Capítulo 3

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Bruno's POV

Ela se moveu lentamente na minha direção e parou à minha frente, ajoelhando-se no chão. Levou suas mãos ao meu zíper, abrindo-o devagar e puxando minha calça para baixo, juntamente com a boxer azul-marinho.
Eu queria disfarçar, mas meu tremor era violento. Senti-me envergonhado por aquilo, mas ela não pareceu notar. Sem nenhum aviso, Anne pegou meu membro e o colocou na boca, chupando-o com muita vontade.
Meus pulsos e cotovelos, antes aguentando meu peso sobre a cama, tremiam demais agora. Como não seria capaz de ficar naquela posição por muito mais tempo, me inclinei para frente, sentando em um ângulo reto, com as mãos em sua cabeça.
Ela não era como as outras, que tinham uma mania estranha de me olharem enquanto chupavam meu pau. A cara de prazer que elas faziam revirando os olhos era tão claramente mentira que aquilo não me excitava em nada.
Mas Anne não olhava para mim. Eu a via concentrada no que estava fazendo. Ela não forçava a barra, simplesmente queria me dar prazer.
- Ahhhhhhh...
- Está gostando? - Ela perguntou em um tom de quem realmente tinha alguma dúvida.
- Você vai me matar de tesão...
Ela continuou chupando meu pau com força, lambendo e mordiscando com muita suavidade.
- Ahhhh... Camisinha, bolso esquerdo!
Anne parou e procurou o preservativo na calça amassada no chão. Rasgou-o e foi rolando pela extensão do meu membro.
- Senta em mim, Anne.
Ela ficou de pé e colocou os joelhos na cama, um em cada lado do meu corpo. Segurou meu pau em suas mãos e o posicionou em sua entrada, até que foi abaixando lentamente, me envolvendo com seu corpo quente e molhado.
- Ahhh, meu Deus...
O cheiro de cassis e amêndoa se misturava com o perfume do shampoo que ela usava. Sem conseguir raciocinar direito, levei minha boca a um de seus seios e chupei com força. Com as mãos em seus quadris, guiei seu corpo para baixo e para cima, fazendo com que meu pau entrasse e saísse brevemente dela. Ela jogou seus braços em torno do meu pescoço, e eu posicionei meu rosto em seus cabelos e orelha, enquanto a penetrava com delicadeza.
Percebi que não conseguiria entrar totalmente nela se não forçasse, assim como na noite anterior.
- Anne, preciso te alargar... - Eu respirava com dificuldade. - Fica de quatro pra mim...
Ela obedeceu, levantando-se do meu colo e indo ficar na posição que eu havia lhe pedido. Sem muitas cerimônias, posicionei-me em sua entrada e penetrei-a novamente, sentindo seu corpo, mais uma vez, envolver o meu lentamente. Fechei os olhos e me deixei saborear o momento.
- Isso... Isso.
Eu já havia conseguido entrar nela completamente, e poderíamos voltar à posição anterior. Mas ela, daquele jeito, era tão boa...
Me inclinei um pouco para frente e alcancei minha mão direita em seu clitóris, enquanto a esquerda permanecia em seu quadril. Brinquei ali com os dedos, estimulando-a. Ela gemia bem baixo.
- Quero ouvir você gemendo, minha linda...
- Ahhh...
- Isso! Você não sabe como seus gemidos são agradáveis...
E eram. Sua voz, já um pouco rouca, tornava-se ainda mais rouca quando ela gemia.
Esquecendo do fato de que iria machucá-la, penetrei-a com força enquanto ainda brincava em seu clitóris.
- AHHHH!
- Desculpa!
Merda! Eu devia ter lembrado! Ela era pequena!
Fiz menção de me retirar de dentro dela, mas ela moveu seu quadril para trás.
- Não! - Ouvi-a ofegar um pouco.
Permaneci imóvel, um pouco confuso.
- Não o quê?
Silêncio. - O que você quer, Anne? Não quero te machucar mais!
Ela parecia lutar com sua consciência, embora eu não entendesse o porquê.
- C-continue... Não... Só continue - Ela disse, abaixando o tom de voz a cada palavra, sem levantar a cabeça.
Será mesmo que eu poderia continuar sem machucá-la?
- Se doer, você me fala!
Ela continuou calada. Comecei a penetrá-la novamente, com força. Na terceira estocada, a mais profunda, ela gritou outra vez.
- Ahhhh!
- Não vou parar até você me dizer que estou te machucando! - Falei, embora eu já estivesse diminuindo o ritmo, com medo de estar machucando-a.
- Ahhhhhhhhh!
Eu não sabia se ela estava gostando ou sentindo dor.
Ela levantou um pouco o quadril e se movimentou para trás, em direção ao meu pau.
- Ahhhh, isso! - Ouvi-a gemer baixinho.
Me convenci então de que seus gritos eram de prazer.
- Isso, Anne... Isso. Quer que eu meta mais forte? - E, dizendo isso, sem esperar uma resposta, meti nela com toda força que pude.
- ISSO! - Ela respondeu, talvez inconscientemente.
- Isso... Assim... É gostoso, não é? - Outra estocada.
- Ahhhhh!
- Cansei de conversar, Anne. Quero meter em você até acabar contigo!
E a partir daí, comecei a penetrá-la com muita força e num ritmo muito acelerado. Ela rebolava, gemia, agarrava-se aos lençóis. Seu coque agora estava totalmente desfeito, e seus cabelos caíam soltos sobre os lençóis embaixo dela.
- Ahhhhh... Ahhhhhhhhh... AHHHHHHH!
Senti seu corpo tremer em espasmos, mas não parei. Meu clímax estava quase chegando, eu precisava gozar agora!
Estoquei nela mais cinco ou seis vezes, e finalmente tive o orgasmo que estava evitando durante toda aquela noite com Anne.
Apenas seu quadril estava levantado, seguro pelas minhas mãos. Sua cabeça já estava jogada na cama, seu rosto enfiado nos lençóis, ofegante. Os braços estavam também jogados ao lado do corpo.
Abaixei seu quadril, encostando-o na cama, e repousei em cima dela. Estava muito suado, e ela também. Respirei por três ou quatro minutos em seus cabelos, enquanto recuperava o fôlego.
- Você tinha razão. - Falei em seu ouvido. - Você sabe lidar muito bem com exigências.
Ela murmurou algo que não entendi.
- Posso usar o seu banheiro? Preciso de um banho.
- Pode... - Ela respondeu baixinho.
Levantei-me, passando suavemente as mãos pelo seu corpo.
- Anne?
- Sim.
- Que perfume você usa?
- Não uso perfume...
Como assim não usa perfume?
- Está me dizendo que você cheira naturalmente a cassis e amêndoas?
- Creme pra hematomas... De amêndoas... - Ela respondeu contra o travesseiro, ainda muito baixo, como se estivesse com vergonha de me encarar.
Fitei-a por alguns segundos, sentindo pena daquela garota. Eu não queria vê-la machucada. Não queria vê-la mal. Era estranho, pois só havia estado com ela por duas noites, mas eu sentia que começava a nutrir por Anne um sentimento de proteção.
- Bem... Seu cheiro é muito bom.
E sem dizer mais nada, entrei no banheiro para uma ducha.

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