Trinta e Seis

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Posto e saio correndo!

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No fim das contas, eu não consegui passar o outro dia a sós com a America. Meu pai havia dado uma recaída e achamos melhor termos um tempo para nós outro dia. Mas isso não ocorreu. Fiquei tão atarefado com as coisas que anda acontecendo, que mal tivemos um dia de descanso. Era tanto um vai e vem para o centro, que eu chegava de noite e encontrava todos jantando.

E agora, vendo os arquivos sobre a senhorita Ashley Brouillette que pedi para Aspen dar uma pesquisada, fiquei horrorizado com o que ela já passou com o senhor Brouillette.

A mesma era agredida pelo próprio pai por defender amigos e por ter tido um namorado de baixa classe. E agora eu entendia o porquê de ela não enfrentar ele e querer recorrer a nós. E não era por ela ter sofrido com o pai, que eu confio nela. Vi a determinação em seus olhos quando veio conversar comigo e quando mandou o e-mail, arriscando a sua vida mesmo sabendo que seu pai podia descobrir a qualquer momento.

— Justin, marca uma segunda reunião com ela.

— Sim, senhor.

Eu iria ajuda-la. Ela me ajudou, agora é a minha vez de retribuir o gesto.

— E fale para a senhorita vir acompanhada da mãe.

— É claro. — Com isso, ele deixou minha sala com suas coisas nas mãos.

Eu estava disposto a ajudar essa garota. Meu trabalho era não deixar pessoas como o pai dela ou piores até, ficarem soltos por aí. E eu daria o meu melhor para termos o menor número possível de pessoas de mau caráter. O governo pode mudar, mas não eu ou o meu jeito de pensar.

Procuro pela mesa as pastas que continham os arquivos do pessoal da assembleia que Carter e Aspen decidiram por si só, investigar essas pessoas. Pois, de acordo com eles, algo ali estava estranho por alguns estarem tão calmos e estarem dirigindo olhares diferentes para outros. Eu não havia percebido isso antes, mas depois que eles me disseram seus pontos de vista, decidi ficar mais atento. E eis que eles estavam certíssimos! Depois da última reunião, vi que algo estava estranho ali, e pedi aos dois para que investigassem fundo o que realmente estava acontecendo.

— Cadê eles? Cadê?!

Levanto da cadeira, indo em direção do aparador que tinha no outro lado do cômodo e que ficava sob um espelho que estava pendurado na parede. Os papéis não estavam ali. Apenas uns desenhos de Brice e nada mais.

Meu quarto. Lembro vagamente de ter deixado alguns papéis sobre a minha mesa para eu poder ver como a minha filha estava. Nada de mais. Apenas estava com saudades de segurá-la em meus braços, então, deixei o que eu estava fazendo de lado e fui em direção do berço, onde Eadlyn estava deitada de barriga para cima e estava abraçada com sua pelúcia.

Subo as escadas de dois em dois e chego em frente ao meu quarto. Bato duas vezes antes de entrar.

Assim que boto meus pés no quarto, rapidamente, America se cobre com o edredom pesado. Arqueiro uma das sobrancelhas, me perguntando o que ela estaria aprontando. Com um sorriso no rosto, reviro os olhos e vou em direção da minha mesa a procura dos arquivos. Acabo que os encontrando na primeira gaveta da mesa. Mas uma mão delicada os agarra, tirando de minhas mãos e os colocando sobre a mesa.

— America... — Ela estava atrás de mim, passando seus dedos delicados pelas minhas costas.

— Shiiiu...

Sua mão direita deslizou das minhas costas pelo meu ombro, chegando na gola da minha camisa que continha os primeiros botões abertos. Vi os seus dedos e o anel de namoro que dei a ela em Carolina sumir por dentro da roupa e um arrepio se instalou pelo meu corpo ao sentir o toque do anel gelado contra a minha pele quente.

CalixOnde histórias criam vida. Descubra agora