Dois dias depois Takashi estava num visual diferente, mais na moda, e estava de mãos dada com uma loura, uma gata linda e encantadora.
- Isso vai funcionar, mesmo?
Carol garantiu:
- Confie em mim, e logo estarei levando chifre – riu.
Eles entraram na lanchonete, e Takashi discretamente apontou pra menina que estava afim.
Carol olhou e sorriu. Percebeu que a jovem morena estava observando-os discretamente.
A jovem era umas das garçonetes, e foi atender a mesa onde eles estavam.
- Boa tarde. Vão pedir algo? – seu timbre de voz falhou um pouco, e Carol sabia por quê.
Quando ela estava dando o menu para eles, um rapaz passou atrás dela e passou a mão em sua bunda.
- Que traseiro delicioso.
A jovem tentou esconder o constrangimento que se seguiu, e o rapaz saiu pra fora do estabelecimento, mas Takashi não percebeu que estava indo atrás do jovem.
- Takashi! – disse Carol atônita com a reação dele, mas ele estava distante para todos.
As duas jovens se espremeram na vidraça, junto com os demais casais que estavam na lanchonete.
Takashi conseguiu alcançá-lo e lhe puxou pelo ombro.
- Hei, qual é a sua, meu irmão? – inquiriu ele.
- Você não é homem, seu merda! – rosnou ele.
O rapaz estranhou:
- O que você disse?
- Vai pedir desculpa para aquela moça – avisou Takashi se sentindo forte.
- Caí fora seu japa, aquela moça é mais rodada do que pneu de carro velho se quer saber.
Algumas pessoas que passavam perto pararam para ver a discussão.
Carol estava achando uma loucura bem maneira, se ele seguisse assim não teria dificuldade para arranjar uma garota, e uma garota especial.
- Seu atrevido! – e acertou um soco na boca do rapaz que caiu, e rápido se levantou do chão investindo um chute que foi bloqueado pelas mãos de Takashi, lhe devolvendo um golpe no seu estômago, e torceu o braço do rapaz para trás.
- Ai! Pare seu filho de uma mãe! Largue-me, por favor!
Takashi imobilizara seu corpo, e a garçonete disparou para fora, aos gritos:
- Pare, por favor, não o machuque!
- Mas ele te ofendeu! E agora vai te pedir desculpa de joelho.
A multidão estava interessada, alguns davam apoio ao jovem Takashi.
Carol olhava para o novo Takashi. Ele era agora um rapaz maduro, responsável e super corajoso. Sentiu um imenso orgulho dele.
- O que diabo está acontecendo aqui? – aproximou um homem gordo e rabugento, cortando passagem entre os curiosos presentes.
- Pare, por favor, vai quebrar meu braço!
- Vai pedir desculpa a essa moça, agora mesmo! – ordenou.
O dono da lanchonete olhou para os dois atracados na calçada de seu estabelecimento e depois para sua funcionária.
- Está bem, está bem... eu... peço que me desculpe! Não farei isso novamente, eu juro! – disse ele aos gemidos e a multidão aclamou em palmas, elogiando a atitude de Takashi.
- Se voltar a incomodá-la não terei tanta piedade assim. – e soltou o braço do jovem, que saiu imediatamente dali, recebendo a vaia da multidão.
Takashi olhou para a jovem, e ela estava assustada.
- Nem precisa se explicar – começou o dono, olhando para a garota. – Você tem culpa por isso, não é mesmo?
Takashi tomou a defesa por ela:
- Por favor, ela não teve nada com isso, acredite, eu...
- Fique quieto! Não estou falando com você. Agora, Aline, espero que da próxima vez em que você resolver iniciar um show ao vivo na frente da minha loja, eu aconselho pensar duas vezes – ameaçou.
- Eu juro que não irá acontecer novamente... – ia dizendo ela, ruborizada de vergonha, e temendo que fosse despedida, mas o velho lhe deu as costas. Parou e virou pra ela, finalizando. – E diga ao seu namoradinho aí, que, se ele quiser a vaga de segurança da loja está contratado. – e entrou resmungando pra alguns jovens que estava na sua frente.
A moça não acreditava no que ouvira e agora olhava com outros olhos pro jovem Takashi, que se aproximava dela. A multidão começou a incentivar um beijo, e em coro gritavam: "Beijo! Beijo! Beijo!"
Takashi a tomou nos braços e seguiu um abraço apertado entre eles, e uma união de lábios se conheceu abaixo de palmas e vivas.
- Obrigada... isso foi muito gentil de sua parte – disse ela, emocionada.
- Eu não poderia permitir que alguém tão especial como você fosse ofendida por um cara daquele. Você é linda, e merece mares de rosas, céus de margaridas, e o infinito universo de ternura...
Quando a multidão dissipou aos poucos, e Aline voltara ao trabalho, Carol foi até ela e comentou:
- Você tem a sorte ao seu lado, não a desperdice.
E elas sorriram.
Takashi aceitou a vaga de segurança da lanchonete, já que sabia lutar artes marciais muito bem, e os malandros pensavam duas vezes antes de invadir a loja. Carol ficou amiga dos dois, e o jovem resolveu morar com Aline na lanchonete, já que tinha um quarto e cozinha, e Joaquim, seus patrão, não iria cobrar pelo aluguel. Um mês depois eles estavam casados. Carol foi convidada para ser a madrinha da noiva.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Carol fenomenal - COMPLETO NA AMAZON
RomanceDesiludida com uma paixão juvenil ela promete se tornar a profissional número 1 do Brasil e nunca mais voltar a se apaixonar... Muitas aventuras prazerosas e loucuras aguardam por você! Autora: Por favor, se você for ler, comente, vote...