Na mansão da família Odebrecht

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Lucas estava apreensivo, não imaginava que ia passar toda suas férias escolar na casa dos patrões de sua mãe, já que ela trabalhava como babá em tempo integral há 3 anos, cuidando da filhinha de 3 anos da família Odebrecht, uma das mais importantes famílias da capital paulistana. Lucas Muniz vivia com seu pai, Ronaldo Muniz que era separado de sua mãe há pelo menos uns 4 anos, e desde a separação, ele optou ficar com seu pai, e agora que ele havia pegado um serviço de empreiteiro num prédio teria que viajar e ficar fora por um mês, e Lucas teve que passar suas férias com sua mãe. Ele a visitava duas vezes ao ano, mas sempre que a visitava ela estava em sua casa, agora de último instante descobrira que teria que ficar com ela enquanto ela cuida da Ana Clara, a filha de seus patrões ricos, e teria que dormir na mansão também. Lucas soubera disso horas antes de ter sido recebido por sua mãe na rodoviária da cidade, onde chegara de ônibus depois de 6 longas horas de viagem. Cansado vai para casa dela, e de lá partiria para a mansão dos Odebrecht, com a promessa de que seriam umas férias bem bacanas, com direito a um quarto grande com TV a cabo, internet e piscina todos os dias. Lucas então parte com sua mãe para a mansão num condomínio de luxo, e conhece o sr. Olavo Odebrecht e a sua esposa Maria Lurdes Odebrecht, que o recebem calorosamente bem.

— Olá meu rapaz, seja bem vindo a nossa casa — cumprimentou o sr. Olavo feliz, abraçando-o como se ele fosse um parente que não via a muito tempo. — A gente já o conhecia por fotos, sua mãe sempre nos mostra suas fotografias, e tem muito orgulho de você.

Lucas fica sem jeito, mas abre um sorriso, agradecendo-o.

— Muito obrigado por me receber a sua casa sr. Odebrecht.

— Por favor, me chame apenas pelo primeiro nome — ele pediu gentilmente. Lucas assentiu com a cabeça, e depois a esposa dele se dirigiu a sua pessoa.

— Queremos que você se sinta parte da nossa família, e que não fique acanhado e aproveite suas férias com o máximo prazer e diversão que puder — disse a sra. Maria Lurdes, também o cumprimentando com um abraço. — Seu quarto já está preparado, e queremos que fique a vontade.

— Sou muito agradecido desde já senhora... — ele relutou em chama-la pelo sobrenome e viu que ela o incentivava-o para ele ficar a vontade. — Obrigado Maria Lurdes, pela recepção.

A mãe de Lucas, a senhora Melinda Fagundes se curvou e pegou a Ana Clara no colo, e a ninou enquanto os senhores Odebrecht mostravam o restante da mansão para Lucas, que os acompanhavam timidamente, conhecendo a casa e os outros empregados.

— Queremos que faça de nossa casa a sua, fique a vontade, pode explorar tudo, e passear pelo condomínio a vontade — disse o sr. Olavo.

— Nem sei o que mais dizer sr. Olavo.

O mordomo, um senhor de 60 anos uniformizado apareceu informando-os.

— Com licença senhores, a mala do jovem Lucas já está desfeita e arrumada no seu quarto de hospede — e se retirou educadamente.

— Querido mostre a ele onde fica o quarto, eu tenho que conversar com a Margarida — pediu a sra. Maria Lurdes, e sorrindo, acariciou o rosto de Lucas e saiu.

— Venha Lucas, venha conhecer o quarto, e espero que goste.

Lucas acompanhou o sr. Olavo subindo os lances de degraus de mármore fino, com um corrimão dourado. Havia antigos quadros de pintores famosos, e o teto era revestido de gesso com detalhes magníficos. Tudo era perfeitamente organizado.

Lucas passou por várias portas, até parar ao lado de uma. O sr. Olavo se afastou e pediu que ele tomasse a liberdade de abri-la. Lucas obedeceu, e quando abriu, se viu dentro de um quarto enorme, com suíte e uma sacada que dava de frente para a entrada da mansão. O quarto tinha uma cama de casal, uma enorme TV de tela fina ajustada na parede, computador e uma mesa para ele caso quisesse estudar ou ler.

— Nossa, isso é muito para mim, sr. Olavo... — disse surpreso. — Eu poderia dormir no mesmo quarto que minha mãe se preferir.

Olavo riu, e passou o braço entorno do ombro de Lucas, na maior intimidade, e o jogou na cama.

— Não quero ouvir uma recusa do meu afilhado.

Lucas sentou no colchão, sem entendê-lo.

— Perdão senhor, como assim, afilhado?

— A partir de hoje terei você como meu afilhado por consideração, fazendo-o parte da família, e desde hoje, esse quarto será exclusivamente seu toda vez que vier ficar de férias escolares ou caso queira morar aqui com a gente.

Lucas parecia não estar acreditando no que ouvia. Ficou muito contente, mas sabia que não poderia aceitar.

— Agradeço desde já a sua grande gentileza, mais isso é algo que eu não poderia aceitar... quero dizer, poderia pensar com calma se o senhor permitisse.

O sr. Olavo suspirou e ponderou.

— Tudo bem, mais que sua resposta seja otimista a meu desejo, não que estou te pressionando, mais não quero ouvir uma recusa — e riu fazendo Lucas rir também. — Vou descer e depois há meio dia o almoço será servido na sala de jantar, não se atrase, por favor.

— Claro sr. Olavo, e muito obrigado.

O senhor Olavo saiu e Lucas relaxou na cama de colchão Box, sentindo que suas férias não seriam tão ruim assim. 


O Filho da BabáOnde histórias criam vida. Descubra agora