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Por Carol:

Quando acordei na casa da Atena eu estava indisposta para qualquer coisa. Minha cabeça doía tanto que parecia que ela iria sair da minha cabeça e sair andando por aí. A última coisa que me lembro é o Gustavo subindo quase de mãos dadas com uma garota, aquilo que me deu tanta raiva que me fez ir pra outra festa. Não me lembro muito bem o que rolou, e espero que não tenha sido nada demais. Ao levantar, vi a Atena dormindo que nem pedra, peguei minhas coisas vagarosamente pra não acorda-la, e saí. Peguei um táxi logo na esquina, eu queria muito chegar em casa e saber o que meu pai tinha pra me falar. Quando cheguei lá, ele estava conversando com o Gustavo, eu fiquei com um "O" na cara, porque quem eu saiba o que Gustavo estava de folga, por causa que eu ia dormir na casa da Atena.

–O que ele está fazendo aqui? –Me referi ao Gustavo quando falei com meu pai.
–Precisei tratar de umas coisas com ele, e que bom que chegou, preciso lhe dar a novidade.–Eu já me preparava pra ouvir o que não queria. Vindo de meu pai, é sempre assim.–Eu vou ter que fazer uma viagem longa, e não sei quando volto, terei de fechar a casa, e dar férias aos empregados, já que o Gustavo e você se deram bem, você irá morar com ele por enquanto.–Quase caio pra trás com a notícia.
–Primeiro, eu não gosto dele, ele é insuportável, quero que ele morra. E segundo, você, eu, tu, nós, vós, odeia aquele lugar. Não se submeta a isso, papai.–Eu não tinha a mínima coragem de olhar pra cara do Gustavo, eu estava com muito odio de ontem e ódio de agora. Por ele ter entrado na minha vida.
–Larga de drama, você sabe que sempre consigo o que quero.–Meu pai se sentou na sua cadeira estofada.–Só estabeleço uma regra: sobre hipótese alguma, não quero vocês se envolvendo. Qualquer afeto entre vocês dois, que eu não saiba e futuramente eu saiba, sintam-se mortos. Lhes dou meu voto de confiança. –Meu pai disse como se fosse um assassino de aluguel pronto para matar o cliente que não pagou o seu cachê.
–Faça-me mil favores, isso é inútil. –Resmunguei.
–Vá arrumar suas coisas Carol.–Meu pai ordenou e antes que eu pudesse sair ele me deu mais um aviso.–Sua matrícula foi cancelada, ou seja, você vai estudar lá também.
–Vá á merda.–Disse e saí pisando duro. Era inaceitável isso tudo.

O Gustavo não se manifestou, ele quer muito fazer o inferno na minha vida e está conseguindo por incrível que pareça, ele é um idiota, eu o odeio com todas as minhas forças. Eu quero morrer. Ir aquele lugar de vez em quando, beleza, agora morar lá viver uma rotina, é algo nostálgico e fora do normal pra mim. Eu não sou desse mundo, definitivamente eu não sou. Quando cheguei no meu quarto joguei várias roupas aleatórias dentro da mala, eu estava muito puta da vida, não estava com paciência pra escolher roupa. Quando fechei o zíper da mala, meu celular vibrou, era um número desconhecido, fiquei receiosa em atender, mas atendi por ser muito curiosa. Maldita mania.

Alô ?
–Carol ? Reconhece minha voz ?

Ah, claro, como não reconhecer.

Lógico que reconheço, pensei que não ligaria, melhor, pensei que tinha odiado o encontro.
–Nunca, não tive tempo, minha vida é corrida.
–Ah, claro.
–Queria saber se você topa tormamos sorvete e depois irmos a praia, sei , compensar o encontro passado.
–Ah, lógico que aceito.
–Fechou então, às 15hrs ? Pode ser ?
–Claro, te encontro no quiosque 121.
–Fechado linda. Beijos.
–Tchau.

O Leandro me ligando, se o Gustavo sabe disso ele tem um infarto. Meu coração foi há mil quando ouvir a voz dele, porque nosso encontro foi um desastre, não tão, mas foi. Eu tinha uma segunda chance, e não ia disperdisar. Nem que o Gustavo me ameaçasse, mas eu ia.


ESTÃO GOSTANDO ? NÃO SE ESQUEÇAM DE COMENTAR E VOTAR. A OPINIÃO DE VCS CONTAM MUITO HEINNNN. HAHHAA !

Mimadinha.(#Wattys2016)Onde histórias criam vida. Descubra agora