Toda elegante, tão linda, melhor ainda, quando dispensa seus pais.-Rafa.
Não sei o que está acontecendo comigo, simplesmente não sei. Desde que frisguei meus olhos naquele vagabundinho eu não consigo parar de pensar nele. Quando ele brotou na minha frente lá na área VIP meu corpo estremeceu, mas eu não cedi, tive que ser fria. E quando ele fez o convite pra dançarmos eu tive medo de errar quaisquer passo. Mas, quando ele roçou seus lábios em meu pescoço, meu Deus, foi o ápice dos ápices para mim. Precisei sair dali, querendo ou não estou namorando o Guilheme e não posso trai-ló, além do mais esse garoto deve ser um vagabundinho qualquer.
Desci a metade da comunidade até encontrar a Atena com um garoto alto, muito bonito por sinal, porém deve ser um vagabundo que nem aquele gatinho.–Atena, você estava aonde ?–Pergunto enquanto a fisgo. Ela se vira e me olha, ela parece surpresa por me ver ali.
–Eu estava na área VIP, mas vir tomar um ar, e você ? Você não estava dançando com o Gustavo ?–Ela me pergunta e eu tento rebobinar quem é Gustavo.
–Gustavo ?–Pergunto sem entender, mas aí eu me lembro do gatinho vagabundo.–Ah, o cara atirado.
–Nossa, coitado do meu amigo.–O garoto que estava há uns tempos só observando a cena se manifesta.
–Quem é você por acaso ?–Pergunto pro garoto.
–Felipe, amigo do Gusta. O dono disso tudo aqui.–Ele fala "disso tudo aqui" e rodopia seu dedo indentificando a comunidade.Não acredito que o dono do morro estava flertando comigo, o dono do morro. Meu Deus, aonde eu me meti ?!
–Hum, Atena vou pra casa.–Digo exausta e a Atena ergue uma sombrancelha.
–Mas já ?–Ela me olha com desdém.
–Não estou muito bem.–Digo.–Se você pudesse me acompanhar eu seria bem agradecida.–Soltei uma piscadela pra ela.
–Arghr Carol, você tem quantos anos ?–Ela me olha brava e eu a olho com cara de "Eu te trouxe aqui e te dei cobertura."–Tá, vamos.–Ela revira os olhos e da um selinho demorado no Felipe.Descemos o morro até um ponto de táxi, pegamos um táxi e no caminho ela me contou detalhes sobre tudo e mais um pouco daquela comunidade.
–O Gustavo ele tem um irmão, dono da Rocinha, ele é um gato, mas é um psicopata metido a besta. Ele sempre está querendo roubar a comunidade do Gusta.–Ela começou. –O Felipe é o melhor amigo do Gusta, depois da Paloma, é claro, estamos ficando há mais de um ano, não é um namoro, mas tambem não somos quaisquer ficantes. O Gustavo perdeu a mãe dele e o pai também, tem uma irmã que nunca vi na minha vida, ele já passou o rodo naquela comunidade, mas ele é muito gente boa.–Confesso que a parte “Ele já passou o rodo naquela comunidade ”, me incomodou de certa forma.–Aos poucos você pode conhecer todo mundo dali, é um mundo diferente Rol, você nunca viu pessoas tão gentis e felizes como os moradores de lá.–Disse ela toda orgulhosa.
–Hum.–Disse com desdém. –Não tenho a mínima vontade de conhecer quem quer que seja daquela comunidade.
–Você é tão hipócrita Carol.–Ela revirou os olhos e eu já estava farta daquele assunto.
–Amanhã é sábado, vamos pegar uma praia ?–A convidei.
–Estava demorando.–Ela animou.Logo chegamos em casa, tomei banho e comi alguma coisa, e caí na cama, eu estava exausta, ao contrário da Atena que ficou dependurada no telefone a noite toda. No outro dia acordamos bem cedo, desci pra cozinha e já estavam todos na mesa, exceto a Atena.
–Bom dia querida.–Meu pai disse embrulhando o jornal do dia e com um sorriso estampado no rosto.
–Bom dia papai.–Dei um beijo na sua bochecha.
–Filha, vá chamar sua prima, temos que conversar algo muito importante. –Ele mudou sua expressão, ele parecia meio preocupado. –Temos visita e quero alerta-lás de quem seja.
–Okay pai, já volto.–Disse mesmo sem saber o que seria.Eu não fazia a mínima idéia do que seria, mesmo assim fui chamar a Atena. Ela dormia, um sono muito pesado pelo visto. Suni em suas costas e comecei a pular e pular, até que ela acordou com cara de poucos amigos.
–Mas que diabos você quer Carol ?–Ela tirou sua máscara rosa pink e me olhou seriamente.
–O papai quer falar conosco e temos uma visita que está pra chegar.–Disse e dei de ombros. Saí de cima dela e ela bufou.
–Afes.–Ela bufou e se levantou.Ela calçou suas pantufas rosas e saiu do quarto sem me esperar com a maior cara de poucos amigos. Dei de ombros e desci também.
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Mimadinha.(#Wattys2016)
Teen Fiction"Do que adianta ser patricinha e gamar num vagabundo ?" Mais uma história clichê, sim, clichê. Mas, dessa vez bastante diferente, dessa vez vai ser diferente, amores diferentes, confusões diferentes, problemas diferentes, inimigos diferentes, partic...