Isabelly
Era quase ano novo, estávamos no voo para São Paulo que o Samuel havia insistido, eu não concordava com a ideia, mas ele parecia querer muito e eu acabei dando o braço a torcer.
- Você realmente não vai falar onde exatamente vamos ficar? — eu o olhava brava enquanto segurava o Lucas que dormia no meu colo.
- Pô, meu bem. Tô querendo te fazer uma surpresa cara, surpresa não se descobre, só espera. — ele falou e eu bufei de raiva, o mesmo riu do meu suspiro e afogou a mão nos meus cabelos.
Eu acabei adormecendo e quando acordei estávamos no meio do pouso, o Lucas dormia feito um anjo, na verdade, ele era um anjo.
Nesses dias desde que o meu pequeno nasceu, ele abençoou nossas famílias simplesmente com o olhar, o Lucas transmitia a paz que o mundo me tirava, eu sempre tentei me preparar psicologicamente para amanhecer o dia, mas foi totalmente o contrário, as raras vezes que ele acordava na noite era quando sentia cólica ou estava com a fralda cheia, e sempre que o Samuel estava lá em casa ele fazia questão de acalma-lo, e era incrível como ele conseguia com facilidade.
- Meu bem, fica tranquila que a mala dele eu pego, belê? — o Samuel falou e eu assenti, já que estávamos em assentos prioritários por conta do Lucas, pude sair mais facilmente enquanto o Samuel pegava a bolsa do Lucas.
Eu desci as escadas com a ajuda dos comissários e então aguardei o Samuel lá embaixo, assim que o mesmo veio ao meu encontro entramos num ônibus que nos levou até a parte das bagagens no aeroporto de Guarulhos, já que ele era enorme. O Samuel pegou nossas malas enquanto eu chamava o uber e então saímos.
- Quero te levar pra conhecer o lugar de onde eu saí. — ele me olhou e eu fiquei sem resposta, já que não tocávamos no assunto, tocamos quando tínhamos na faixa de treze pra quartoze anos e desde então o assunto morreu.
- Sem dúvidas eu quero conhecer, meu bem. — eu sorri para o mesmo e ele selou nossos lábios, e então continuamos a andar, quando chegamos à frente o carro já nos esperava, confirmamos o motorista e então entramos no carro.
Foram cerca de uma hora e pouco por conta do centro para chegar no lugar, e o motorista anunciou.
- Se for esse o hotel, estamos nos fundos dele.
- Queremos ficar nos fundos mesmo.
- Queremos? — perguntei baixo para ele.
- É aqui mesmo, irmão, valeu e bom trabalho! — ele pagou e descemos do carro, o motorista nos ajudou com as malas e entramos por uma simples porta nos fundos após o Samuel aproximar um cartão na câmera.
- o que diabos estamos fazendo aqui? — eu o olhei confusa enquanto passávamos por um corredor.
- Relaxa, mozão. Você vai ver — ele piscou e então o corredor chegou ao fim revelando um hotel bem grande, a decoração era algo tão delicado que eu tinha medo de esbarrar em algo do preço do meu rim.
Samuel se apresentou na recepção e então recebemos o cartão-chave do quarto, um funcionário do hotel nos levou até o elevador e nos ajudou com as malas.Quando a porta foi aberta um quarto lindo foi revelado, o Samuel observava cada reação minha e sorriu de orelha a orelha quando me viu sorrir.
- Eu não consigo acreditar que vamos ficar aqui.. é lindo demais! — eu o abracei e ele deu um sorriso de satisfação.
- Agora o motivo de ter entrado pelos fundos, era pra você não ver isso. — ele abriu a cortina revelando a avenida paulista, uma avenida maravilhosa e super famosa de São Paulo.
- Eu não acredito.. você levou a sério quando eu disse que iria me sentir podre de rica se ficasse algum dia em um apartamento na Paulista? — ele gargalhou.
- Você acha que é só por isso? Tem mais, mas isso você só vai descobrir depois. — ele sorriu me deixando mais confusa ainda.
Arrumamos as coisas no pequeno closet que havia ali e pedimos um ancho para dois e enquanto esperava eu amamentei o Lucas que logo dormiu, deixei o mesmo num berço adicional que havíamos pedido, não era bom o bastante mas quebrava um galho imenso, deixei o mesmo no berço e fui tomar um banho na banheira imensa que havia lá né, pra fingir um costume taquei aqueles sais de banho e o Samuel me seguiu.
- Caralho, como eu queria transar numa banheira. — ele fez cara de triste e ficou me encarando.
- Credo, garoto! Respeita a criança e respeita meu resguardo também tá? Me arrombei a pouco tempo e você ouviu a médica falar no mínimo quarenta dias.
- Quarenta dias sem penetração, ela não especificou. — ele me lançou aquele maldito sorriso.
- Para de ser tarado, eu em.
- Beleza, vai pagar com tua língua. — ele se emburrou.
- Tira uma foto minha, vai.
- Só tiro se for com minha mão no seu corpo pra saberem que é minha.
- Tira logo! — ele fechou a cara e tirou a foto.
Logo ele entrou na banheira e se aproximou, o mesmo não tirava os olhos dos meus, o que estava me deixando fogosa.
- Tá me olhando assim por quê? Quer me dar?
- Querer eu quero, agora poder.. é diferente, meu bem.
- É diferente? — ele se colocou no meio das minhas pernas e beijou meu pescoço fazendo até meus pelos das sobrancelhas arrepiarem.
- É...é diferente — eu levantei e ele parecia paralisado quando ficou cara a cara com meu corpo nu, ele com certeza não estava esperando por aquilo. Tomei um banho na ducha para tirar a espuma e vesti minha roupa no banheiro mesmo, ele ainda me encarava, agora com as mãos embaixo d'água, eu sabia exatamente o quão puto ele estava.
Terminei de pentear os cabelos e ouvi a campanhia tocar, era o jantar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu Melhor Erro
Romance"Somos seres humanos e estamos sempre errando, e dentre vários e vários erros eu nunca aprendi tanto com o meu melhor erro." • Plágio é crime! Crime de Violação aos Direitos Autorais no Art. 184 - Código Penal, que diz: Art. 184. Violar direitos de...