Capítulo 59

549 56 35
                                    


Mel.

Passei a noite inteira preocupada. Ontem de manhã, depois que o John saiu para a reunião eu notei que Max estava mais quente que o normal. Além de estar muito inquieto. Ele ficou assim a tarde inteira, até que eu finalmente decidi ligar para o Rafael. Ele me deixou mais tranquila depois de examiná-lo, disse que tudo não passava de uma virose, mas que eu deveria manter os olhos nele.

Eu e John passamos a noite inteira em seu quarto velando seu sono. Mas como meu extinto de proteção de mãe é muito grande, eu mal consegui pregar os olhos a noite inteira. Não gosto de ver o meu ursinho doente. Me parte o coração.

Já passa das onze da manhã e Max ainda está dormindo. Ele nunca dorme até tão tarde. Isso já está me fazendo entrar em desespero.

— Como ele está? – Pergunta Ana.

Ela também está preocupada, e assim como eu, não quer tirar os olhos dele.

— Ele continua quente. – Digo testando sua temperatura. – Rafael disse para eu ficar de olho. Eu já dei o remédio duas vezes desde que ele saiu daqui, e a febre não abaixou quase nada. Estou preocupada Ana.

Meu filho é o que eu tenho de mais importante na vida. Qualquer coisa a seu respeito já me deixa de cabelos em pé.

— Deixe ele descansar mais um pouco Mel. Depois nós tiramos a temperatura dele outra vez, se caso ainda não tiver baixado nós chamamos o Rafael outra vez.

Olho meu anjinho e sinto meu coração despedaçar no peito. Passo minha mão entre seus cabelos, me inclino e deixo um beijo em sua bochecha rosada.

— John já foi? – Pergunto me virando para Ana.

— Não. Ele estava no telefone quando eu subi.

Franzo minhas sobrancelhas.

— Pensei que ele já tivesse ido. – Digo estranhando.

Ana sorri com doçura.

— Mel, ele também está preocupado com o Max. Claro que ele não iria sair sem saber como ele está. Ele estava me perguntando se ele já havia ficado assim alguma vez, e eu disse o óbvio.

— Óbvio? – Pergunto sem entender.

Acho que não é tão óbvio para mim também.

— Eu disse que toda criança fica doente. Max já ficou assim outras vezes. Ele estava meio assustado, e eu entendo, afinal, ele nunca passou por isso antes. Você deveria tranquiliza-lo. – Diz Ana.

Claro. Eu devo estar o assustando mesmo. Mas acontece que quando o assunto é Max eu acabo sempre ficando muito preocupada.

— Eu vou falar com ele. – Digo me levantando da cama. – Mamãe já volta ursinho. – Digo beijando seus dedinhos. – Fique com ele aqui Ana, ele pode acordar.

— Claro.

Saio do quarto de Max, e desço as escadas. Encontro John na sala. Ele está de costas para mim e de frente para a janela. Ele está com o celular no ouvido.

— Não sei pai. – Diz com a voz demonstrando preocupação. – Vou esperar para ver se ele melhora. Qualquer coisa eu te ligo. – Ele deve estar falando de Max. – Obrigado por estar cuidando das coisas por aí. Isso tudo é muito importante para mim. – Ele respira fundo e permanece quieto. – Espero que tudo corra bem. – Pausa. – Tudo bem. Mande um beijo para a mamãe e para a Kelly. – Pausa. – Tchau. Também te amo pai.

Estou encostada a porta esperando que ele me note.

Ele desliga o celular e o coloca no bolso. Passa as mãos por entre os cabelos e então se vira para mim. Primeiro ele parece surpreso em me ver, mas logo em seguida ele me mostra um dos seus melhores sorrisos. Aquele que faz meu coração bater mais forte.

Sob Minha PeleOnde histórias criam vida. Descubra agora