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"Eu sei que doeu em você porque eu fui a única pessoa que olhou dentro do seu olho e pediu calma.
Porque todas as pessoas que passaram por você pediram pressa.
- Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente."

**
- Não precisamos insistir nesse assunto, Samuel. — eu o olhei, eu realmente não sabia o que responder.

- Nunca precisamos, não é? — ele foi curto e grosso e então levantou da mesa. - Sei que tu não gosta disso, então vou te deixar na tua "paz" — ele fez aspas com as mãos e acendeu um cigarro, caminhou um pouco mais e tragou o mesmo, ele havia levado consigo uma garrafa de bebida.

Eu quis chorar, senti meu nariz arder e meus olhos lacrimejarem. Eu me recompus e voltei para onde a galera estava, forcei um sorriso e tentei me divertir o máximo possível.

Dançamos por pouco tempo e logo voltamos para a mesa, ele estava sentado olhando o celular e desligou quando voltamos. Decidimos pedir mais cerveja e algumas porções para passar o restinho da noite.

- E aí, vocês vão pegar férias no trampo quando? — o Henrique perguntou.

Henrique era irmão do boy da Yá que acabou se enturmando com a gente, era gente boa.

- Eu nem tão cedo. — respondi.

- Eu tô livre a qualquer momento, gente. — A Mari respondeu.

- Ah, Jura? — a Amanda respondeu num sarcasmo imenso.

- Tô difícil pra férias agora, parça. — o Samuel se pronunciou.

Henrique havia nos contado que o Pai havia deixado ele com uma casa de praia até voltar de viagem que duraria mais ou menos dois meses. Todos combinamos de tentar pegar folga em tempo parecido ou exatamente no mesmo tempo para que a resenha fosse real.

Continuamos por mais um tempo conversando até começarem a ir embora aos poucos, a Mari que iria ficar, acabou tendo que ir embora por conta da Luna, E já que passava das três da manhã. Acabou sobrando só eu, Yá, Pedro, Bia e Samuel que inclusive estava alterado, ele estava falando coisas sem sentido e ria sem falarem nada, mas a situação piorou quando ele começou a me olhar, ele tocou a minha mão esperando que eu segurasse a dele.

- Yá, é melhor levar ele pra casa.. — Eu tirei a minha mão e a olhei.

- Ele não é mais criança amiga, eu não vou dormir em casa hoje, é só enfiar ele num uber que ele para em casa. Antes de vir nós conversamos e ele falou que isso não se repetiria, não me responsabilizo agora.

- Eu falei? Pô, fica no meu lugar YÁRA, tenta ficar sussa.  — ele falou um pouco embolado e gritou o "Yára".

Ele tocou a minha mão mais uma vez, mas dessa vez beijou a mesma.

- Isa, você me perdoa?

- Você não fez nada, Samuel. Fica quieto, tá? fica calado se não vai cansar sua língua.

- Eu queria cansar a língua em você. — assim que ele falou isso todo mundo caiu na gargalhada.

- Vai se foder todo mundo então. — ele aleatoriamente nos xingou por rir.

- Eu tô indo viu gente? Vou estudar amanhã cedo, tô no nível de vocês ainda não. - a Bia nos cumprimentou com um beijo no rosto e foi embora, era só o que me faltava.

Meu Melhor ErroOnde histórias criam vida. Descubra agora