugiu de dor e frustração, percebendo que estava sendo pressionado de ambos os lados. Ele tentou afastar os irmãos com um poderoso golpe de sua espada, mas Lucius bloqueou com a Excalibur Carmesin, enquanto Astrid desviava habilmente. Eles estavam sincronizados, cada movimento fluindo perfeitamente com o outro, como se suas almas estivessem em completa harmonia.

A batalha se tornou um verdadeiro teste de resistência. Lucius e Astrid lutavam com tudo o que tinham, suas forças começando a se esgotar, mas sua determinação inabalável os mantinha em pé. Susano, por sua vez, estava lentamente cedendo ao cansaço e às feridas infligidas por Arthur e agora pelos filhos do rei.

Em um momento de fraqueza, Susano deixou uma abertura, e Lucius não hesitou. Com um grito de pura fúria, ele desferiu um golpe devastador com a Excalibur Carmesin, atingindo o peito de Susano e perfurando-o. O deus guerreiro cambaleou para trás, sangue divino jorrando de seu corpo, mas ainda não caiu.

Astrid viu a oportunidade e, reunindo toda a sua força restante, saltou para o ar, brandindo a Excalibur Lotus acima de sua cabeça. "Por Britânia!" ela gritou, enquanto a lâmina descia em um arco perfeito, cravando-se no crânio de Susano com uma força tremenda.

O campo de batalha ficou em silêncio por um momento eterno. Susano estava derrotado, mas ao custo de uma vida. Lucius, ao ver que seu golpe final havia conseguido, caiu de joelhos, exausto. Sangue escorria de suas muitas feridas, e ele mal conseguia manter os olhos abertos.

Kilua, que havia assistido a tudo de longe, correu para o lado de Lucius e Astrid. Ela viu que Lucius estava mortalmente ferido. "Lucius, aguente firme!" ela gritou, mas o jovem cavaleiro apenas sorriu fracamente.

"Cuide de Astrid... e de Arthuria..." ele murmurou, antes de seus olhos finalmente se fecharem para sempre.

Astrid, ainda tremendo, caiu de joelhos ao lado de Lucius, segurando a mão de seu irmão. "Não... por favor, não me deixe," ela sussurrou, mas sabia que era tarde demais.

Kilua abraçou Astrid com força, sentindo a dor e o desespero da jovem guerreira. "Vamos sair daqui," disse ela com uma voz firme, mas gentil. "Seu pai me confiou vocês. Não vou deixá-los."

Levantando-se com dificuldade, Astrid permitiu que Kilua a guiasse para longe do campo de batalha. Ela foi levada para o Santuário, onde os santos curaram suas feridas físicas, mas as feridas em seu coração eram profundas demais para serem tratadas facilmente.

Dias depois, enquanto Astrid ainda se recuperava, Kilua recebeu uma carta de Arthur Pendragon, escrita antes de sua morte. As palavras de seu antigo amigo trouxeram lágrimas aos olhos de Kilua. Ele pedia a ela que cuidasse de seus filhos, confiando nela a vida e o futuro deles.

Assim que Astrid estava estável, Kilua a transportou para a barreira mágica onde Sans, Moon e Arthuria estavam. Ao atravessar, viram Arthuria ensinando Moon a manejar uma espada. Ao perceber a presença de sua irmã, Arthuria correu para ela.

"Astrid! O que aconteceu? Onde estão papai e Lucius?" Arthuria perguntou, a voz carregada de preocupação e medo.

Astrid, lutando para segurar as lágrimas, explicou o que havia acontecido. Quando terminou, Arthuria caiu em prantos. As duas irmãs se abraçaram, compartilhando a dor insuportável da perda.

Sans, que estava por perto, se aproximou com sua expressão sempre madura. Com apenas um ano de idade, ele parecia entender a profundidade da dor delas. Colocou uma pequena mão no ombro de Arthuria. "Vocês têm a nós agora. Juntos, vamos honrar a memória de seu pai e seu irmão."

Astrid ficou em choque ao ouvir as palavras tão bem articuladas de um bebê. "Como... você fala tão bem?" ela murmurou, perplexa.

Kilua observava em silêncio, sentindo o peso da nova responsabilidade sobre seus ombros. Logo depois, um mensageiro chegou trazendo o decreto de Lancelot, o novo rei de Britânia. Ao ler o conteúdo, Kilua ficou incrédula. Lancelot havia decretado a morte das filhas de Arthur, temendo que elas ameaçassem seu novo reinado.

Kilua olhou para Astrid, que ainda estava emocionalmente abalada. "Astrid," ela disse com seriedade, "há mais uma coisa que você precisa saber. Lancelot traiu o legado de seu pai. Ele decretou a morte sua e de Arthuria."

Astrid olhou para Kilua, os olhos arregalados de medo e dor. "O que faremos agora?"

Kilua, com uma determinação renovada, respondeu: "Vocês estão sob minha proteção. Lancelot pode ser rei, mas enquanto eu estiver aqui, ele não vai tocar em vocês. Prometo."

E assim, Kilua decidiu que protegeria as herdeiras Pendragon a qualquer custo, enquanto o futuro da guerra e dos reinos permanecia incerto. A batalha por Britânia havia apenas começado, mas a força dos herdeiros de Arthur Pendragon, junto com seus novos aliados, prometia abalar o mundo.

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