Num dia desses Carol aceitou se encontrar com um cara, de boa pinta.
- Você não quer tomar uma coca comigo? – perguntou Walter, todo sem jeito.
Carol distribuiu confiança diante do seu convite. Ela sorriu e pegou em sua mão.
Foram a um barzinho logo próximo dali e tomaram uma coca.
Conversaram bastante, Mas Carol não quis falar muito a seu respeito, e por isso ficou mais interessada nele. Carol o beijou e descobriu que ele nunca tinha beijado antes.
- Não, por favor, não faça isso... – e ele afastou o rosto, mais envergonhado quando a convidou.
- Me desculpe, eu...
- O que você pensou? – interrompeu ele, enfrentando-na.
Carol ficou sem reação. O que ele estava fazendo, afinal?
- Por que você ficou assim? Fiz algo de errado? – pediu ela.
Walter se levantou da mesa e foi até ao balcão. Pagou pela bebida e sem olhar pra garota se retirou. Carol achou estranha aquela atitude, e tomou o resto da coca.
Carol saiu e ainda conseguiu alcançá-lo.
- Espere, por favor, eu... – mas ele recusava a parar. – Quer fazer o favor de me ouvir! – gritou ela, o segurando pelo braço, e quando ela viu o seu rosto, notou que ele chorava.
- V-Você estragou tudo... E-eu sou um i-idiota! – começou a gaguejar e chorar sem se importar com Carol e com os outros que por ali passavam.
- Acalme-se, por favor, conte-me o que está havendo? – implorou ela.
- E-Eu sou... eu sou... – e ela ficou receosa em ouvi-lo revelar que era gay. – Eu sou tímido.
Carol ficou sem palavra por uns instantes e depois meio que se recuperando do transe, disse:
- Ora, mais isso não é tão grave assim, sabe. Às vezes eu também tenho timidez.
- Não como eu! – alterou sua voz e um casal de velhinhos fez a volta quando passava por ali. – Eu sou inseguro a maior parte do tempo... só para você ter ideia, faz um mês que eu estava querendo chegar em você, mas achava que ia me esnobar.
Carol escutava-o e era como se estivesse voltando no passado, e revivendo aquela conversa com Takashi. E ele continuava desabafando:
- Você não sabe o que eu sinto quando vou dormir, e imaginar que o próximo dia será o mesmo quando eu acordar... é um pesadelo real, que só tem final com a morte.
Carol ficou parada e não queria estar ali, com ele. Ficou com raiva dele, e ao mesmo tempo dela. Mas não demonstrou nada. Não tinha escolhido o destino de ajudar a todos que lhe viesse com seus problemas sentimentais. Ela era uma profissional do sexo e não uma psicóloga!
Carol torceu que fosse ele que se retirasse primeiro, mas ele ficou ali, na sua frente, com o calor do sol o castigando.
- Por que em vez de tentar querer imaginar o que uma garota vai te dizer quando for xavecada, você não dá a cara para bater e conversa com ela antes? Não fique achando que todas as meninas são orgulhosas, elas têm sentimentos como você também tem. E saiba que o sonho de qualquer mulher é ser ouvida, compreendida, e ela também entenderá quando você for falar de seus sentimentos para ela. Seja firme com você mesmo, e vai à luta. Lembre-se que para chegar ao pódio você terá que passar por diversas etapas. Se você é forte para sustentar essa timidez, é também forte o suficiente para mandá-la embora. Boa sorte.
�
VOCÊ ESTÁ LENDO
Carol fenomenal - COMPLETO NA AMAZON
RomanceDesiludida com uma paixão juvenil ela promete se tornar a profissional número 1 do Brasil e nunca mais voltar a se apaixonar... Muitas aventuras prazerosas e loucuras aguardam por você! Autora: Por favor, se você for ler, comente, vote...