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Isabelly

Finalmente chegou, o dia no qual eu esperava tanto, o dia que iríamos concretizar aquilo que espontaneamente já havia acontecido, era dia do Samuel assinar a certidão.  Ele andava de um lado para o outro da sala e estalava os dedos, que o mesmo já havia estalado.

- Caralho, e se eu assinar errado? — ele parou e pensou. - E se der alguma merda? — ele começou a se questionar e fazer milhares de perguntas.

- Ei, olha aqui. — eu coloquei as mãos em seus ombros o fazendo parar e olhei em seus olhos. - Não precisa ficar nervoso, coloca na sua cabeça que vai dar tudo certo, tudo bem?

- Mas meu bem, você tem certeza? — ele me olhou apreensivo.

- Sim, eu tenho, são muitos meses pensando nisso.

- Mas e se você se arrepender? Porra cara..

- Ei, eu não vou me arrepender. É a maior certeza que eu tenho agora, e é a melhor decisão que eu estou tomando. — eu levei o dedo até a sua bochecha e alisei a mesma.

- Mas namoral, promete que aquele trato de falar pra ele sobre o pai biológico quando o moleque completar quinze anos não vai ser quebrado e nem esquecido? — ele me olhava apreensivo ainda.

- Prometo. — ele me abraçou, me deu um abraço de urso como se eu fosse fugir dali, eu sei o quão feliz estava, mas sei o medo que ele estava sentindo, medo de dar algo errado, medo de eu voltar atrás.

O Lucas ficou com minha mãe e nós fomos, não tinha tanta gente por ser bem cedo e logo a moça nos reconheceu.

- A papelada está toda pronta, pode me passar o documento e a antiga certidão, por gentileza. — a atendente falou e ele me olhou, paralisou num delay de cinco segundos e entregou o documento, e eu entreguei a certidão.

Ela demorou alguns minutos para digitalizar algumas coisas, imprimir outras e então se pronunciou novamente.

- Aqui, pode assinar. — ela deu a caneta para o Samuel e o mesmo assinou.

- Eu também? — ela assentiu e eu assinei.

- Ótimo, podem aguardar, vou entregar os documentos novos em cerca de vinte minutos.

- Obrigada. — sorri para a mesma e entrelacei a mão na do Samuel, ele estava calado, e quando sentamos abriu a boca.

- Pô, tu não tem noção da felicidade que eu tô sentindo. — ele sorriu de orelha a orelha e me olhou, era possível ver a felicidade nos olhos dele, os olhos dele mostravam exatamente o que ele estava sentindo naquele momento.

- Eu também tô, tô feliz demais. Sempre fiquei angustiada com isso, sabe? Parece que eu finalmente me livrei do peso que estava carregando nas costas.

Ficamos conversando sobre, ele estava empolgado falando que iria poder ir às festinhas de dia dos pais na escola e coisas do tipo, até a atendente nos chamar novamente, agora com um envelope no balcão.

- Aqui está, tudo certo! Tenham um bom dia. — ela sorriu e nos entregou o envelope.

O Samuel havia perdido aquele olhar inseguro, de medo, ele estava dirigindo sorridente, estava com uma alegria contagiante que eu nunca havia visto. Nós chegamos em casa e o Lucas estava acordado, o mesmo estava com a boca toda lambuzada de sopa.

- Bom dia, meu menino. — ela retribuiu o beijo no rosto do Samuel.

- Bom dia, mamis. Estou bem e você? — fui até ela.

- Eu ia falar com você, minha filha. Pare de fogo! — ela gargalhou e beijou minha testa.

Ficamos conversando um pouco com a minha mãe, e logo ela pediu para levar o Lucas na casa da tia Karla, eu assenti e ela o levou.

- Quero te levar num lugar, vamo? — o Samuel me perguntou.

- Agora, do nada? Ué, combinou com minha mãe? — o encarei.

- Não sei, se arruma e vamo.

Eu concordei contra gosto e fui tomar um banho, assim que sai do banho o Samuel entrou e então eu fui me arrumar, não passei uma maquiagem pesada, só o rímel de cada dia e o batom. Optei por vestir um macacão longo e preto junto com um salto que eu havia ganho no meu aniversário passado.

Assim que o Samuel saiu do banheiro ele paralisou ainda com a toalha enrolada na cintura e ficou me olhando

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Assim que o Samuel saiu do banheiro ele paralisou ainda com a toalha enrolada na cintura e ficou me olhando.

- Que foi? Tá ruim? — o olhei. - Olha, eu não sei para onde vamos então por iss.. — ele me interrompeu.

- Não, tá doida?! Tá gata pra caralho, que mulher, hein. Minha mulher. — ele pegou minha mão e me fez dar uma voltinha, nos abraçamos e ficamos trocando beijo até ele dar sinal de coisas além.

- Chega, vai logo colocar tua roupa antes que EU tire a minha. — dei ênfase no "eu" e ele foi.

Samuel optou por vestir uma calça preta com uma camiseta de botões e um tênis branco.

Saímos e o lugar era meio longe até, assim que ele estacionou pude ver o letreiro escrito "Paris 6" nunca ouvi falar, e nunca vim nesse lugar, talvez num bistrô do mesmo

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Saímos e o lugar era meio longe até, assim que ele estacionou pude ver o letreiro escrito "Paris 6" nunca ouvi falar, e nunca vim nesse lugar, talvez num bistrô do mesmo. Assim que entramos me deparei com um lugar totalmente diferente do que aparentava.

Meu Melhor ErroOnde histórias criam vida. Descubra agora