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Isabelly

Eu toquei a campanhia apenas uma vez, e então ele abriu. Ele me olhou com a maior cara confusa se perguntando o que diabos eu fazia ali e me deu passagem para entrar, e então entrei. Sentamos no sofá ele ficou me olhando esperando uma explicação.

- É.. eu sei que deve estar se perguntando o que eu faço aqui depois de ter dito aquilo, mas eu queria ser sincera com você, não somos mais nenhum adolescente e sabemos que já passamos dessa fase de orgulho. — eu apertava meus dedos para que eles estralassem e o olhava.

- Tu sabe que tive meus motivos..

- Sim, eu sei. E é disso que vim falar com você, eu queria te pedir desculpas por ser tão infantil e falar que foi só sexo, quando na verdade não foi. Eu senti com você sensações e sentimentos que eu nunca havia sentido na vida, você sempre foi meu titulado "melhor amigo" e eu nunca imaginei que pudesse sentir algo a mais por você, minha vida tá confusa e eu fiquei ainda mais confusa por sentir algo a mais por você. Mas a verdade é que não, não foi só sexo casual, rolou sentimento, rolou coisas boas.  E a minha indignação foi que eu gostei disso.

-  Eu poderia te falar que foi só sexo casual, te tratar como uma qualquer e fazer tu sair daqui chorando. Mas eu não faria isso com você isa, tu é uma mina firmeza saca? Eu só percebi que o bagulho tava ficando diferente quando comecei a chamar outras pelo teu nome, eu sempre vi você como uma mina firmeza, mas era mais como uma parceira. Mas quando eu vi as qualidades que tu tem, teu jeitinho bruto com um meio metro, balançou o coração do pai.

- Balancei teu coração e já tinha outra balançando hoje no churras? — cruzei os braços.

- Tá maluca caralho? A mina tava tentando arrumar a Amanda, não curto as loiras de odonto não. Nada contra, mas uma morena gostosa de veterinária é melhor. — ele deu novamente aquele maldito sorriso malicioso.

- Me poupe das suas impurezas, mas então, você me desculpa? — o olhei. 

- Claro que eu desculpo pô, sinto tua falta pra caralho, gatinha.

- Também senti sua falta, GATINHO. — imitei a voz dele quando dei ênfase no "gatinho" e o abracei.

- Mas aí, antes das paradas acontecerem eu comprei um presente pra o molecote. — ele levantou e foi até a estante, pegou um embrulho dentro da mesma e me entregou, era um body e um shortinho de futebol, um mimo só.

- Iti MALIA mamãe, obrigada samuca

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- Iti MALIA mamãe, obrigada samuca. — sorri e o abracei novamente. — já tá querendo doutrinar meu filho hein?!

- Lucão vai ser jogador, pé de ouro carai. — ele olhava minha barriga enquanto falava.

- Vai, pega. — eu assenti e ele o fez, senti o Lucas chutar e o Samuel me olhou surpreso.

- Ele mexeu, porra, ele mexeu! — ele repetia sem parar e eu senti meu rosto começar a se molhar de lágrimas, a gravidez estava me deixando mais chorona e sensível que o normal.

- Parece que ele gosta de você. 

- Quando é a próxima ultra? — ele me questionou.

- Amanhã, vou entrar no quarto mês e meio e a médica quer ver como ele está.

- Eu quero ir junto, tu deixa? Pô, o moleque gosta de mim e eu já sou fechadão com ele, custa nada tu deixar eu ver o negócio na televisão lá.

- Tudo bem, amanhã eu te mando o horário e o local, tudo bem? — o olhei.

- Não pô, manda só o horário que eu te pego, fechô? — ele sorriu e acariciou meu rosto

- "Fechô", mas e então, eu tenho que ir. A minha irmã vai embora amanhã cedo e preciso ficar um pouco com ela, só precisava conversar contigo mesmo.

- Vamo, vou te deixar, tu pede indiscretamente e acha que sou lerdo. — ele gargalhou e fomos até seu carro.

Chegamos no meu prédio e ele ia se despedir

- Quer subir? Minha mãe tá aí, vai gostar de ver você. — olhei para ele aguardando sua resposta.

- Pô, amanhã não trampo. Não vou negar um abração da tua mãe. — descemos do carro e então subimos para meu apartamento, assim que abri a porta minha mãe sorriu e foi em encontro com o Samuca.

- Samuca! Você esqueceu de mim né? Não veio mais me ver. — ela o abraçou.

- Quê isso, Dona ju. Sempre que dá eu apareço. E aí isadora, suave? — ele a cumprimentou.

- Eu existo, tá mãe?! — ela gargalhou e veio me abraçar.

- Venham, sentem que eu acabei de tirar uma torta do forno.

- Vim numa boa hora, hehe. — ele sussurrou no meu ouvido, eu me arrepiei e o mesmo percebeu. - eu faço isso com você é? Bom saber. — ignorei o que ele acabara de dizer e desviei. 

-  E  como vai sua irmã, meu anjo? — minha mãe voltou com um prato, UM PRATO, apenas do Samuel e se sentou com ele, fui atrás da Dora que estava indo no quarto.

- Amada? Que mal humor é esse hein? — fui para o quarto com a mesma.

- Aí mana, o Brasil é bom sabe? Eu gosto dos Estados Unidos, mas acho que gamei numa pica Brasileira.

- Rodrigo??? — tentei não gritar e ela assentiu. - Caralho, Dora.. daqui que tu termine a faculdade mana, tô pretérita. E ele?

- Ele fala que sente o mesmo, mas não quer se prender em alguém que mora a um caralho De distância, e eu o mesmo que ele. Mas deixa isso pra lá, vamos falar em fofoca! — ela sorriu.

- Conta! Aproveita que os dois estão conversando na sala e só tem nós duas aqui.

- O papai se separou da mulher lá, eu vi que ela apagou as fotos deles dois do instagram, e tirou o nome "Muito bem casada" da biografia. Ou seja, papai está online. — ela me mostrou os prints.

- Tu é pior que FBI garota, cr.. — fui interrompida pelo Samuel batendo na porta, mesmo aberta.

- Atrapalho? — ele perguntou

- Claro que não! Inclusive, vou pegar meu pedaço da torta. — a Dora me deu uma piscadinha e saiu.

- Sua mãe tá felizona, contei que vou contigo no negócio de som lá.

- No que? — eu gargalhei. - Ultrassom, maluco!

- Isso ae, mas aí isa. Tô vazando, beleza?! Tenho que acordar cedo pra ir contigo na tal da ultrassom. — ele selou nossos lábios e eu o olhei incrédula, puxei o mesmo pela nunca e o beijei. Ele não esperava isso, muito menos eu esperava meus "10 segundos de coragem fora do normal", ele sorriu após o beijo e saiu, e quando ele saiu, eu sorri também.

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Meu Melhor ErroOnde histórias criam vida. Descubra agora