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Ele me olhou e esperou que eu falasse algo, mas eu apenas dei um incentivo para ele continuar e assim ele fez.

- Para ser nós, eu quero te propor isso, quero te propor algo novo, um bagulho que eu sei que não vamos nem saber pra onde ir, mas eu quero, e por mais duvidoso que eu seja, é minha maior certeza.

- Eu não tô entendendo.. — ele me pediu calma com um gesto e continuou.

- Desde o momento que os nossos olhos, nossos corpos, e nossas almas se encontraram eu nunca tive tanta certeza que tinha encontrado a mulher da minha vida, a mulher que me faria não conseguir ver graça em nenhuma outra. Você me fez entender o que é o amor, isa. Eu sempre fui um "brutamontes" sem sentimentos como você falava, mas tu me mudou, me mudou pra melhor, me deu o melhor presente que eu poderia receber na vida. — ele pausou, sorriu, e olhou o Lucas na cama. - Vocês dois são tudo aquilo que eu nunca sonhei, minha mente não conseguiria pensar em algo tão foda, isa. E é por isso, por tudo que a gente já passou, que eu queria te fazer um pedido. — ele levantou da cadeira, se ajoelhou na minha frente, segurou a minha mão e tirou algo do bolso. Do contrário de uma caixa, era um Sol, ele abriu, e então me olhou novamente. - Casa comigo?

Foi no momento em que aquelas palavras saíram da boca dele que o mundo paralisou para mim, era como se eu estivesse no paraíso correndo lentamente em um campo cheio de girassóis, eu estava sentindo um misto de boas sensações. Eu o amava como nunca havia amado ninguém antes, nós tínhamos uma conexão e uma sintonia incrível, não éramos de ficar em gaiola, nós voamos juntos.

Eu voltei ao meu "eu" e o olhei, meus olhos já estavam lacrimejando a beça e meu maxilar doía de tanto sorrir.

- Eu estaria contradizendo o meu próprio coração se eu dissesse que não é o meu maior desejo, porque é. Sim, Samuel, mil vezes sim, eu caso com você. — ele sorriu, colocou o anel no meu dedo e me abraçou, eu podia sentir a alegria que ele estava sentindo, já que eu também estava tão feliz quanto. Nós nos abraçamos, nos beijamos, e aquele misto de coisas boas foi parar no chão, sim, no chão.

- Agora me fala, eu não entendi o motivo da caixinha ser um Sol. — eu o olhei enquanto estava deitada em seu braço mexendo na caixinha.

- Tu ilumina minha vida, ilumina a porra toda. A caixa é um Sol por isso, você é o meu Sol.

Nós passamos a noite inteira conversando, perdemos o sono de tão empolgados que estávamos já falando sobre o casamento, e acabamos vendo o sol nascer da varanda do chalé.

Decidimos ir dormir por volta das sete da manhã, sabe lá que horas iríamos acordar.

Meu Melhor ErroOnde histórias criam vida. Descubra agora