Eu estava amarra na sala tendo que assistir a força aquele demónio devorar minha vizinha na minha frente. O sangue jorrava pra todos os lados e eu nunca pensei que o interior de um corpo humano poderia feder tanto assim, agora entendo porque os médicos usam aquelas máscaras. Após comer boa parte do corpo da Sabrina ele sentou-se na minha frente.
-- porque você não grita? -- perguntou aquela coisa ao se ajeitar na poltrona. -- todas as pessoas na sua situação gritaram, por que você não grita? --
-- se eu começar gritar, de duas coisas uma pode acontecer. Você vai me amordaçar ou alguém vai entrar pela porta e você vai ter mais comida. E pessoalmente acho que você já tá muito gordo. -- respondi com certo tom de desprezo. -- então prefiro continuar falando e não quero que ninguém mais se machuque.
-- HA-HA-HA-HA. -- rio ele com aquela boca cheia de sangue. -- garota espertinha, mas eu ainda vou comer muito nesse prédio se não for hoje, temos amanhã, semana que vem. Quando eu quiser eu vou comer. --
Ele passou um tempo lá sentado naquela poltrona, eu cheguei a pensar que ele ia ficar ali a noite toda.
-- eu pensei que ia acabar de comer ela pra vir me comer. -- disse olhando para aquela coisa seja lá o que for com a cara do meu pai.
-- com ela eu já acabei. Vou presida da carne dela pra me servir de roupa nova, essa aqui já tá muito gasta. -- disse ele olhando para o próprio corpo. -- não se fazem mais humanos como antigamente, antes a pele humana durava bem mais. -- afirmou.
-- como assim roupa nova? --
-- isso que você está vendo na sua frente e o próprio corpo morto do seu pai. -- disse ele dando uma volta. -- eu sou do tipo de monstro que não pode entrar em um lugar sem ser percebido, então para poder me disfarçar e conseguir um rango quando quiser, eu preciso desses ternos de carne humana. Eu sinceramente prefiro as mulheres são melhores, pois com eles e mais fácil conseguir um jantar. -- disse ele limpando a boca. -- eu só não como você agora, porque eu estou muito cheio. -- Disse ele sentando mais uma vez na poltrona.
Quando ele me falou aquilo eu logo me lembrei do pesadelo que tive no dia do desaparecimento do meu pai, Pensei um pouco e vi que todas as peças se encaixavam. Ele era o demónio que estava no meu pesadelo.
-- o que você é? -- perguntei lhe olhando nos olhos.
-- Eu sou um Ghoul. -- respondeu ao ligando a TV.
-- e o que foi aquele pesadelo que eu tive com você e meu pai? --
-- pesadelo, de que pesadelo você está falando? -- perguntou ele de volta parecendo não saber do que eu estava falando.
-- na noite em que meu pai desapareceu, eu tive um pesadelo. No qual meu pai foi devorado internamente por um monstro horrendo, possivelmente você. E depois ele foi arrastado para as sombras. -- respondi a ele descrevendo meu sonho.
Aquele demônio começou a me olhar de cima a baixo. Ele fez uma cara de pensativo, sentou-se novamente na poltrona.
-- aquilo foi uma variação de premonição. Me diz uma coisa, você por acaso desejou saber o que havia acontecido com seu pai? -- perguntou aquele Ghoul pondo a mão na testa.
-- não sei o que tem a ver, mas sim. Por quê? --
Aquele monstro se levantou rapidamente da cadeira e começou a andar pela sala. Parecia que algo o encomendava, ele voltou a olhar pra mim com aquela cara feia dele, ele se aproximou de mim.
-- quantos anos você tem garota? -- nesse momento ele me pareceu muito frustração.
-- 17. Completei há dois dias. -- respondi mesmo não entendendo a pergunta dele.
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Bast Hell O Filho da Morte
Teen FictionBast Hell não é o que pode ser chamado de um adolescente normal, com sua chegada em new York coisas fora do normal e sobrenaturais começam a ocorrer por toda a cidade, pessoas desaparecidas, mortes sem explicação, além de ocorrências dadas por vário...