"Não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros."
Quando eu era bem pequena, e ia passar o verão na casa dos meus avós, sempre ouvia ele dizendo depois de um machucado: "o maior erro que cometemos é ter medo de errar". Por bastante tempo eu tentei atribuir isso à minha vida, o que seria errar por ter medo? Até que entendi que aquilo valia para tudo. Era – e é – o famoso "quem não arriscar não petisca".
Depois de sair do hospital eu me peguei pensando se ia direto para a casa de Alex ou se passava primeiro na casa da Jenny.
Porém nem precisei de muito, Alex tinha me respondido a mensagem de agradecimento que eu tinha lhe mandado. Disse que a mãe estava melhor, e confirmando o que Jenny tinha me dito, ele não demoraria para voltar a Kennet. Diante disso, resolvi ir para a casa de Jenny, preparei o almoço depois que ela ligou avisando que iria almoçar comigo e ajeitei a casa.
— Me conta, como a Susinha está? — Jenny perguntou quando já estávamos na mesa.
— Eu diria que bem melhor, não estive com Thomas quando ele foi conversar com o médico. Na verdade, fiquei com ela, tive que contar a verdade sobre o acidente e ela chorou muito, mesmo com a grande possibilidade de voltar a andar. — Contei cortando o bife acebolado e bem passado. — Depois disso ela dormiu. Pensei em ir embora, já tinha brigado com a Amanda e tudo, acabaria a confusão do dia.
— Espera! Você brigou com a Amanda? — Jennifer se mostrou mega interessada na conversa, apesar de já está atenta quando falei de Susan. — Tipo, aquela Amanda que a Susan falava?
— Sim. Briguei, não muito, acho. — Eu devia admitir que não senti vergonha alguma depois do que fiz, pois eu não senti mesmo.
Vendo que eu teria que contar toda história daquelas três horas no hospital – como o tempo voou! – em trinta minutos, eu fiz um resumo para Jenny. Nesse meio tempo terminamos de almoçar e fomos escovar dentes. No final do resumo, ela já estava quase andando pelas paredes.
— Meu Deus! Um beijo e você vai acabar tudo com Alex! Meu Deus! — Ela exclamava com a boca suja de creme dental. — Pausa: a Susan é super fofa e... Cara, Tobias, tirando um certo aspecto... Vai que a família do Thomas tem alguma descendência, sei lá, da Tailândia.
Eu não sabia como estava entendendo-a, era cômica a situação, ainda mais com ela parecendo estar a falar sério.
— Tailândia, ok! É quinta feira e você já está bebendo. — Ri da cara de tédio dela. Terminamos de escovar os dentes e saímos juntas, pois ela me daria uma carona até a estação central para ficar mais próximo da casa de Alex.
— Obrigada, maluquinha. Bom fim de trabalho para você.
— Boa sorte com o mágico. Se ele te coloca para baixo eu arranco as bolas dele! — Jenny ameaçou e deu a partida no carro.
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A Um Solo do Amor
ChickLit♥♥ Vencedor do Wattys Justo 2016, Primeiro lugar no Projeto Descobrindo Escritores ♥♥ Ellie tinha duas escolhas: viver remoendo seu passado infeliz ou criar um novo presente e futuro para si. Felizmente, ela escolhe a segunda opção. ...