Vinte e Cinco

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Um capítulo grandão para recompensá-los dessas semanas que fiquei ausente.

Boa Leitura!

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| America Singer |

Celeste estava mal. Praticamente, duas semanas haviam se passado e ela nem saiu de dentro daquela casa que a mesma passou a morar. Claro, ela tinha a mim e ao seu filhote para não ficar mau humorada. No entanto, seu caso de não sair um pouco e tomar sol estava começando a me preocupar. Então, hoje mesmo, eu iria arrastá-la a força. Poxa, eu estava me esforçando o máximo para ajudá-la, mas ela tinha que colaborar também.

— Eu não vou, Ames. — respondeu ela pela milésima vez, fazendo com que eu revirasse os olhos.

— Você não pode ficar mofando dentro dessa casa o dia todo! — protestei, enquanto arrumava um prato de comida para mim.

— Posso sim, senhorita! — retrucou zangada e enfiou uma garfada generosa de alface em sua boca — E pela centésima vez, eu não irei segurar vela. Poxa, Ames, você está com essa barriga maravilhosa e vai ser fotografada pelo seu boy. Você acha que isso não me afeta? Me afeta, e muito! E na maioria das vezes, eu até tenho inveja e ciúmes da sua alegria de ser mãe.

Fiquei em silêncio. Eu sabia que estava insistindo demais para Celeste vir comigo e com o Loirinho. Mas eu apenas a queria tirar de dentro daquele lugar e pelo menos, arrastá-la para algum lugar. Nem que eu tivesse que desmarcar as sessões de fotos de hoje. No entanto, minha prima parecia determinada em negar todos os meus convites que pudesse fazê-la sair da casa.

Tudo bem, eu desisti. Eu não iria mais insistir em algo que pudesse deixar minha prima mais magoada e triste, me doía vê-la com o rosto tão abatido. Então, liguei para Hale vir passar um tempinho com ela. Claro que a mesma protestou e reclamou que não precisava de uma babá. Mas eu cheguei ao consenso com ela, que não teve como negar. Afinal, ou era isso, ou eu chamava a Alicia. E apesar de Celeste amar muito aquela mulher, ela não queria que a senhorinha estivesse por perto, já que a mais velha sempre está certa com suas sábias palavras de adultos com experiência.

Assim que eu terminei a minha refeição, subi para o quarto que eu estava ficando e fui descansar um pouco antes do Loirinho vir me buscar. Eu estava animada para esta tarde. Pois estarei eu, minha filha e mais ele para completar a minha felicidade. Sim, eu já imaginei o mesmo ser pai da minha pequenina diversas vezes e como seria perfeito. Já é perfeito vê-lo cuidar da irmã com tanta dedicação e amor, agora, imagine com uma filha nossa?! Claro que essa que eu carrego não seria de sangue, mas como diz o ditado: pai é quem cuida. E o Loirinho seria um pai maravilhoso!

Adormeci com esses maravilhosos pensamentos, e quando acordei, já era o horário de eu ir tomar banho. Eu queria ter direito a uma banheira naquele momento, mas como eu estava com preguiça, deixei quieto. Afinal, se eu entrasse, era perigoso eu cancelar com o Loirinho e ficar relaxando naquele lugar.

Como estávamos no outono e os ventos eram bem geladinhos, decidi vestir algo quentinho e confortável. Uma cacharel bordô, calça e um cardigã de uma lã grossa que era elegante, mas que me manteria aquecida. Passei algo leve no rosto porque não queria nada marcado, já que estávamos indo tirar várias fotos de mim e da minha barriga e seria algo que eu levaria para o resto da vida. Sem contar que uma maquiagem carregada a essa hora da tarde não combina.

Quando eu cheguei na sala de estar, encontrei Calix em sua perfeita roupa. Bom, era algo simples como uma calça jeans azul, uma camisa branca e por cima um sobretudo preto. Claro, havia também os sapatos esportivo que o deixava lindo. E tudo isso, o deixava elegante demais.

CalixOnde histórias criam vida. Descubra agora