O Filho da Babá

Boa noite

Lucas digitava uma mensagem para seu pai no seu celular.

Oi pai, eu estou na casa dos patrões da minha mãe, e vou passar as férias aqui com ela. Estou bem, e já estou com saudade de você, beijos e tenha uma boa noite.

(Enviada)

Lucas desligou o celular, a TV passava um comercial de vendas de carro, quando ele escutou alguém batendo na porta do seu quarto. Ele pulou da cama, e abriu-a.

Era sua mãe.

— Oi — disse ela.

— Oi mãe — eles ficaram um olhando para o outro e num gesto repentino eles se abraçaram.

— Desculpe filho por me intrometer na sua vida hoje à tarde, sei que não fui uma mãe presente e a mãe que você queria que eu fosse — ela se desculpava, e Lucas sentiu envergonhado por ela estar se humilhando para ele.

— Por favor, pare, não precisa se desculpar, eu não a culpo, falei aquilo no momento de raiva, por favor, eu que peço desculpa mãe.

Ela sorriu, e lhe fez um carinho em seu cabelo.

— Espero que suas férias aqui sejam agradáveis, e o que é que tenha prometido o senhor Olavo a você, saiba que tem o meu apoio total, meu anjo.

— Obrigado mãe, mais como disse, eu terei que pensar, pois não quero decepcionar o papai.

— Entendo filho, bem, vim desejar também uma boa noite, eu durmo no quarto do andar de baixo, se precisar de mim é só ir e me chamar.

— Obrigado mãe, tenha uma boa noite a senhora também.

Ela ia saindo, quando o casal Odebrecht vinha pelo corredor, desejou um bom descanso a senhora Melinda, e Lucas ficou no vão da porta olhando para eles que lhe aproximavam.

— Então essa será sua primeira noite aqui, espero que tenha uma excelente noite meu garoto — O sr. Olavo pousou a sua mão no ombro de Lucas.

— Tenho certeza que terei, obrigado e boa noite para vocês.

— Obrigada meu querido, e sinta-se a vontade, a casa é sua — disse a sra. Maria Lurdes, dando-lhe um beijo em seu rosto.

Lucas suspirou feliz, estava agradecido por estar sendo tão bem recebido e tratado por todos, que sentia que dormiria muito bem. Foi no banheiro e escovou seus dentes antes de ir se deitar. A hora já passava das 21h20min.

Com sua higiene e necessidade básicas terminadas ele caminhou para cama, desligou a TV e alcançou a luz do abajur ao lado da cama, e apagou. O quarto mergulhou numa escuridão, que só não era total por causa da claridade dos iluminares no quintal que transmitia sua luz pelas frestas das cortinas de sua janela.

Lucas rolava na cama macia, era estranho deitar em algo tão confortável, já que sua cama de solteiro na casa de seu pai era um colchão que afundava no meio. Ficou de lado, pensando no dia que tivera naquela manhã e tarde. Se pegou pensando em David, na conversa que teve com ele na sala... na chata de sua namorada e nos seus amigos. Fechou os olhos e logo o sono apareceu.