"Amar é ficar ao lado da pessoa que se ama. Mas também é deixar que ela vá."
Depois da (mini) Mulher Maravilha e do Superman, misturado com Capitão América, terem saído correndo, o silêncio pairou sobre a mesa. Ouvi Thomas limpar a garganta e o olhei.
— Sei que você está namorando, mas eles são pequenos, não precisamos ou temos que dar ouvidos — Ele estava dizendo o óbvio, mas por que as palavras de Carl sobre nós dois vestidos de Ravena e Mutano me deixaram de mãos soadas, peito inflado e coração a mil?
Contudo, e sem resposta para minha própria pergunta, assenti e me levantei com a bandeja, correndo para dentro da casa novamente. Thomas não sabia verdadeiramente que eu estava namorando, como eu fiz uma história fictícia dele, ele supôs, pois eu estava sem aliança e a única vez que eu aparentava ter algo mais com alguém foi quando Alex atendeu um telefonema de Thomas.
Não encontrei Jenny na cozinha então segui para o banheiro. Eu estava mais pálida do que a maquiagem mostrava. Eu não devia estar assim por outro homem, eu devia estar, me sentir assim quando estava com Alex, quando ele simplesmente me olhasse, como Thomas fizera, quando alguém sequer viesse insinuar o que for sobre nós dois. Eu queria me sentir assim com um mínimo sorriso de Alex.
Molhei minhas mãos e a base do meu pescoço, peguei meu celular na bolsa e sentei sobre a tampa do vaso.
Alex não tinha me respondido. Suspirei. O que aconteceu Alex? Perguntei inutilmente na minha mente. Na verdade eu só queria que ele tivesse me respondido para "mostrar presença", para demonstrar que ele estava ali, mesmo que não literalmente.
Eu precisava de um movimento seu para me impedir de fazer algumas coisas. Eu precisava de um sinal de vida dele para me lembrar de que eu ainda era sua namorada, ou não poderia assumir meus atos.
Ouvi uma batida na porta e levantei assustada.
Certo, Ellie. Se controla e tenta ficar longe do Thomas o maior tempo possível! Assenti para mim mesma e coloquei a mão na maçaneta para abri-la.
Encontrei um par de olhos castanhos escondidos no meio do verde escuro em que seu rosto se encontrava.
Thomas.
Obrigada, vida! Você me apoia tanto!
Passei por ele evitando seu olhar e segui para fora tentando respirar direito. Eu nunca tinha me sentido assim! Era tão novo, estranho e... bom!
Não, Ellie, não pode ser bom, você está comprometida com outra pessoa...
Voltei a respirar fundo e segui para o jardim. Encontrei com o tal Lanterna Verde que a Jenny tinha falado, ele conversava com a mãe dela e seu sotaque era engraçado, contrastando com sua voz rouca. Ele era alto, forte, muito forte, daquele que viram a noite em academias, Jenny os chamava de "monstrões". Eu não curtia... ela, por outro lado.
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A Um Solo do Amor
Chick-Lit♥♥ Vencedor do Wattys Justo 2016, Primeiro lugar no Projeto Descobrindo Escritores ♥♥ Ellie tinha duas escolhas: viver remoendo seu passado infeliz ou criar um novo presente e futuro para si. Felizmente, ela escolhe a segunda opção. ...