Mimadinha.(#Wattys2016)

50.

Por Carol:

Em menos de cinco minutos uma senhora negra de cabelos grisalhos chegará, olhará para Flávia que já estava praticamente sem vida no chão. A senhora emotiva, olha para o Gustavo que já está praticamente em prantos, e diz:

— Se vocês não a levarem ao hospital ela vai morrer.

— Estou com medo da Flávia morrer, e o meu bebe também.–ele diz em tom súbito e medroso.
— Liga pra samu já. –Falo desesperada, vejo que o pulso da Flavia está fraco. Entretanto, tomo uma atitude, pego meu celular e ligo pra samu.
—Porra Carol, você só faz cagada.–O Gustavo grita e bate pé comigo por conta da minh atitude.—Você não conhece as regras e vêm se metendo. Cuida da sua vida porra.
—Ahh é, se eu não fizesse isso você ia fazer o que ? Dar um de parideiro ?–Rebato impaciente das infantilidades do Gustavo.
—Af, morre Carol, e se fode também. –Ele diz em alto e bom tom e saí pisando duro.
—Ele vai mesmo deixa-la aqui ?–Pergunto pra Paloma.
—Ele está estressado deixa ele lá. Fica com a Flávia que vou me arrumar pra ir pro hospital, já, já, chego lá com o Gustavo.–Ela tenta me acalmar.
—Tudo bem.–Assenti.–Segura a onda Flávia..
—Me per..perdoa..–A Flávia tenta me pedir perdão mas a interrompo.
—Não fala, economiza energias, seu bebê precisa.–Ela se cala porém aperta minhas mãos nervosa.

Em menos de meia hora a samu chega, presta os primeiros socorros e a coloca dentro do transporte, eu vou junto já que ninguém podia acompanha-lá. Dentro do transporte os enfermeiros me fazem diversas perguntas nas quais não sei responder. Quando chegamos no hospital a levaram pra emergência, disseram que me deixariam a pá de tudo, eu queria ir pra casa tomar um banho e esquecer todo, mas eu era muito altruísta, e não é ser trouxa, é ter um coração bom. Me sentei na sala no sofá da sala de espera e fiquei assistindo um programa qualquer que passará na televisão. Fiquei horas ali, e nada de ninguém aparecer, nem a Paloma ou qualquer parente. Quando eu já estava desistindo de ficar ali, pois eu estava cansada, o médico veio me chamar.

—Tivemos que leva-lá para cirurgia, a bala atingiu a caixa torácica e estava invadindo áreas dificultosas do coração, quando estávamos retirando a bala o arco aórtico se rompeu e foi impossível reverter a situação, sinto muito.. Enquanto à criança, ele passa bem, porém precisará ficará no departamento da obstetrícia por uma semana mais ou menos, pois a criança nasceu um pouco mais antes e precisa de atendimentos mais sofisticados. A senhorita pode ir vê-lá se quiser, é lindo.—O medico me dá todas as informações e em puro choque não tenho coragem de responder nada.
—Não, não obrigada.. Só fiquei como acompanhante, não sou próxima da paciente. Obrigada..–Agradeço nervosa e saio dali com lagrimas no rosto.

Pego um táxi e dou o endereço do alemão, mas o táxi não entra lá, todos tem medo, por isso ele me deixa na entrada, vou subindo vagarosamente e percebo que o movimento já terá voltado ao normal. Chego na casa do Gustavo logo, abro o portão vagarosamente e entro, meu estado não é um dos melhores e assim que atravesso a porta dou de cara com o Gustavo sentado no sofá fitando a TV desligada.

—Sei que fui um covarde todo esse tempo...–O interrompo no mesmo instante. Eu não queria ouvir nada dele, ele tinha sido um monstro com a criança e com a Flávia.
—Não começa Gustavo, não hoje.
—Começo sim, não tive coragem de começar em 7 meses, sete Caroline, sete sem te beijar, sete sem te tocar, sete meses tentando decidir o que queria da minha vida, fui um covarde com a Flávia um covarde com meu filho ou filha que nem sei o sexo. Mas que se dane porra, porque eu não quero ser covarde com você.–Ele continuou falando coisas aleatórias que nem dei ouvidos porquê ele estava vindo em minha direção.

E então ele me encostou na parede, puxou meu cabelo, e de quebra ainda sussurrou “você me quer ?”, agora me diz tem como dizer não ?

UOOOOUUU, A GAROTA MORRE E ELES FODE, QUE FASEEEEE! GALERA, FALTA POOUQUISSIMO PRO LIVRO ACABAR FALTA SÓ UM CAPÍTULO, UM, ISSO, O PRÓXIMO JA É O FINAL. ENTÃO APROVEITEM!!!