Capítulo 24.

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ATENÇÃO SOCIEDADE, ANTES DE VOCÊ ROLAR ESSE CAPITULO DÊ PLAY NESTA MÚSICA PERFEITA. O NOME É “ONE – ED SHEERAN.”


Por Carol:

Para incertezas oferecemos o nosso melhor, ou quem sabe, a nossa melhor parte duvidosa.”

Dia.
Pode sim existir exceções. Assim como no amor pode existir dúvidas. Podemos sim hesitar quando bem sentirmos uma vontade amedrontoza. Podemos sim sentir qualquer sentimento ate mesmo quando se trata do amor. É o que eu acho, e todos nós temos esse direito. Mas, se no final mantivermos a nossa certeza, tenha mais certeza ainda que aquilo é o certo. Mas, tenha cuidado com as consequências essas sim machucam e machucam para valer. É, eu fiz minha escolha e tenho minhas consequências, talvez não agora, mas futuramente.”

Ao avistar o Leandro diminuí meus passos, eles se tornaram mais curtos que o normal. Senti minhas mãos soarem frio, apesar dos pesares. Eu não queria sentir aquilo, não com o Leandro, ele é o lobo mal da história toda, e o Gustavo é o mocinho, ao ver de todos é assim a história, e eu quero acreditar que tem que ser assim. Assim que encostei meu pé esquerdo na calçada em que dava para umas cadeiras do café, me bateu a maior vontade de dar meia volta e saí correndo dali que nem uma cadela assustada. O Leandro era mal. O Leandro é mal Carol, que diabos você faz aí hein ?

Corre.

Fica.

Corre.

Fica.

Minha mente estava em uma possível confusão ao respeito do meu primeiro encontro com o vilão da história. Senti um frio na barriga, parei no mesmo instante, olhei ao meu redor e voltei em mim mesma e me perguntei que diabos eu estava fazendo ali, em pé, com medo de me sentar numa mesa na qual eu fui convidada.

Depois de hesitar e sentir minha mão soar mais que planta em clorofila resolvi ir em direção a mesa. Ele estava diferente do que o costume. Ele usava uma camisa social preta, uma bermuda jeans, não estava surrada como costumo ver o Gustavo vestindo, e um tênis branco em seus pés, ele mantinha um óculos chilly beans espelhado cinza dependurado na argola da camisa, aquela camisa sem argola alta deixava suas tatuagens explícitas.

Me aproximei dele e ele finalmente notou minha presença. Ele ergueu seu olhar para mim e eu me senti trêmula. Ele sorriu de canto e se levantou.

–Oi, pensei que não viria.–Disse com um tom mais amigável. Ele parecia indefeso. E um bom rapaz se eu não tivesse no meio de um bang-bang entre irmãos.
–Não, só me atrasei. Não sou de dar bolos.–Disse com um sorriso estreito e que demonstrou que eu estava bastante nervosa pois ele fez uma pergunta.
–Esta nervosa ? Digo, porquê vi você parada antes de vir até mim. Pensei que estivesse hesitando.–Ele colocou as mãos dentro dos bolsos e fez um negócio estranho com a boca, como se estivesse lamentando por algo.
–Ah não.
–Não, pelo nervosismo ou por você ter demonstrado hesitação.–Perguntou curioso e eu me comprimi a responder.
–É melhor sentarmos.
–Ah, perdão. Não sou de chamar garotas para sair.–Ele mordeu seu lóbulo inferior e parecia está mais nervoso que eu.
–Está nervoso ? É que você faz coisas estranhas com a boca.–Comentei do seu comportamento inusitado.
–Ah, é costume. Perdão. –Ele sorrio de canto.–Então, suponho que está com fome, gostaria de comer alguma coisa ?–Ele pegou o cardápio e deslizou seus olhos castanhos sobre o mesmo.
–Um pouco. Gostaria de um capuccino, somente.–Disse sem mesmo olhar o cardápio. Eu conhecia o cardápio daquele lugar de cor, pois quando a Atena estava mal, vinhamos até ele.
–Ah, tudo bem.–Ele sorriu fraco e fez sinal para o garçom.

Fizemos o pedido e começamos a conversar sobre várias coisas. Ele me parecia totalmente indefeso. Hora ou outra ele falava do Gustavo, ele sentia afeto pelo irmão, mas algum sentimento totalmente mirabolante os impedia de demonstrar qualquer tipo de afeto para ambos. Ele falou sobre sua infância, comentou que tinha sido melhor se o Gustavo nem sempre ficasse com o crédito. Ele falou que não sentia receio pelo Gustavo, que sentia algo, algo que não era bom. E que na maioria das vezes, ele era o vilão porquê gostava de se sentir o vilão. Só sei que foi bastante coisa para uma tarde só. Não falei muito de mim, gostei de ouvi-ló, foi bom ser sua ouvinte por um tempo.

–Nossa, já são três horas. Meu segurança já vem me buscar. Tenho de ir.–Disse e fiz menção de me levantar, mas ele me segurou pelo braço, me fazendo sentar novamente.
–O que você estava fazendo na comunidade do meu irmão naquele dia ?–Ele me perguntou como uma criança curiosa. Mas, acho que aquele tipo de resposta deveria ser formulada, já que no dia, ele era o líder da comunidade inimiga.
–Olha Leandro, não posso tocar neste assunto. Gostei muito de passar essa tarde com você, mas, não posso comentar.–Coloquei um cabelo que estava pecorrendo meu rosto com o vento atrás da orelha.
–Ah, tudo bem.–Ele me reparou devagar e parou seus olhos nos meus olhos. Nosso olhar se cruzou e eu fiquei pálida.
–Tenho de ir.–Me levantei rapidamente e ele também, ele segurou minha mão devagar e quando ele ia dizer algo o Gustavo parou o carro e começou a buzinar, vi raiva em seu olhar.–Olha..–Peguei um guardanapo rapidamente e uma caneta que estava no meu bolso e anotei meu número rapidamente. –Tenho de ir. Liga para mim para conversarmos melhor.–Disse e sorri fraco.

Atravessei a rua desesperada e nervosa.

Mimadinha.(#Wattys2016)Onde histórias criam vida. Descubra agora