Quarenta e Um

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Um capítulo gigante para compensar meu sumiço!

Desejo a todos um ótimo 2019 e um feliz natal beeeeeem atrasado!

Amanhã sai o último capítulo e no dia seguinte o epílogo!

Boa Leitura!

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— Pai, onde o senhor está me levando? — Já fazia uns minutos que estávamos caminhando e aos poucos nos afastando do palácio. Minha curiosidade era grande, mas estava com um certo receio do que eles queriam me mostrar.

— Estamos quase lá. Só temos que passar pelos pinheiros.

— Pinheiros? Aqueles que vocês sempre me levavam no meu aniversário quando eu tinha a idade da Brice? Aqueles que a gente fazia piquenique com eles em torno de nós? — Não obtive respostas. Apenas um aperto nos ombros e eu logo soube o que estávamos indo fazer.

Quietos, seguimos em direção das árvores.

Os pinheiros estavam logo a nossa frente e minha mãe que está ao meu lado de mãos dada comigo, deu um pequeno aperto na minha. Soltei nossas mãos e a puxei para mim, andamos abraçados enquanto o papai estava à frente nos guiando.

Ver os pinheiros tão alto agora, só me fez perceber o quanto o tempo havia passado e que eu não vinha para cá desde que eu tinha uns oito a dez anos. Praticamente quinze anos desde a última vez que eu estivera aqui.

Lembro-me que o lugar era bem cuidado na época. E olhando agora, para o espaço que sempre fez parte da minha infância, foi de grande alivio ver que ele ainda continuava belo e florescendo. Está tudo ali. As rochas grandes e pequenas no centro, as diversas flores e até a parte do gramado que usávamos para o piquenique está ali. Tudo em cores vivas e bem cuidadas.

— O senhor não pode carregar peso.

Corro na direção das pedras e afasto o meu pai dali. Mas ele se esquiva de mim e volta a tentar erguer as pedras.

— Pai!

— Fica tranquilo, elas não são pesadas. — E parecia que não mesmo, já que ele conseguiu erguer uma rocha média. Confuso, encarei minha mãe.

— Vá ajuda-lo. — Assenti e voltei para perto de meu pai, o ajudando com a pedra maior. E realmente, não era pesado para uma rocha, mas pesado o suficiente para apenas um ser humano conseguir carregar.

Quando eu olhei em direção das outras, após deixar a maior em um canto, fique congelado no lugar vendo aquela pedra de mármore limpa e com um nome gravado nela:

Paige Brice Schreave.

Agacho-me diante da lápide e observo o nome gravado nela.

— Queria que uma parte da sua irmã estivesse entre nós, e como seu pai concordou comigo, usei o nome do meio de Paige como o primeiro nome de Brice. — Concordei, ao escutar o que a mamãe acabará de dizer. Virei-me para os meus pais.

— Acha que eu e Paige iríamos ter aquelas conexões de irmãos gêmeos, que só de olhar um para o outro, já saberíamos o que cada um pensava?

— Sim. — Ela sussurrou.

— Sempre imaginamos que sim, filho. — Foi meu pai que disse, ficando agachado ao meu lado

— Sinto muito por ter dito que eu já estava grande demais para piqueniques. Devo tê-los entristecidos bastantes quando disse a vocês. — Estendi a minha mão para a minha mãe e ela o pegou, se ajoelhando ao meu lado.

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