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Está + ou - revisado. Sempre passa uns erros. Me avisem se acharem ^^

Boa Leitura ^^

_+°+_+°+_

Semana passada eu havia conversado com os meus pais a respeito de sair do país por um tempo. Minha mãe, mais do que ninguém, me agradeceu por finalmente eu ceder, mas no fundo, eu sabia que ela estava triste, aliás, eles estariam mandando os dois filhos para longe. Meu pai, ficou mais aliviado, pois além de cuidar do reino, ele nos põem em primeiro lugar em sua vida. Meu pai já sofrerá muito e eu não quero que ele sofra, sabendo que agora, Íllea não é um lugar seguro para criar seus filhos.

Eu ficaria aliviado se ao menos, a minha mãe pudesse ir conosco, mas ela simplesmente discordou do papai e de mim, dizendo que era melhor ela ficar para ajudar o meu pai e apoia-lo. Como eu respeito as decisões deles, não disse mais nada. Mas que eu viajaria com uma sensação estranha, eu viajaria.

Eu e Brice iríamos para Carolina. Não que fosse a pedido de Aspen, até porque ele não pediu, mas ficou contente em saber que iríamos pra lá. Aspen e Carter que é o guarda pessoal da minha irmã, irão conosco e para ajudar, mamãe pediu para que a senhora Silvia fosse para ajudar nas tarefas domésticas e para me ajudar com a pequenina Brice. E, além do motorista ir conosco, tive que levar meu assessor para me manter a par de tudo.

Minha cabeça estava à mil. Tantos problemas para serem resolvido e eu aqui, indo para outro lugar que eu não conheço. Minha vida sempre fora dentro de Íllea e sair dessa pequena ilha, me deixa com o coração partido. Brice ainda chorava por estar longe dos nossos pais a quilômetros de distância da terra e a todo o momento, Silvia tentava acalma-la, dando leite ou tentando alegra-la com guloseimas. Mas nada adiantava.

A despedida foi um tanto difícil. Eu não consegui chorar, mas isso não era o meu orgulho. Eu apenas disse a eles que os amava e que era para eles mandarem notícias sempre.

- Tudo bem, eu fico com ela. - disse ao entrar no pequeno quarto daquele avião particular.

- Como desejar, alteza. - Silvia se retirou após uma breve reverência.

Logo, esse alteza e essas formalidades iram acabar por um tempo.

Caminho até a minha irmãzinha e deito ao seu lado. Seu choro saia abafado devido ela estar com o rosto enterrado no travesseiro. Começo esfregar as minhas mãos em suas costas, na intenção de acalma-la. Aos poucos, Brice foi virando seu rostinho em minha direção, me permitindo vê-la com os olhinhos vermelhos e inchados de tanto chorar. Passo a acariciar seu rosto e deixo vários beijos, especificamente na posta de seu nariz.

- Quelo ir pa casa...

- Sei que quer. - sussurro, assim como ela. - Mas não podemos.

- Po quê?

- Porque... Apenas não podemos. - a puxo para mais perto de mim. - Mas logo iremos voltar, eu prometo.

- Me dá mai um beijo?

- Te dou todos que você quiser. - digo para depois beija-la várias e várias vezes. - Agora, descanse.

Retiro os meus sapatos e o meu blazer, os deixando próximo à cama e volto a me deitar, nos cobrindo com o edredom branco do avião. Antes que Brice pegasse no sono, ela se inclinou sobre mim e deixou um beijo em minha bochecha. Sorri para seu ato e a acomodei em meus braços.

-•-•-

- Altezas, hora de acordarem. - aos poucos, abro os meus olhos, focando na imagem da Silvia acordando a minha irmã. - Pousaremos em poucos minutos.

- Silvia, acredito que é bom parar de nos chamar de altezas. - falo, enquanto eu me sento na cama para calçar meus sapatos. - Estaremos no meio de várias pessoas que não conhecem a nossa pequena Íllea, mas acredito que se elas ouvirem essa palavra ou qualquer ato diferente, logo elas iram pesquisar sobre as nossas vida. E, não precisa de reverência. Aliás, deixa tudo de etiqueta de lado quando estivermos aqui, certo?

- Certo! - gosto da Silvia pelo simples fato de que ela pega rápido as coisas. - Se apressem.

Termino de ajeitar a minha roupa e visto o meu blazer. Brice começará a se despertar do sono e logo ela focou seus olhinhos em mim. Sorrio para ele e deixo um beijo em sua testa para depois ajudá-la a se levantar da cama. Ajeito sua roupa que agora se encontra amassada e dou uma leve penteada em seu cabelo com os meus dedos.

Ao deixarmos o quarto, Silvia logo ajuda minha irmã com o sinto e se senta ao lado dela. Volto para o meu lugar apenas desejando que tudo acabasse logo. No entanto, teria que me contentar para que chegássemos logo no aeroporto.

Demorou no máximo vinte minutos para finalmente estarmos em terra firme. Para evitar os olhares curiosos sobre nós, uma van parou em frente ao avião alugado que meus pais decidiram que usássemos sem que o povo de Íllea e o de Carolina fizessem escândalo. Pois isso, é o que eu menos preciso no momento.

Ajudei Brice a subir no automóvel para depois eu subir, sentando ao lado dela. Aspen, meu assessor e Silvia me passaram um relatório rápido do que eu devia evitar, das coisas que eu tinha que fazer para poder passar despercebido pela mídia. Carter que acabara de encerrar uma ligação, se juntou a mim para também saber o que ele tinha que fazer caso algo saísse do controle.

O rei decidiu que alugássemos um apartamento, já que não passaria de um ano em que ficaremos na cidade. De acordo com ele, o prefeito da cidade é um grande amigo e que esse senhor, irá manter em total sigilo sobre estar com membros de da família real hospedados em sua cidade.

- Falta muito? - ouço Brice questionar ao despertar de seu cochilo de poucos minutos. Olho para um dos meus amigos em busca de informação.

- Estamos chegando princesa. - Carter sorri para a minha irmã e volta a sua atenção na estrada.

Uma coisa que eu não proibi, é que eles chamem a minha irmã de princesa. Aliás, é normal os adultos chamarem a meninas de princesa. Então, não vi problema nenhum. Sem contar que, Carter adora chamar a Brice de princesa, o que a faz ficar com um sorriso bobinho no rosto.

Uns minutos depois, finalmente chegamos ao apartamento. Enquanto Aspen, Carter, o motorista e o meu assessor levava as malas para cima, subi com a minha irmã no meu colo, enquanto eu ouvia as regras de Silvia. Brice, Silvia e eu, iríamos ficar em um apartamento. Assim, a mais velha podia ficar cuidado de Brice sem se preocupar. Já, os outros quatros que estão levando as malas para os apartamentos, iram ficar em outro.

As regras eram simples, coisa que eu não planejo fazer em momento algum. Eu não vim à Carolina para ficar zanzando por aí atrás de festas e garotas. Mesmo estando longe da minha família, eu planejo descobrir os motivos dos ataques para que possamos voltar para casa o mais rápido possível.

Chegando no apartamento, solto Brice no chão, a deixando andar pelos cômodos. Não precisava de uma cobertura, então, o apartamento escolhido é um ótimo lugar para passar esse pouco tempo aqui em Carolina. Tudo discreto, porém, moderno, do jeito que eu pedi.

- Maxon, - meu assessor me chama - a partir de hoje, você passará a usar seu nome do meio, Calix. E amanhã mesmo, o senhor tem um jantar com o prefeito e sua família.

- Achei que eu não teria que frequentar jantares... - murmuro exausto da viagem.

- Bom, acredito que terá de frequentar aqui também. Já que o rei é amigo do prefeito.

- Certo. Estarei lá.

CalixOnde histórias criam vida. Descubra agora