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Isabelly

Acordei eram exatamente 06:30, tomei um banho frio e fiz minhas higienes matinais, vesti um vestido de alcinha florido que vai até os joelhos, o mesmo realçava bem minha barriguinha que começou a dar sinal e vesti uma rasteirinha. Minha mãe já havia saído e Dora a essas horas já estava em seu voo, era ruim a casa vazia sem a animação matinal dela, que eu não sei como isso era possível. Fiz um omelete e enquanto comia mandei mensagem para o Samuca.

Ele logo respondeu e eu acabei de comer, lavei as louças e desci para esperar o mesmo

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Ele logo respondeu e eu acabei de comer, lavei as louças e desci para esperar o mesmo. Uns quinze minutos depois vi o carro dele se aproximar e o retardado ainda buzinou! Entrei no carro e olhei para a cara dele.

- Garoto, você é maluco? Misericórdia, não precisa buzinar.

- Era pra você segurar o vestido, porra. Bagulho voando e tu nem percebe, não me diz respeito já que a gostosura toda eu provei, agora os outros marmanjos..

- Ah, e você não é um marmanjo? — fomos o caminho todo discutindo sobre ele ser ou não um marmanjo até chegar a clínica que eu havia passado o endereço para ele, nós entramos e eu dei todas as informações, a recepcionista pediu que eu aguardasse e assim fizemos.

- Isabelly? Isabelly Monteiro? — A médica chamou e então entramos na sala.

- Eita que a barriguinha já está crescendo hein? Então hoje entra no quarto mês e duas semanas, para não te complicar falando apenas a semana. — ela riu.

- Aê doutora, melhor ainda, assim dá pra saber. — o Samuel falou.

- Então ótimo, papai. Vamos ver como esse garotinho está. — a médica respondeu e eu senti um aperto no meu coração quando ela falou "papai", não era uma sensação ruim, mas não era uma sensação boa, aquela responsabilidade não era dele, ele não negou, e isso me surpreendeu mais.

- Quando vai dar pra ver a cara do moleque no negócio 3D? — ele fazia mais perguntas do que eu.

- Talvez no sexto ou sétimo mês já conseguimos começar a tentar, mas é preciso muita paciência. — ela respondeu e passou o gel na minha barriga e então ligou o aparelho.

- Ele tá bem, doutora? — minha vez de perguntar.

- Super saudável, continue se alimentando bem. Seu bebê mede cerca de 14 centímetros e tem o tamanho de um pimentão e pesa 203 gramas. Vamos ouvir o coraçãozinho novamente? — ela nos olhou e assentimos, e então aquele barulho maravilhoso e aquela sensação gostosa de estar ouvindo os batimentos do meu pequeno ecoou pela sala, eu não controlei as lágrimas, e parece que o Samuel também não, estávamos sorrindo feito dois idiotas.

Acabamos a consulta e entramos no carro.

- É louco né? Lucão ainda é tão pequenininho e tem uns batimentos tão fortes, ele é forte, moleque forte. Igual ao Tio Samuel — ele sorriu dando partida.

- Mas isso é questão de tempo, logo logo minha barriga vai estar imensa e ele pesando horrores.

- Aí isa, queria te pedir desculpas por não negar nada pra a médica beleza? Eu não tenho autoridade pra falar que sou pai do seu filho, independente de eu já amar ele mesmo ele ainda estando aí. — apontou pra minha barriga. - Mas assim como você eu fiquei sem respostas, foi mal mesmo.

- Não, Samuca. Relaxa, tá tudo bem. — Sorri fraco e seguimos caminho.

Ele parou em frente o meu prédio e ia se despedir.

- Não quer subir? Se você for um bom garoto eu faço bolo de morango com chocolate pra nós. — ele logo abriu um sorriso.

- Fico na hora. — descemos do carro e fomos subir o elevador.

- IN TE RE SSE I RO. — soletrei a palavra enquanto entrávamos.

- Claro que não, para de doidera fia.

Enquanto eu fazia o recheio do bolo ele ficou ao meu lado olhando tudo o que eu fazia, ele pegou o leite condensado e derrubou "propositalmente" no meu peito, onde havia o decote do vestido.

- Eita porra! Foi mal.

- Porra, Samuel. Criança em? Vou me limpar. — comecei a procurar um pano.

- Deixa que eu limpo. — ele se aproximou me deixando confusa e fez um tipo de body shooting em mim e lambeu todo o leite condensado subindo ao meu pescoço. Naquele momento eu já havia saído da terra e ido para a lua, ele me levava do céu ao inferno. Quando percebi eu já estava sentada na pia enquanto ele subia meu vestido pela metade, ele fazia um caminho do meu pescoço até minha boca fazendo com que nossas línguas quentes se encontrassem e dançassem numa perfeita sintonia.

Fomos interrompidos pelo cheiro de queimado da cobertura.

- SAMUEL, A COBERTURA! — Eu saltei da pia e fui desligar o fogo que já havia deixado a panela preta de tanto queimado e joguei a panela na pia, e ele começou a gargalhar.

- Te deixo tão desnorteada assim? — ele me abraçou por trás ainda duro.

- Saí, seu pervertido. — dei um tapa estalado no braço dele e tentei a merda que fizemos. Joguei toda a cobertura queimada fora e refiz. 

Logo o bolo estava pronto e então comemos, Samuel fez a boa e lavou a louça enquanto eu tava mega sonolenta.

- Eu tô morrendo. — bocejei. - De sono.

- Quer ir deitar? Eu vou pra casa e tu descansa pô. — ele me abraçou.

- Não, vem. — puxei ele e deitei, não lembro de mais nada após ele fazer cafuné em meus cabelos.

Meu Melhor ErroOnde histórias criam vida. Descubra agora