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Chegamos na casa dele e o mesmo saiu ligando as luzes, estava tão silêncio que estava ficando macabro. Provavelmente ele estava travado pelo mesmo motivo que eu, até a Anna nos dar um belo presente que logo chegou a nosso nariz.

- Acho que alguém fez o número dois. — gargalhei pegando ela no colo e a deitando no sofá, o Samuel apenas ficou parado olhando. - anda, meu filho, Pega a bolsa dela. — ele pareceu sair do transe que estava e foi em busca da bolsa. Assim que o mesmo voltou e eu abri a fralda eu vi uma torta de cocô, tapei o nariz enquanto o Samuel ria e me dava os lenços e sai para jogar a fralda e os lenços sujos no lixo.

- Fica quietinha, ajuda o tio, vai Anninha. — ele tentava fechar a fralda dela e eu fiquei paralisada observando a cena. Até que finalmente ele fechou a fralda, e olha, fechou certinho, ele fechou a fralda e me pegou de surpresa quando me fitou e viu que eu os olhava sorrindo, tentei me fazer de sonsa e mudar de assunto.

- Coloca ela nesse tapete e dá os brinquedos, vou deixar o leite dela pronto para colocar ela pra dormir mais tarde. Vê se fita os olhos na menina, hein?! — cruzei os braços e ouvi ele falar enquanto eu ia pra a cozinha.

- Enquanto você fita os olhos em mim? — ele sempre tinha que dar aquele sorriso, aquele maldito sorriso, o deixei sem resposta e fui adiantar o leite dela.

Não fazia a mínima ideia de como fazer leite para um bebê e então mandei mensagem para minha mãe, a mesma logo me mandou um áudio imenso me ensinando e até que não era tão difícil. Era o mesmo que fazer meu leite, mas colocando uma massa junto. Deixei o leite dentro de um isopor que a Mari havia colocado em sua bolsa e voltei para a sala, ele brincava com ela como se só existisse os dois, e sendo sincera, era a coisa mais fofa de se ver. Ela gargalhava enquanto ele se escondia atrás do paninho dela e então aparecia novamente.

 Ela gargalhava enquanto ele se escondia atrás do paninho dela e então aparecia novamente

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Me aproximei e sentei no tapete junto com os dois.

- Imagina quando for o seu, cara, você vai ser ums mãe e tanto. — o Samuel me olhou e colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha, eu pude sentir meu corpo todo arrepiar.

- Espero que eu seja, meu maior medo é não ser boa o suficiente para ele. — falei alisando minha barriga e ele apenas olhava a cena.

- Posso? — eu assenti a sua pergunta em relação a tocar na minha barriga ele o fez.

- Ae muleke, todo mundo aqui tá ansioso pra ver você. Vê se não demora muito belê? O tio também tá ansioso. — ele ficou conversando com a minha barriga até a Anna chorar, talvez fosse sono.

- Vou dar um banho nela tá? Tira o leite do isopor e tenta dar seu máximo pra esfriar ele, acredito em você, bonitão. — soquei seu braço fraco e a peguei no colo.

- Bonitão é? Eu sou bonitinho, o bonitão você já viu. — se não tivesse ironia, não era o Samuel.

- Se emociona não, Samuca. — ri e subi com ela, dei banho na banheira do quarto da Yá, coloquei sua roupinha de dormir que a Mari havia mandado na bolsa e a vesti. Desci para a sala e o Samuel estava esperando com a mamadeira na mão.

- Vê se tá bom, eu já ia colocar esse bagulho no congelador. — ele derramou um pouco na minha mão e estava no ponto certo.

- Bom trabalho, titio. Agora você vai dar o leite dela, e quando ela dormir me chama.

Ele assentiu e eu saí para arrumar tudo na bolsa dela para que quando a Mari chegasse tudo já estivesse pronto. Deixei tudo em ordem em cima do balcão da cozinha e voltei para a sala, a mesma já dormia tranquilamente nos braços do Samuel enquanto ele cantava "brilha brilha estrelinha" toda errada e fora de ordem.

- É fácil assim? — ele me olhou enquanto passava ela para o meu colo.

- Vai achando, só acha. — coloquei ela no sofá que resmungou um pouco mas logo adormeceu, Coloquei dois travesseiros nas costas dela e dois no chão e então fui até a cozinha lavar a mamadeira e guarda-la, quando estava guardando a mesma senti o corpo dele se aproximar do meu.

- Tá estranha comigo pelo que rolou? Namoral isa.. — o interrompi.

- Não, Samuca. Eu tô normal, migo, é a gravidez sabe? Muitos hormônios misturados e tal. — ele não pareceu se convencer, mas caguei.

Voltamos para a sala e sentamos no outro sofá.

- Aê Isa, fiquei diferente depois daquele dia saca? Não sei nem te explicar pô — ele me olhou e entrelaçou nossas mãos.

- Também não sei explicar, mas foi só sexo, somos amigos. Você sabe e eu.. — ele soltou minha mão e suspirou, avisou que iria tomar um banho e assim foi. Não queria ter sido tão dura com ele, eu realmente estou sentindo coisas diferentes por ele, mas é complicado. Eu estou grávida, vou ter um filho de outro cara, meu filho precisa de mim redobrado por motivos de que serei mãe e pai dele e não posso me envolver com ninguém agora. É complicado também pelo fato do Samuel ser do mundo, ele é cachorro da rua e eu sou cachorra na cama, mas para um só. Ele voltou em média de quinze minutos depois com uma cara de bunda enorme anunciando que a Mari estava chegando.

- Mari já tá chegando, vou tirar o carro da garagem pra ir te deixar logo depois. — eu apenas assenti e não falei nada.

Mari chegou e ele levou as coisas da Anna enquanto eu a levava, ela nos cumprimentou e assim a levou. Samuel foi em seguida do seu carro e eu o segui, fomos o caminho todo em silêncio e quando ele estacionou no meu prédio eu fui dar um abraço nele e o mesmo me cortou.

- Boa noite Isa, valeu pela ajuda lá. — ele apenas beijou meu rosto e olhou para a direção do carro, não o contestei, ele estava na sua razão. Desci do carro, dei boa noite para o porteiro e subi. Já se passava das meia noite então mamãe e Dora já dormiam, vi que a Mari havia mandado mensagem e respondi antes de entrar no banho.

Tomei meu banho e apenas deitei para dormir antes que meus pensamentos começassem a me perturbar

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Tomei meu banho e apenas deitei para dormir antes que meus pensamentos começassem a me perturbar.

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