Capítulo 24

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O resto do sábado e o domingo passaram com tanta lentidão que nada que eu fizesse para gastar o tempo fazia com que os ponteiros do relógio andassem mais rápido. Corri, fui a igreja, sai com as meninas, fui no teatro com Alex, e mais das diversas atividades. E nada.

Era querer tanto que algo chegasse logo que o destino conspirava para demorar ainda mais para chegar!
Quando a segunda feira finalmente chegou eu nem acreditei. Fiz meu trabalho olhando as horas a todo momento. Assustei-me quando Jenny apareceu me chamando para o almoço.

— Você está olhando pro relógio tem umas 5 horas, deixa de ser ansiosa! Vamos comer... — Chamou a estagiária, que ocupava meu lugar no meu horário de almoço, e me puxou para fora da Lasur. — Hoje vamos em um lugar diferente...

Ela me fez entrar no carro e guiou até o local "diferente", quando chegamos lá eu abri um sorriso.

— Que sorriso besta é esse, hein?! — Caçou encontrando uma vaga perto da entrada. — Alex já te trouxe aqui?

— Não... — Respondi imersa as minhas lembranças daquele sábado, daquele almoço.

— Então o que foi? — Perguntou já perdendo a paciência por ficar sem uma resposta. Sabendo como Jenny era eu não duvidava que ela estava louca para me esfolar caso eu não dissesse o que realmente aconteceu.

— Já vim almoçar aqui com a Susan e o Thomas. — Falei enfim. Jenny me olhou com os olhos arregalados.

— Você o quê? E não me contou, sua vaca! — Reclamou saindo do carro. A acompanhei e fomos andando até o estabelecimento. — E pelo visto gostou, né?

— Ahh, foi até bom. Mas o final foi estranho. — Contei. — Thomas foi atender uma ligação, a Susan ficou meio triste e falou que não gostava quando "ela" ligava.

— É a mãe dela. — Jenny deduziu de primeira. Não parecia ter dúvida nenhuma, sei lá, eu não desconfiava dessa louca, ela tinha umas ligações e picos de sabedoria as vezes.

— Ela também disse um nome algumas vezes. Amanda... esse é o nome. Será mesmo a mãe dela? Por que fica triste quando ela liga? — Joguei as perguntas que estavam me atormentando.

— Já formei minhas teorias. E nelas a tal Amanda é bem filha da... — Ia soltar um palavrão, porém adentrarmos o lugar que estava um pouco cheio e com certeza alguém poderia ouvir.

— Preferi não formar as minhas, quando perguntei quem era para a Susan ela começou a ter um ataque de asma, e depois, com olhos tristes, falou que não gostava de falar sobre ela. — Comentei. Jenny assentiu, pensando e procurando alguma mesa vazia. — Fico curiosa, mas vou esperar um pronunciamento deles.

Confiança não se compra, se ganha. E mesmo não tendo nada a ver com a vida deles, eu gostaria de ganhar esse tipo de confiança.

Pedimos uma comida a nosso gosto e aquele assunto se encerrou. Ficamos falando do meu possível estágio.

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A Um Solo do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora