23ª Parte

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Saí e jazia um belo dia. Fui para o centro da cidade e comi uns churros de chocolate. Tomei um refrigerante e depois fui para a loja de sapatos da senhora Merina. Comprei um par de saltos alto e depois escorreguei para o zoológico. Não tinha mais o chimpanzé Marcelino, o macaco mais velho dali e também o mais preguiçoso de todos, mais eu gostava dele. Não era por causa da excitação dele em me ver ali, de saia, expondo minhas pernas duras e lisas que eu gostava dele. Era pelo fato de me entender, onde podia conversar com ele como se tivesse compreendido cada palavra minha. Agora o Marcelino fora substituído por um gorila que só não urrava de ódio quando cheguei perto dele que também tive que dá no pé se não ele me acertaria com suas fezes secas e fedorentas. Depois fui para a banca de revista e comprei um exemplar do jornal da cidade e distraidamente comecei a ler as manchetes. Nada de bom, quero dizer, só tinha notícias de roubos e acidentes trágicos. Olhei meu signo e nele me aconselhava ser mais observadora no relacionamento a dois e que uma oportunidade de conseguir um emprego dos sonhos estaria por vir. Sinceramente eu não dava muita bola para o horóscopo astral. Vi os filmes que estavam em cartaz nos cinemas da região e também não me interessei muito pelas exibições que estavam passando. Para não voltar para casa sem um programinha cultural resolvi entrar na locadora Filmes Universos e escolhi um romance e um desenho oriental, embora não gostasse muito dos desenhos orientais pelos tamanhos dos olhos, mas, a história que se seguia era atraente e hipnotizadora. Tinha uma prima adolescente que cursava desenho Mangá e um dia ela me desenhou na versão desse desenho e até que gostei, pelo menos não fiquei com aqueles olhões exagerados. Mandei moldurá-lo e o pus no meu quarto.

Era quase onze horas da manhã quando cheguei em casa. Confesso que demorava bastante tempo para escolher um filme toda vez que ia para a locadora. Tirei da geladeira uma panela de costela de vaca e esquentei. Coloquei o feijão e arroz no micro-onda e fiz um delicioso suco de maracujá. Dentro de quarenta minutos estava lavando a louça e naquele momento o celular tocou. Fiquei apreensiva ouvindo-o tocar e resolvi atender, pois se fosse Victor eu pediria que não voltasse mais me incomodar.

- Alô? – o som do outro lado da linha era estranho.

- Quem está falando? – ouvi ele indagar. Então resolvi cortar logo:

- Quando uma pessoa liga para a outra é porque sabe pra quem está ligando, seu otário.

Desliguei o celular satisfeito. Eu sabia que era papo furado e um início para se conhecer através da ligação 'errada'. Fui para a sala e liguei a TV e o DVD. Fiquei indecisa qual filme assistiria primeiro e resolvi pelo desenho.

Quando terminei de assistir senti um pouco sonolenta e abracei o travesseiro contra os meus seios e dormi pensando novamente em Victor. Acordei por volta da cinco da tarde e a TV ainda estava ligada. Desliguei e caminhei para o banheiro, tirei minha roupa e entrei na água deliciosamente morna. Peguei o sabonete e comecei a deslizar sobre meu corpo e senti arrepiada. Era estranho sentir arrepios debaixo da água quente, mas era gostoso da mesma forma. Apalpei meus seios com cuidado e não senti nenhum caroço, nenhum sinal suspeita de câncer de mama. Resolvi buscar a noite por mais sexo e saí com minha bolsinha carregada de armas: somente minha carteira, meu estojinho de maquiagem, meu celular e uma cartela de seis preservativos.

A noite surgia gloriosa com suas estrelas testemunhando mais uma ventura que pretendia estender sobre o céu aberto daquela noite. Estava eufórica, doida para fazer sexo e esquecer Victor da mente...

Na frente da loja de agropecuária já fechada resolvi parar para fisgar. A pesca foi fácil e a isca era eu mesma. Dois peixinhos se aproximaram como se não quisessem nada mais do que pedir uma hora ou informação. Olhei de canto e relaxei minha bunda e cruzei os braços. Os homens gostam de mulheres que bancam a difícil e quando eles conseguem 'arrastar' se glorificavam achando que foram capazes de seduzir suas presas com seu papinho. Quando eles se aproximaram mais para perto do poste pude ver com mais clareza que não eram peixinhos, mas, tubarões.

- Boa noite, está esperando por um táxi? – indagou um deles, era moreno e tinha uma voz jovial. Era uma pergunta bem treinada, sem pressa e sem insinuações. Eu conhecia o truque e era eu quem jogava as cartas primeiro.

- Acho que o táxi pode esperar, não acham? – o moreno gostou a não ser pelo fato de eu ter incluído o seu companheiro também. Ele escondeu sua decepção com um sorriso insinuador.

- Acho que ele pode esperar sim, e agente talvez não, então que tal acompanhar até a minha casa?

Joguei meus cabelos louros suavemente para o lado e olhei maliciosamente desejosa para ele, pude notar que ele estava em ereção a mil por horas. Eu evitava olhar para o seu companheiro, queria me divertir com o moreninho primeiro.

- Talvez vocês quisessem me proporcionar um lugar mais íntimo.

O homem moreno, forte e de brinquinho na orelha olhou nervosamente para mim e estava louco para trepar comigo.

- Minha casa é mais próxima e... – ele foi interrompido por seu colega. Sua voz era mais forte, decidida e excitante.

- Vamos dar o que ela pede Jackson. Dez meu e dez seu e vamos nós três no motel do quarteirão nove. É terça-feira e é promoção para todos nós.

Ainda assim não olhei para ele, tinha meus olhos desejosos por Jackson.

Fomos juntos para o motel barato. Entramos e é claro que eu já o conhecia. Lembro de uma boa noite na companhia com David. Fomos para o quarto do andar de cima e entramos para o quarto pequeno, havia uma espaçosa cama de casal a nossa espera, e a um canto uma porta de um pequeno boxe com privada e chuveiro. Havia na parede de frente para cama um relógio velho antigo, marcando os minutos que percorria com o nosso tempo no quarto. Jackson me empurrou carinhosamente contra a parede e começou a me beijar, desvencilhei dele e sorrindo inocentemente entrelacei minhas mãos envolta do pescoço do seu amigo, encostei meus lábios ao seu ouvido e sussurrei:

- Tire a roupa bem devagar... tira...

Desgrudei dele afastando de costa e Jackson laçou-me por trás, comprimindo seu pênis na minha bunda. Ele começou a me cheirar no congote enquanto suas mãos exploravam minha barriga. Fiquei observando o amigo de Jackson começar tirar a camisa lentamente, depois o cinto e a calça-jeans. Os dedos de Jackson começavam a penetrar minha calça elástico-preta. Virei para ele e ele sorrindo e piscando recuou de braços meio abertos para a parede, como se me convidasse para cair nos seus braços. Fui e peguei em suas mãos e o levei para cama, larguei-o deitado num lado e o outro eu empurrei para ocupar o outro canto da cama. Eles se entre olharam curiosos e subi na cama, fiquei em pé e comecei a dançar, teria ficado mais gostoso se tivesse uma música erótica, e então comecei a tirar a camisa fazendo gestos maliciosos com a língua. Pisquei para Jackson que depressa tirava seus sapatos. Joguei a camisa na cara de Valter. Ele cheirou o doce perfume do sexo.

- Que tal parar com esse enrolo de strip-tease e dá logo essa bocetinha arrombada para a gente, hein? O tempo está correndo – falou Valter, o amigo de Jackson, o cara que eu estava reservando uma pequena parte da sobremesa que não daria igual para Jackson, que fora mais ousado. Valter não sabia mais ele acabara de perder uma trepação na qual não se esqueceria jamais. O idiota estava achando que eu era mais uma dessas prostitutas que eles pagam e comem, como se existíssemos só para ficar debaixo deles sendo fodidas. Ele se precipitou quando estava a salvo no cantinho dele. As maiorias dos homens não sabem onde está escondido o verdadeiro prazer, por que são estúpidos suficientes achando que o prazer está no pênis dentro da vagina. Embora seja ótimo, mas não é o ponto forte!





Carol fenomenal - COMPLETO NA AMAZONOnde histórias criam vida. Descubra agora