28 - Outro alguém

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Segurei a mão de Declan e entramos no enorme prédio espelhado e com duas cascatas próximas a entrada. O jantar ocorreu tranquilamente e a conversa era leve. Pelo que parecia, mamãe havia dado uma chance a Declan de mostrar que ele não era tão ruim assim, e ele se agarrou a essa chance sem perder tempo. No final da noite, mamãe disse para que fossemos reservar um quarto para Declan e que depois nos víamos em casa.

A recepcionista nos atendeu com um sorriso simpático no rosto e um pouco mais de empolgação do que necessária quando pedi que nos desse a chave da cobertura, afinal, vinte por cento do hotel estava no meu nome apesar de quem dirigir ele ser o tio Junior. Antes de o hotel ser passado para o tio Junior, ele havia pertencido ao meu avô que quando morreu distribuiu suas ações igualmente entre os dois filhos e netos. Mamãe havia vendido sua parte das ações para tio Junior, mas eu ainda tinha as minhas como garantia de um emprego futuro e Otavio também.

- Onde estão suas malas, senhor Rocci? – perguntou à recepcionista quando não viu mala alguma.

- As mandarei assim que chegar em casa, querido. – falei e segurei no seu braço. – O que acha de conhecer a cobertura?

- Claro. – concordou aceitando o cartão-chave que a recepcionista estendeu e entramos no elevador. – Como vamos resolver os problemas das minhas malas?

- Shh. – disse colocando um dedo sobre seus lábios. – Câmeras e microfone. – falei movendo os lábios lentamente para que ele pudesse ler.

Assim que entramos no quarto tirei meus sapatos e os coloquei de lado, suspirando de alivio.

- Câmeras e microfones no elevador? – questionou Declan fechando a porta.

- Segurança é tudo hoje em dia. – respondi e deitei de costas na enorme cama de casal que ocupava boa parte do quarto da cobertura.

- E minhas malas? – perguntou deitando ao meu lado.

- Posso resolver isso mais tarde. – respondi me apoiando nos cotovelos e olhando para ele. – O que você quer fazer?

- Não sei. – disse ficando na mesma posição que eu. – O que você quer fazer?

- Quer que eu passe a noite aqui? – perguntei sorrindo.

- Você quer passar a noite aqui?

- Se você deixar. – dei de ombros e voltei a deitar de costas.

- Eu deixo. – respondeu se inclinando para beijar meus lábios.

Passei meus braços pelo seu pescoço puxando-o mais para cima de mim e suspirei quando seus lábios escorregaram dos meus lábios para o pescoço dando leves mordidos e beijos. Quando ele desceu ainda mais com os lábios em direção a pele exposta pela minha blusa deixei meus braços caírem sem forças do seu pescoço. Suas mãos afastaram minha jaqueta de couro dos meus braços e depois começaram a puxar minha blusa para cima sem pressa nenhuma, como se o que estivesse embaixo valesse muito a expectativa da espera.

Gentilmente, ele levantou meu tronco enquanto eu erguia meus braços para poder me livrar da blusa. Sorri para ele quando voltou a descer seus lábios nos meus, ele estava indo devagar demais. Com um movimento rápido nos girei na cama até estar com as pernas abertas ao lado do quadril dele e as minhas mãos apoiadas nos seus peitos.

- Kris tem razão em uma coisa. – comecei a falar enquanto começava a abrir cada botão da sua camiseta. – Roupas em um momento como esse só servem para nos atrasar.

Puxei a camiseta dele sem nenhuma delicadeza fazendo seus botões se abrirem a força e deixar seu peito a mostra, a pele branca como a minha fazia parecer que combinávamos mais que bem. Desci meus lábios até os seus e dei uma leve mordida no seu lábio inferior, ele soltou um gruindo e nos virou outra vez na cama até que estivesse por cima.

Coração AzulOnde histórias criam vida. Descubra agora