Os carros finalmente chegaram ao aeroporto da cidade, e todos caminharam para o embarque. Tudo já estava pronto, o senhor Odebrecht tinha um avião próprio com 18 lugares, um magnifico Falcon 7X.
O piloto do avião esperava pelo senhor Odebrecht ao lado da escada.
— Senhor Olavo, é um prazer revê-lo — estendeu a sua mão quando o senhor Odebrecht deu-lhe a mão para um aperto.
— Eu gostaria de dizer o mesmo caro amigo Smith, mas o nosso reencontro marca uma tragédia — disse o senhor Olavo com um olhar triste.
— Eu sinto muito senhor, não quis ser indelicado — disse o piloto, e o senhor Olavo deu uns tapinhas no seu ombro, e pediu que os outros começasse a embarcar.
— Bem, vamos subir — e olhando para o seu piloto há 10 anos a seu serviço pediu. — Pilote com muita segurança Smith, o tempo não é propício a viagem, mas confio em suas mãos.
O piloto compreendeu e foi o último a subir.
Lucas estava apreensivo, e mais nervoso do que já estava. Já voara de avião uma vez, um voo comercial, mas aquele era um jato particular, e bastante confortável, ainda assim estava com medo.
— Senhores e senhoras, aqui é o seu piloto Smith John, peço a todos que sigam minhas ordens e mantenham-se nos seus lugares na decolagem, e coloquem os cintos de segurança.
O piloto se certificou a todos e depois adentrou na cabine sentando ao lado do seu co-piloto, um rapaz na casa dos 35 anos, alto, moreno claro de olhos azuis.
— Tudo pronto senhor — disse ele e Smith respirou, concentrando e esperando obter permissão da torre de controle para decolar.
— Ótimo, vamos voar Marcos — disse ele ligando as turbinas, enquanto seu co-piloto deslizava os dedos nos botões do painel e acionando-os.
A torre de controle entrou em contato e permitiu a decolagem. Smith colocou o jato Falcon 7X em movimento.
— Não tenha medo Lucas, pode se quiser segurar minha mão — Ofereceu David ao seu lado e Felipe não teve sorte indo sentar dois bancos atrás deles.
Lucas tremia, e por uns instantes quisera recusar a mão aberta e estendida para ele, mas à medida que o avião começara a inclinar, Lucas não teve escolha e agarrou a mão de David com força.
— Desculpe... eu não tenho costume de viajar de avião... eu... eu estou sendo um ridículo eu sei — disse Lucas controlando a sensação estranha de estar novamente nos ares.
David riu baixo, encorajando-o.
— Não se preocupe, isso acontece até comigo, meu maior medo é dele cair.
Lucas olhou para ele sério.
— Muito obrigado por me deixar mais calmo, David.
Novas risadas abafadas, e David espiou por cima da sua poltrona. Todos estavam em seus lugares.
— Se quiser pode amparar sua cabeça no meu colo, ninguém estará vendo.
Lucas olhou para ele novamente.
— Estou com medo e não com vontade de chupar seu pau David — e dizendo isso puxou-lhe a mão e David fez cara de quem não compreendera.
— Eu... não quis que interpretasse por esse lado Lucas, só quero que fique mais a vontade e se sinta seguro.
— Pode deixar que eu estou bem agora onde estou, mesmo assim obrigado por você querer me ajudar — retrucou Lucas.
David relaxou no seu lugar, e espiou pela janelinha. Já estava muito alto, cruzando a cidade e os altos prédios que lá de cima parecia pequenos dominós em pé.
— Você está me tratando com muita frieza sabia? — disse David ainda olhando o cenário de lá de cima para baixo.
Lucas suspirou.
— Você acha? — ironizou.
— Sei que está passando por um momento difícil, mas descontar sua dor em cima dos outros é um tanto injusto — observou ele, calmamente.
As palavras de David corroía por dentro de Lucas, até que ele sentindo remorso murmurou contra a vontade.
— Sinto muito... mas se você não esforçasse tanto para ser esse cafajeste que é... eu estaria agora apoiando a minha cabeça entre seu colo.
David olhou para ele, e Lucas também. Seus olhares se conectaram por alguns segundos, e ambas mãos foram se encontrando, e David levantara o braço da poltrona que os dividiam, e Lucas deitou de lado, aconchegando sua cabeça no colo de David, enquanto ele lhe alisava seu cabelo.
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O Filho da Babá
RomanceLucas é um jovem de 18 anos que mora com o pai, mas tem que passar as suas férias letivas na mansão dos patrões de sua mãe, que é a babá da filha caçula de 3 anos da família Odebrecht (sim a mesma família polêmica da corrupção) nisso Lucas sem alter...