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Por Carol:

Já era de noite quando eu e o Gustavo estávamos na varanda de sua casa, ele estavamos deitados na sua rede, ela balançava vagarosamente para lá e para cá, fazendo um vai e vem simultâneo, quando o Gustavo resolveu falar sobre a tal fundição, eu já esperava que ele fosse falar disso comigo.

–Eu não sei se devo aceitar essa fundição, estou com medo, medo de errar, fazer a escolha errada sabe ? E pessoas que amo se afundarem neste barco junto a mim.–Ele disse enquanto fazia cafuné no meu cabelo.–Estou com medo de me ajuntar ao Leandro e ele errar comigo, mais uma vez, com medo de ser uma armadilha, confesso que estou com medo. E o que mais venho sentindo ultimamente é medo, e ele me assusta. E me faz relutar sobre minhas decisões.–Eu não sabia o que dizer a ele, por isso disse o que veio na minha cabeça. Falei algo que eu mesma podia fazer em relação ao Guilherme e a Camis, eles erraram, mas eu devo perdoa-los, não é culpa minha se eles erraram comigo, minha parte eu fiz ao menos. Por isso enchi meu peito e disse:
–Erros são importantes. Passos errados na dança da vida nos ensinam. E para viver em paz é importante saber perdoar. Perdoar a si mesmo, perdoar aqueles que erraram. Perdoe mas não permita que cometam o mesmo erro com você. Lembre que se depois do erro não houver consequências, muitas vezes não aprendemos com ele. Desapegue-se daquilo que não te faz bem. O desapego é saber a hora de ir e deixar partir, e tudo isto é essencial na vida de qualquer ser humano.–Ele ficou um longo tempo calado, talvez pensando no assunto, talvez estivesse travando uma luta com seu consciente, ele não parou o cafuné e está ali com ele, o dando conselhos e vendo que tudo estava saindo bem, fazia de mim uma pessoa alegre pelos simples detalhes.
–Sabe, você é tudo que sempre sonhei.. Obrigado por está comigo neste momento. Sei que sou um chato.–Ele me deu um beijo na testa, algo que eu admiro muito pois representa proteção.
–Você é chato mesmo, ainda bem que preciso poupar palavras.
–Você é suportável, imagina se é insuportável, seu pai tinha te doado.
–Vai à marte Gustavo.–Lhe dei um tapa leve.
–Quando nos vênus, jurei a marte. Ha ha ha, bela citação.–Ele ironizou.
–Para vai, é fofinho.
–A única coisa fofinha, é você me beijando.–Ele me pegou pela nuca e me beijou, como eu estava entre as pernas dele o beijo foi meio complicado, mas nos entregamos tanto ao beijo, que acabamos caímos. Ele foi se movimentar, talvez algo nele estivesse doendo, sei lá, e minha braço estava fazendo força só de um lado da rede, quando ele se movimentou pro lado em que meu braço estava, a rede virou e caímos um em cima do outro. Ele ficou com cara de bravo, mas após eu rebobinar a cena, eu comecei a dar risada.
–Ahh, vai te foder Carol, eu caí mano.–Ele começou a me xingar com uma carranca.
–Para, foi engraçado. –Disse depois de respirar na tentativa de conseguir falar.
–Engraçado nada, me derrubar mano, ah, vai se ferrar.–Ele foi se levantar e quando apoiou os braços no chão eu passei a perna e ele caiu novamente e eu dei um berro tão alto que a Poly e a Carol subiram correndo pra ver o que estava acontecendo.
–Vocês estão transando aqui ? Ou tem alguma foca se afogando ?–A Poly perguntou e eu berrei novamente ao me lembrar da cena.
–Uma hiena, uma hiena aqui.–A Paloma disse enquanto me olhava freneticamente.
–Você me paga Carol, me paga.–O Gustavo estava resmungando e eu berrando. Quando minha crise de risos foi se aliviando eu respirei fundo.
–Ai, ai..–Disse depois da crise de riso.
–O que aconteceu ?–A Paloma perguntou e eu voltei a rir de novo que nem uma louca.
–Eu em, leva essa sua namorada pra clinica de doidos.–A Paloma e Poly saíram e eu fiquei com minha crise de  riso e o Gustavo reclamando pra merda. Dizendo que ia ter volta, que eu era trapaceira, e blá, blá, blá.

Depois eu fui tomar banho, quando estava indo pro banheiro coloquei uma playlist qualquer no Spotify, mas a playlist foi interrompida por uma ligação confidencial, atendi curiosa.

Alô?
–Carol, você está perto do Gustavo ?–Eu sabia quem era, aquela voz não sairá da minha cabeça. Talvez por motivos de arrependimento.
–Não, pode falar.–Disse segura e curiosa, mas transpareci desdém.
–Olha ,Você quer alguém que te cuide, te escute e te entenda, alguém que te mime, que ligue e diga que sentiu falta da tua voz, que te dê confiança, alguém que em tempestades segure a tua mão até o fim. Digo, alguém que não te largue na primeira oportunidade. E eu não sou pra você, com certeza você deve está com ódio de mim por conta do meu irmão, ou por eu está indo rápido demais, mas, eu quero dizer, que lhe deixo ir Carol Tavares, te deixo ir porque te amo. Meu irmão é o certo pra você, desde te exlcuo dos meus pensamentos. E ah, por você eu irei mudar. Não quero que coisas ruins lhe aconteça.–O interrompi destemida.
–Quando coisas ruins acontecem, é de repente, sem aviso. Raramente conseguimos ver a catástrofe se aproximando. Não importa o quanto nos preparemos bem para ela. Damos o nosso melhor mas às vezes não é o suficiente. Atamos o cinto de segurança, colocamos o capacete, andamos por caminhos iluminados. Tentamos ficar seguros. Tentamos tanto nos proteger, mas não faz a menor diferença, porque quando coisas ruins acontecem, elas vêm do nada. Coisas ruins vêm de repente, sem avisos, mas nos esquecemos que, às vezes, é assim que as coisas boas acontecem também. Fica o recado e obrigado pela ligação.

Desliguei a ligação ainda atônita de tudo que acabei de ouvir e dizer, não quero um fogo cruzado, eu estou bem com o Gustavo, e quero continuar assim, não quero que nada interfira. Nada. Simplesmente nada.

HALLOOW, ENTÃO GENTE TÔ POSTANDO DE BOINHAS, NÃO HÁ O QUE RECLAMAR AGR (SO DO CAP. SE NAO GOSTAREM KAKAAKAK), POR ISSO COMENTEM SEUS LINDHUS. AMO QUANDO VCS COMENTAM E É ISSO QUE FAZ COM QUE EU POSTE O MAIS RAPIDO POSSIVEL. ACHO QUE VCS JA PERCEBERAM. E EU NAO DEIXO NINGUEM NO VACUO KAKAKA!

Mimadinha.(#Wattys2016)Onde histórias criam vida. Descubra agora