Capitulo 18 - Dezoito

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N/A: Leiam o capitulo anterior, eu coloquei em ordens erradas e acabei postando esse do casamento antes do outro. Me desculpe!!!


Eu não me lembrava de absolutamente nada da despedida de solteiro. Havia sido uma noite em branco, temi o que eu poderia ter feito, mas tudo parecia normal. Felix me contou algumas partes, que me fizeram ficar roxa de vergonha. Aparentemente ele era o único que não havia perdido parcialmente ou totalmente a memória por conta do álcool. As coisas dês de então pareciam correr em vez de apenas caminhar, até que o grande dia finalmente chegou e com ele meu nervosismo.

Meu cabelo havia sido preparado, penteado se baseava em ondular meus fios e os prender com duas tranças laterais pequenas puxadas para trás, se desfazendo em cachos com o restante do cabelo. A maquiagem era básica e delicada, combinando com as cores neutras, destoando apenas pelo batom vermelho que tingia meus lábios. Pensamentos iam e vinham rapidamente em minha cabeça, deixando-me ainda mais incerta do que estava acontecendo.

-Está linda. – A voz de Devon me fez virar abruptamente para a porta, interrompendo meus pensamentos vagos e distantes. Ele estava com uma calça social justa e com a camisa desabotoada.

-Não estou pronta. – Me aproximei, puxando-o pelo braço para dentro da sala, e fechando a porta em seguida. – Sua irmã vai surtar se te vir aqui. – Devon começou a abotoar sua camisa social branca, sem me olhar. – Quer desistir? – Ele negou com a cabeça, tendo a testa franzida e as sobrancelhas juntas. Apertei o robe de seda que cobria minha lingerie no meu corpo, sentindo-me levemente envergonhada. Devon enfiou a camisa para dentro da calça, voltando a pairar seus olhos azuis sobre mim.

-Não gosto de gravatas. – Ele admitiu, soberbo demais para pedir ajuda.

Rolei os olhos e o vi tirar uma gravata preta mais fina que o convencional do bolso, entregando-me. Não consegui evitar um sorriso com sua ação desajeitada. O enlacei com o tecido, dando o nó cuidadosamente. Abaixei a gola assim que o nó havia sido feito. James tinha o mesmo problema com gravatas, assim como Robert.

-Melinda disse que você não deixou ninguém ver seu vestido. – Mordi o lábio inferior, sentindo o gosto da maquiagem invadir minha boca.

-É surpresa. – Terminei de arrumar sua gola e passei suavemente as mãos pelo peitoral de Devon, dando um último toque para que tudo ficasse perfeito. – Está nervoso?

-Claro. – Sua língua passou por seus lábios discretamente. – Você não?

-Achei que não ficaria. – Soltei suavemente o ar pela boca, sentindo meu coração bater em minha garganta. – Mas estou... – Procurei suas mãos, que estava repousando ao lado de seu corpo, entrelaçando meus dedos nos seus. Devon entrelaçou os seus nos meus e esboçou um sorriso calmo. – Fiquei feliz quando foi sincero comigo... – Pisquei algumas vezes, sentindo uma bola se formar em minha garganta. – Sei que somos diferentes e as vezes isso dificulta nosso relacionamento... – Apenas ouvia assentindo com cada palavra. – A partir de hoje, somos parceiros de crime. – Soltei sua mão e fiquei na ponta do pé, envolvendo-o em um abraço. Fechei meus olhos e apoiei meu queixo em seu ombro. Seus braços envolveram minha cintura com firmeza. – Se não tiver certeza, me promete se quiser desistir, faça agora... – Eu estava ofegante, tomada pelo sentimento terrível do medo.

-Nunca tive tanta certeza de algo como agora, anjo. – Seus lábios sussurraram ao pé do meu ouvido, fazendo-me arrepiar por inteiro.





As mangas, ombro a ombro, eram feitas de uma aplicação de renda delicada e detalhada, assim como o resto do tecido, até meu pulso. O decote era feito em V discreto. As aplicações de renda se desfaziam no início do quadril, dando origem à um tecido delicado e firme que seguia justo ao corpo até a altura do joelho, se desfazendo em uma cauda enorme. Na parte de trás era quase toda nua em um V profundo. Meu peito levantava e descia intensamente, demonstrando todo meu nervosismo. Quando a música soou, todos olharam em nossa direção e em sincronia se levantando. Eu segurava com força o braço de Robert, que tentava me acalmar, e o buque na outra mão. Todos estavam nos olhando, maravilhados. Algumas pessoas, que eu nem sequer sabia quem era, choravam como se fossemos intimas. Estávamos no salão secundário da mansão Sartori. Lá havia sido preparado um altar com um tapete vermelho e flores brancas e azuis. Devon estava no final parado próximo a um juiz de paz, que realizaria a cerimônia. O terno do meu, futuro, marido era preto fosco com a dobradura externa em um tecido com um leve e discreto brilho. Seu cabelo estava penteado devidamente para trás, ressaltando a cor intensa de seus olhos e seus traços.

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