O encontro

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O avião aterrissou numa pista de pouso. Lucas e David desceram, e um carro preto os esperava. David abriu a porta para Lucas entrar, e entrou logo em seguida, ficando ao seu lado. Enquanto o motorista guardava as malas no bagageiro.

— Nossa seu pai é muito prestativo, pensou em tudo — Lucas comentou.

— Vai se acostumando — disse David e pegou sua mão afetuosamente. — Motorista pode seguir em frente.

O motorista saiu, seguindo um caminho para fora da pista de pouso. No trajeto Lucas perguntou.

— David que cidade é essa?

— Droga, eu esqueci o nome.

Lucas não estava convencido com aquela resposta.

— E vamos direto ao hospital?

— Não, a hora de visita é mais tarde — respondeu ele.

— Como sabe que a hora de visita é mais tarde se nem ao menos sabe em que cidade estamos? — desconfiou.

David olhou para ele, aturdido.

— Espera aí, está me testando?

Lucas deu de ombro.

— Não sei é que parece que nada do que você está dizendo corresponde com a realidade.

David estava novamente impaciente, ou pelo menos tentava ser o máximo que conseguia.

— Lucas eu não quero que duvide de mim entendeu, ou muito menos duvide do meu pai.

Lucas sentiu incomodado quando David apelou envolvendo o senhor Olavo na conversa.

— Eu não estou duvidando do seu pai David.

— Da no mesmo, duvidar de mim está também insinuando que meu pai está mentindo, ou esquece que foi ele quem organizou tudo isso?

Lucas virou o rosto para ele, cruzando os braços.

— Falta muito pra chegarmos? — indagou com rispidez sem fitá-lo.

David também estava de cara virada para o lado oposto e não respondeu. Ficaram em silêncio por três minutos, até que Lucas quebrou o silêncio.

— Desculpa — Lucas engole o orgulho e olha para ele.

— Tudo bem — responde David ainda com certa mágoa na voz, olhando para frente, e depois de uma esgueirada sorri, arqueando a sobrancelha esquerda.

Lucas sentou mais próximo dele, recostando a cabeça no seu ombro. David por sua vez acariciou sua mão.

O motorista dirigia o carro sem despertar qualquer interesse na conversa dos dois passageiros.

— Já estamos chegando senhores — anunciou o motorista.

— Obrigado — David responde. — Vamos descansar um pouco quando chegarmos beleza?

Lucas assentiu.

— Tudo bem.

O carro adentrou num portão que se abriu automaticamente e desceram uma rampa. Estavam num estacionamento subterrâneo de um prédio.

— Chegamos? — pergunta Lucas curioso.

— Sim, eu vou pegar as nossas coisas — David sai e o motorista também.

— Senhor deixe que o leve para vocês — ofereceu o motorista.

Lucas saiu do carro.

— Fique tranquilo, eu dou conta, você está com a chave do apartamento suponho.

O Filho da BabáOnde histórias criam vida. Descubra agora