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Isabelly

Haviam se passado duas semanas e apenas mais uma semana de férias para voltar ao último semestre, nos reunimos na casa do Samuca e da Yá para fazer uma "resenha".

- Um moleque? Caralho isa, é um menino. — o Samuca sorria enquanto beijava minha barriga que estava começando a dar sinal.

- Não acredito que minha Anna vai ter um amiguinho. — a Mari sorria feito boba segurando a Anna.

- Amiguinho ou paquera? — O Rodrigo soltou e no mesmo minuto levou uma sequência de tapas meus e da Mari. - Tá bom, cacete. Era zoa belê?

As pizzas chegaram e parecíamos um bando de macacos vendo banana, era tanta caixa de pizza que eu não conseguia nem contar quantas, talvez oito, ou mais. Mas era justo, estávamos em 10, Eu, Samuca, Yá, Amanda, Mari, Léo, Thalita, Rodrigo, Letícia e Bia.

- Eu me recuso a NÃO ser a madrinha — A Bia fez questão de gritar apenas o "Não".

- Sai pra lá com tua inveja que eu sou blindada, monamour! O trono de madrinha é meu Bibi. — Letícia se gabou, a mesma estava entrando no seu quinto mês de gestação.

- Estou totalmente, completamente magoada com você, Senhora Isabelly! Deveria ser eu também — A Yá questionou enquanto já estava louca de tanto beber.

- Eu hein, se for assim vou ter que ter sei lá quantos filhos, e dessa eu tô fora.

A noite foi incrível, a energia do pessoal todo junto era inexplicável, não tinha sensação melhor. Ter recebido o apoio das pessoas que eu gosto foi o que me fez ficar confiante de que eu seria uma boa mãe, desde aquele dia que ouvi o coraçãozinho do meu pequeno, eu pude sentir o que era ser mãe, o que era ter um pequeno serzinho se desenvolver dentro de mim, foi apenas ali onde minha ficha caiu.

Maioria já havia ido embora e só sobrou eu, Samuca, Yá, Pedro que era o tal novo boy dela e a Amanda. Todos estavam bebendo e eu era a única exceção, logo Yá e Pedro subiram e sobrou apenas nós três.

- Aí gente, tô louca demais pra voltar pra casa. Sério — a mesma estava quase topando enquanto tentava andar, levantei e segurei a mesma levando-a para o quarto de hóspedes que a Yá havia mostrado.

- Relaxa, mana. Tu precisa só de um banho tá? Vem — levei ela até o banheiro e joguei ela debaixo do chuveiro gelado, a mesma resmungou e acabou sentando no chão do banheiro e cochilou, peguei uma troca de roupa com a Yá e quando voltei a mesma ainda dormia.

Deixei a Amanda dormindo no quarto e saí, após eu fechar a porta senti meu corpo se chocar com o de alguém, nada mais nada menos que o Samuca.

- Oi, aconteceu algo? — o olhei e o mesmo veio em direção ao meu pescoço. - Ei, tá maluco Samuca?

- Por você — ele se embolou nas próprias palavras e tombou pra cima de mim. Caralho, eu dei pra ser babá de bêbado hoje?!

- Tá bom, tá bom. — ignorei totalmente o que ele falou e o arrastei pra o quarto dele, levei o mesmo até o banheiro e joguei água gelada em seu rosto. Nunquinha que eu iria olhar pra o que metade da faculdade quer fazer de banco.

- Você é uma mina firmeza, isa. Sortudo é quem chupa esses teus lábios carnudos, não disse quais. — gargalhei e ignorei novamente o que ele acabara de dizer, que inclusive no outro dia não lembraria de mais nada. Tirei a roupa que ele estava deixando o mesmo de cueca e meu Deus.. que visão do paraíso é essa? Cobri o mesmo com um edredom e quando estava cobrindo-o senti o mesmo me puxar, e envolver minha cintura acariciando minha barriga. Tentei me soltar e foi totalmente falho, não relutei, talvez eu quisesse ficar ali.

Acordei com a Yá entrando no quarto e puxando meu pé, tomei um susto e me compus depois de ver que o Samuel ainda dormia, levantei e puxei ela pra fora para que ele não acordasse e perguntasse o que diabos eu fazia ali, no quarto dele, na mesma cama, e pior, com ele.

- Tá querendo ter mais um filho né? Safadinha — ela gargalhou baixo.

- Tá maluca né, tomou chá de piroca do Pedro e tá desnorteada? Teu irmão tava num Pt horrível e a irmã sumiu né, tive que cuidar, já que tinha gente tomando chá aquela hora da madrugada.

- Cala a boca que tu ia adorar um cházinho, quem vem aqui tomar chá sempre volta, viu? Fica esperta pra não querer de novo — mandei o dedo do meio para ela que saiu rindo, mandei um beijo no ar para a mesma e fui pegar um uber para ir para casa antes que ele acordasse. Eu não queria olhar pra a cara dele depois de ter dormido ao lado dele, e pior, por ter gostado disso.

Cheguei em casa e minha mãe já estava de saída

- Bom dia Filhota, Café tá ai. Beijo! — me deu um abraço rápido e correu, aparentemente estava atrasada.

Tratei logo de tomar um banho e vestir uma roupa qualquer do guarda roupa, voltei pra a sala e fui tomar meu café com pão, foi questão de segundos após eu colocar a louça na pia para ouvir batidas bruscas na minha porta, não olhei no olho mágico e apenas abri pensando que algo havia acontecido com minha mãe. E era ele, a pessoa que eu menos queria ver na face da terra, a pessoa na qual eu me arrependo completamente de ter conhecido.

Meu Melhor ErroOnde histórias criam vida. Descubra agora