Capítulo 22

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Mel.

John disse que nós iriamos ter uma tarde romântica. Eu ainda não tinha reparado que nós não tínhamos tido nenhum momento assim a sós. A não ser quando estávamos na cabana, sozinhos, sem roupa nenhuma. Apenas nós dois. Os momentos assim sempre são perfeitos. Porém, eu tenho que reconhecer que eu também sinto vontade de fazer programas de um casal normal. Andar por ai de mãos dadas. Assistir filmes, jantar em algum restaurante. Suspiro contente.

Eu vou ter muitos momentos assim daqui para frente!

O dia está bonito. O sol brilha forte lá no céu. O clima está morno. Está tudo do jeito que eu gosto. Estamos no carro. John parece estar contente também, e isso faz tudo ficar melhor, faz tudo se intensificar umas mil vezes.

–Já sabe que filme nós vamos assistir? – Pergunto interessada.

Tem um bom tempo que eu não vou ao cinema. Eu e Julia costumávamos ir muitas vezes por semana. Sempre que tínhamos um tempo disponível, Mateo também costumava vir conosco. O cinema é bom, as instalações também, o problema é que nunca vêm estreias para cá, dá ultima vez em que eu fui o filme que estava em cartaz era Titanic. E isso não tem nem quatro meses.

– Dá ultima vez em que eu passei por lá estava passando dirty dancing. – Ele diz sem tirar os olhos da estrada.

Uma das muitas coisas que eu já percebi ao respeito de John é que ele é bem responsável. Sobre tudo. Eu vejo o jeito como ele se esforça em seu trabalho. Eu desconfio que seja para impressionar seu pai. Já que uma vez ele me disse que quer trabalhar em todos os setores para saber um pouco de tudo, antes de assumir a empresa da família. Ele nunca se atrasa. Ele nunca pegou uma folga, a não ser hoje, e por minha causa.

Sua mão procura a minha e ele a segura com força. Seus dedos fazem carinho em minha pulseira.

Seu toque é mágico!

– Você ficou pensativa de repente. – Ele diz baixinho. Enquanto desvia os olhos dá estrada por alguns segundos para me encarar.

A luz do sol atinge sua janela. A luz forte se reflete em seus olhos, e eles parecem mais verdes do que realmente são. Os olhos de John são verdes como uma folha de árvore. É uma cor linda. E eu me pego pensando no quanto eu amaria ter um bebezinho com esses olhos.

– Você tem que se acostumar com isso – digo séria para ele – meu avô diz que eu sou meio maluca. – Ele ri enquanto leva minha mão aos lábios. – Se quiser desistir. Esse é o momento. – Eu brinco. Ele morde meu dedo mindinho. – Ai! – Eu grito.

– Nada no mundo me faria desistir de você. – A certeza em sua voz me surpreende. Eu amo o ouvir falar de nós. Desse jeito. Com tanta intensidade. – E não fale isso nem brincando. A única coisa no mundo que me faria desistir de você seria se você não me quisesse. – Seus olhos me encontram. – Iria me destruir, mas eu iria respeitar sua decisão. – Sua voz sai baixa. Como se apenas esse pensamento fizesse algo morrer dentro dele.

Sorrio docemente para ele enquanto deito minha cabeça em meu ombro fazendo charme.

– Então ainda bem que eu te amo mais que tudo. – Digo inocentemente.

Ele ri enquanto balança a cabeça.

– O que eu faço com você? – Ele pergunta achando graça.

Nós estamos especialmente de bom humor hoje. Deve ter sido por conta da noite maravilhosa que passamos juntos.

E que noite!

Sinto meu corpo esquentar apenas ao lembrar, dos beijos, das caricias....

Meu deus! Que calor.

Sob Minha PeleOnde histórias criam vida. Descubra agora