Capítulo 22.

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Por Carol:
No dia seguinte acordei no horario de sempre para ir ao colégio, dessa vez a Atena dormiu aqui, ja que o meu tio não veio e a mãe dela viajou. A Atena não precisa mais de segurança, meu tio desistiu desse lance louco, menos o meu pai, que está parecendo um psicopata.
Vesti uma calça jeans e a blusa do colégio, deixei meu cabelo num coqui desfiado, e fiz uma make rápida, passei meu batom matte já que eu ia ter de me encontrar com o Leandro. Agora que o meu pai está aqui, eu terei de convencer o Gustavo, já que ele me tratou diferente na noite anterior. Peguei meus materiais e desci, já vi a Atena tomando café, tomei o meu ligeiramente, pois a nossa empregada que por acaso já tinha voltado, me avisou que o Gustavo nos esperava lá na garagem. Me despedi do meu pai, mas, avisei que chegaria um pouco mais tarde, já que teria de encontrar “uma amiga”. Ele conscentiu, o que tornou tudo mais fácil.
Quando cheguei na garagem o Gustavo estava com uma carranca na qual eu particularmente, não me importei. Garoto mais cheio de neorose.

–Aí, eu não aguento mais ficar de luto por conta do Felipe. Af, quero ir pro baile. Esquecer que tudo isso aconteceu na minha vida.–A Atena disse cortando o silêncio. Ela pode até ter dito de soslaio mas me soou bastante sincero.
–Vai ter baile hoje.–O Gustavo disse se dirigindo a Atena, mas sem tirar a atenção do trânsito.
–Perfeito.–Ela sorriu de orelha a orelha satisfeita.
–Eu não vou.–Disse e coloquei meus fones altos tocando Dubeat. Sim, eu ouvia rap. A Atena começou a tagarelar, vi pelas gesticulações. Caguei e andei para ela.

Logo chegamos no colégio, fomos direto para o nosso bondinho, e sim eu já o considero meu também.

–Ooi gente.–Disse sorridente e coloquei minha mochila num banco.
–Você vai na droga desse baile sim Carol. O Gustavo é o dono do morro, nós vai ficar no camarote dele vey.–A Atena ainda insistia.
–Não.–Disse seca.
–Você vai encontrar o Leandro né ? Hoje á tarde. Eu ouvi antes de chegar e meter bala nele.–Ela disse alto, e todos da nossa panelinha arregalaram os olhos.
–Poxa, tu é bocuda hein.–Resmunguei e a olhei feio.
–Como é que é ? Ela vai se encontrar com o pior inimigo do Gustavo ?–O Heitor disse boquiaberto. Eu assenti e revirei os olhos.–Iih, boneca, tu tá ferrada se o Gustavo descobrir.–O Heitor sinalizou e eu ignorei.
–Para né gente, o Leandro é um gato.–A July disse de soslaio.
–Ele é do mal.–A Kelly intrigou e a Marie deu risada.
–Ele me parece ser boa pessoa.–Disse com um sorriso sinico.
–Ah mano, o Gustavo é o que de vocês ? E porquê ele está deixando a Paloma no controle de tudo ultimamente ?–O Heitor fez as perguntas seguidas.
–Então, ele é o mais novo segurança da Carol, já que meu tio vem trabalhando fora ultimamente.–A Atena explicou.
–Nooossa. Que massa. Eu adoraria aquele deus grego como meu segurança. Colocava pra ele me proteger dentro do quarto logo.–A Jully disse toda derretida. Mas o que ia derreter mesmo era a minha mão na cara dela. Eu senti ciúmes. O sinal logo bateu, para minha alegria e aquele murmurinho acabar, mas quem não aquietou foi a Atena.
–Se você for ao baile eu não conto ao Gustavo que você vai se encontrar com o Leandro.–Ela me intimou após sentarmos na terceira fileira. A de sempre na qual sentamos.
–Vá á merda Atena.–Fiz buchicho.–Tá, eu aceito.–Aceitei por medo do Gustavo descobrir e dedurar pro meu pai. A Atena sorriu alegrizinha por ter conseguido o que queria.

A aula correu, ou melhor voou, eu estava com um pequeno frio na barriga por ter que mentir pro Gustavo, já que ele vem me buscar sempre no portão do colégio. Quando saí do lado de fora me deparei com o Gustavo sem camisa, isso, SEM CAMISA, escorado no carro e as MENINAS TUDO BABANDO ELE. Atravessei a rua rapidamente e o olhei com cara feia.

–Você é meu segurança neste momento, não o dono do morro e coloca logo a droga dessa camisa. Olha essas gurias te babando, que feio pra mim.–Disparei tão segura de mim, que acho que soou como uma ordem de uma namorada ciumenta.
–Você tá com ciúmes Carol ?–Ele me olhou de um jeito tão, tão, sei lá. Arghr, quê isso. Que corpo senhor.
–Não, eu não estou.–Puxei a camisa branca de seu ombro e entreguei a ele.–Veste essa droga e leva a Atena pra casa. Eu vou encontrar a Kelly.–Inventei uma desculpa na qual ele ficou meio intrigado, mas não questionou.
–Então tá, te pego aonde e que horas ?–Ele perguntou sem se preocupar e isso me intrigou indiretamente.
–Aqui no portão, ás 15hrs.–Disse e saí, pois a Atena estava vindo.

Fui caminhando em passos largos, eu estava nervosa, minhas mãos suavam frio e eu estava trêmula. Quando cheguei no café, logo o avistei, mexendo no celular, ele ainda não tinha me visto.

Mimadinha.(#Wattys2016)Onde histórias criam vida. Descubra agora