Vinte e Oito

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— E então, como foi lá?

America estava curiosa e ao mesmo tempo, nervosa.

Peguei uma de suas mãos e a levei até os meus lábios, depositando um beijo na costa da mesma. Acaricio o lugar onde deixei um beijo e sorrio a encarando.

— Você é a mulher mais amada desta Terra. — E ela sorriu.

America entrelaçou nossos dedos e me guiou até a sala de jantar, onde todos estavam sentados. Até mesmo os pais dela já estavam ali. A ajudei a sentar-se na cadeira, e depois, eu me acomodei ao seu lado. Ficando entre ela e um homem um pouco mais velho que eu.

O almoço transcorreu muito bem. Conversei bastante com o homem que estava ao meu lado. Descobri que ele, Nolan, é dono do banco de Carolina e que atualmente está saindo — sem compromisso — com a filha mais nova dos Singer, a senhorita May. Certo, confesso que fiquei na vontade de dizer que ele não a merecia. Mas depois que vi o sorriso que May dirigiu para Nolan, me mantive calado. Ela vai se machucar, eu tenho certeza. Mas não cabia a mim, dizer o que é correto e o errado para ela.

Depois do almoço, fomo até a sala de jogos da casa para relaxar-mos. Não joguei muito com os homens devido eu não ser tão bom. Então, depois de meia hora, America me arrastou para o segundo andar. No meio do caminho, encontramos com a tia dela, a senhora Samantha.

— Então, minha sobrinha está saindo com um herdeiro. — Não foi uma pergunta.

De acordo com a America, a irmã de Shalom tenta casar seu filho com uma das sobrinhas. Motivo: a mulher é gananciosa demais. No entanto, eu já previa que ela era capaz de saber sobre mim. Uma mulher como ela, não deixa de se atualizar sobre as pessoas da alta elite.

— Sim. — Concordo, sentindo um aperto leve em minha mão — Ouso dizer que somos até namorados.

De relance, vi America sorrir. Um sorriso amplo, bobo e perfeito.

— Até mais, tia.

Assim que deixamos corredor e entramos em seu quarto, America me puxa para um beijo, me deixando completamente louco. Com a boca toda manchada do batom, ela sorri e me puxar para sentar ao seu lado na cama.

— Não acredito que você disse que somos namorados para a minha tia!

— Bom, eu não queria que fosse daquele jeito. — Confessei — Queria te pedir direito em namoro, mas eu conheço mulheres como a sua tia e eu tive que dar um basta antes que ela pudesse te magoar.

— Eu não me magoo com as coisas que ela fala. Eu até me acostumei com o mau-humor dela.

— Mesmo assim, você não merece ouvir palavras feias. Merece as mais bonitas. — Beijei seua bochecha e fiquei de joelhos na frente dela — Você merece mais que o mundo todo.

Deslizei minha mão esquerda pelo bolso frontal da calça e puxei de lá, uma caixinha de veludo preto. Abri diante dela, revelando um anel que eu comprei antes da verdade toda vir à tona. A joia é simples. É apenas um aro de ouro branco com uma pequena pedra azul no centro que é entrelaçado por folhas do mesmo material e cor do aro.

— Não é o anel que eu te daria em pedido de namoro. Mas assim que o vi na vitrine, não pude deixar de comprar. — Falei, enquanto o tirava de sua caixinha — Sei que não é o tipo de anel que as pessoas usam de namoro, mas como eu disse, você merece mais que o mundo. Então, estou aqui, de joelhos e eu quero que você seja a minha namorada temporariamente para...

— Temporariamente? — Senti um pouco de raiva em sua voz. America limpou as lágrimas e me encarou de cara fechada. Beijei os lábios dela e voltei a explicar.

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