O Acordo

Capítulo 41 - Quarenta e um

N/A: Me perdoem pela demora. Era para esse capitulo ter sido publicado há alguns dias, mas com a pandemia eu estou trabalhando redobrado por ser enfermeira. Mas espero que gostem e aproveitem <3

Mesmo com toda a confusão que se passava em minha mente, seus lábios conseguiam me afastar de todo o mundo exterior. Sua mão apertou suavemente minha coxa, prensando-me contra seu volume. Entrelacei meus dedos em seus fios macios e os segurei com força, ansiando por mais. Segundos antes da minha outra mão tirar sua camisa de dentro da calça a porta se abriu abruptamente, e ruidosamente.

-Devon, eu preciso da sua... – O mesmo, que distribuía beijos em meu pescoço, se afastou suavemente. Pude ouvi-lo soltar o ar pesadamente, deixando evidente todo sua irritação em sermos interrompidos. Olhou incisivamente por cima de seu ombro, tendo o descontentamento desenhado em sua expressão dura. Sua secretária havia parado abruptamente e encarado o chão, obviamente por ter interrompido algo. – Desculpe a intromissão, mas é urgente senhor Sartori. – Soltei o ar pesadamente pelo nariz e o percebi se alinhando, passando a mão por seu terno e selando rapidamente seus lábios úmidos nos meus. – É sobre a sede de Londres. – Devon entreabriu os lábios, como se não esperasse por aquilo. Assentiu pesarosamente e olhou em meus olhos. Eu ainda conseguia ver luxuria incandescente na imensidão de azul.

-Não vou demorar. – Acariciou meu rosto com as costas das mão e deu-me uma piscadela. Assenti e voltei a cruzar minhas pernas com seu afastamento.

-Espero que seja algo de extrema importância... – Devon soou irritadiço. Ambos saíram, fechando as portas atrás de si.

Meu coração estava acelerado, ainda recordando-se de seu toque firme e preciso. Desci de sua mesa e observei alguns papeis jogados pela mesma, organização não era algo a ser presenciado naquele momento. Passei a mão por sua cadeira e a girei, para que eu pudesse me sentar. Ela era confortável, até demais, o que me fazia querer ficar ali por um longo período de tempo. Dedilhei cautelosamente sobre os puxadores de seu mesa, observando uma gaveta trancada, mas a chave repousava na fechadura do lado interior, próximo ao meu joelho. A girei e puxei o adorno metálico, abrindo o compartimento "secreto". Dentro tinha alguns papeis, mais bagunça. Um envelope azul bebê me chamou a atenção, destoando de todo branco e preto do resto. Empurrei outros que estavam por cima e o puxei da pilha. Já havia sido aberto, mas o conteúdo colocado de dentro no fino papel. Era um teste de DNA, logo reconheci. Puxei o ar com força e abri o papel, percebendo o nome de Devon digitado em letras de forma pretas.

-Mas que merda... – Passei meus olhos superficialmente, também reconhecendo o nome do filho da Margot. – Positivo? – Meu coração disparou. Eu sentia cada pedaço do meu corpo tremer. Dave realmente era filho de Devon? Um gosto metálico se perpetuou no fundo da minha garganta, juntamente à um aperto inexplicável. Puxei novamente o ar com força, tentando manter minha sanidade.

-O que está fazendo? – Devon disse firme, fazendo-me levantar o olhar para encara-lo. Fechei a gaveta com força e me levantei de uma vez, o que me causou uma leve tontura.

-Mais e mais mentiras, meu bem... – Joguei o papel sobre a mesa e balancei a cabeça negativamente. – Melhor eu ir embora. – Caminhei apressadamente em direção à porta, sentindo-o segurar em meu braço com força e me puxar para encara-lo. Arregalei os olhos e abri minha boca, fazendo menção em falar. Eu estava envergonhada por ter sido pega mexendo em suas particularidades, mas brava por ter sido supostamente enganada. Notei que o teste não era antigo, o que me levou a acreditar que Devon também havia descoberto recentemente, mas não havia dito uma palavra sequer.

-Você não pode ficar mexendo nas minhas coisas. – Disse firme, olhando-me nos olhos. Eu sentia a dureza de seu olhar, e por seu tom de voz irritadiço.