Doze

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Me perdoem pela demora. Só voltei ontem da viagem.
+ ou - revisado.

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          Acordei com uma dor terrível na coluna. Esfrego meu olho com a costa da mão e olho para o meu lado, entendendo o motivo da dor. Brice ocupava a maior parte da cama, restando para mim, apenas uma pequena parte.

          Sob minha coxa, sinto algo vibrar. Tateio a região, encontrando o meu telefone no bolso, fazendo eu me recordar de que eu não havia tomado banho nesta madrugada. Desligo o despertador e logo vejo as mensagens de Aspen perguntando se eu havia chegado, lembrando-me que eu havia prometido que mandaria uma mensagem avisando assim que chegasse na casa.

           Levanto-me e vou até o armário, pegando uma troca confortável para ficar na casa. Hoje é domingo, não iria precisar ir à empresa. Tomo um banho rápido na água morna e logo saio do banheiro já vestido.

          Olho em direção da minha cama e vejo Brice começar a se despertar aos poucos do sono. Caminho até a cama, sentando ao seu lado.

          — Dormiu bem, querida? — pergunto, colocando uns fios escuros atrás de sua orelha.

          — Sim... — respondeu preguiçosa, enquanto coça seus olhinhos com as duas mãos — Você vai trabalhar hoje?

          Sorrio com sua pergunta. Hoje, eu realmente planejo passar o dia com ela, compensando essas semanas que ela está longe de nossos pais. Quero mais sorrisos em seu rosto e não, um olhar triste. Respondo:

          — Não. — a puxo para o meu colo — Hoje o Max, vai ficar o dia inteiro com uma princesinha chamada Brice. Você a conhece?

          — Hm... Ah! Sou eu! — Brice dá uma gargalhada gostosa. A abraço apertado, com medo de que me separem dela.

          — Vá pedir para a tia Silvia trocar você. Daqui a pouco eu a encontro para tomarmos café. — minha irmã concorda e pula do meu colo, correndo porta à fora.

           Novamente levanto e vou até o canto direito do quarto, onde se encontra a mesa que agora eu passei a usar para o trabalho na editora. Abro o meu notebook e logo eu acesso meu e-mail, assim que o ligo.

                De: Gavril Fadaye
                Para: Maxon Schreave

          Sinceramente, eu não sei mais se devo ficar mandando estes e-mails à vossa alteza. Mas, só porque eu sou seu tio e entendo sua preocupação. Eu também ficaria na mesma situação, caso fosse comigo ou com seu pai.
          Bom, informo-lhe que vossa majestade conseguiu convencer a minoria a respeita-lhes aqueles que não tem uma boa condição de vida. A senhorita Ashley Brouillete, levantou um pequeno grupo de filhos dos membros do parlamento para protestar contra seus próprios pais. Muitos deles ficaram revoltados, pois não acreditam no absurdo que seus próprios filhos ficaram contra si.
          Sobrinho, aqui em Angeles está uma loucura! Aconselho a você que fique onde está até a ordem de retorno. Não se preocupe, mesmo com os protestos de seu pai, continuarei a mandar os e-mails o informando. Porém, receio que possa demorar o próximo. Estarei ocupado visitando algumas cidades para pesquisar um pouco sobre o povo de Íllea.
          Ficar bem, meu caro. Cuide de sua irmã e não deixe que seu primo cause mais uma confusão. E seus pais então bem. O general reforçou a guarda no terceiro andar, mesmo que seus pais não queiram. Apenas para garantir.

          O povo não enxerga o nosso esforço e assim como todos, também tenho medo. E esse meu medo, é não conseguir fazer de Íllea, um bom lugar para se viver.

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