O senhor Olavo dirigia seu carro para o centro da cidade com Lucas no banco do carona, ao seu lado.
— e então Lucas eu comecei do ponto zero na mineração, depois que o antigo dono declarou falência, mas eu sabia, sentia, que ali tinha mais para explorar do que já tinha, e na primeira semana de escavação numa área virgem, rejeitada para rejeitos, lá foi onde estava o ouro.
Lucas ouvia a história que o senhor Olavo contava sobre a mineradora que lhe rendeu milhões de reais.
— Nossa onde estava o lixo era onde estava o ouro?
— Exatamente — afirmou. — Por isso não podemos julgar as coisas, e as pessoas, por mais que possa parecer insignificante para uns, para outros pode ser a sua salvação.
Lucas gostava de ouvir os conselhos do senhor Olavo, ele era muito culto e inteligente.
— E você ainda trabalha com mineração?
Olavo assentiu com a cabeça.
— Sim, mas também investi em muitas outras áreas comerciais, para diversificar sabe? — explicou. — Tenho participação de lucros em muitas outras empresas.
— Nossa eu nem sei como imaginar isso, sabe — disse surpreso, e o Olavo riu.
— Um dia você terá as mesmas chances que eu tive Lucas, alias, nem vai precisar correr e bater em porta em porta como fiz, para conseguir uma ajuda de custo na época, você terá a mim.
Lucas olhou para ele confuso.
— Eu não sei bem se daria um bom empresário Olavo, eu não sou lá muito bom em números, eu me perderia.
Olavo virou a esquina e seguiu a pista secundária.
— Não é difícil Lucas, mas tem que ter força de vontade e muita responsabilidade, mas você tem.
— Você deposita muita fé em mim, mas eu não sei se sou isso tudo.
— Não duvide o quanto você pode fazer, está tudo aí na sua cabeça, é só abrir as portas fechadas da sua mente, e vai encontrar soluções onde só via dificuldades.
Lucas achou curioso o jeito que ele falara, parecia que estava falando em códigos, para que ele se interessasse em perguntar mais sobre aquilo, e arriscou.
— Você poderia me mostrar como?
Olavo olhou para ele, sorrindo.
— Vou te mostrar o caminho Lucas, mas é você que terá que dar os passos, mas estarei do seu lado sempre.
Lucas sentiu uma sensação boa, sabia que podia confiar naquele homem que o queria bem, mas não sabia por que ele ia se sacrificar para formar seu futuro.
— Eu prometo me esforçar e dedicar enquanto você me ensinará.
Olavo sorriu, parecia orgulhoso.
— Daqui em diante você irá estudar comigo.
Lucas ficou surpreso.
— Você é também professor?
— Na vida sempre temos algo para ensinar Lucas, não se preocupe, você irá descobrir coisas que nunca sonhou antes ser possível.
— Você fala de um jeito que... sei lá, me deixa muito curioso — confessou Lucas.
— Como eu disse àquela vez a você, se não fosse pela curiosidade nós não estaríamos aqui tendo essa conversa — lembrou Olavo.
— Pela qual curiosidade você se refere? — Lucas lembrara de ter ouvido isso antes, e agora queria saber.
Olavo riu.
— Da tentação e queda da Eva e de Adão Lucas, eles foram curiosos e comeram do fruto proibido, o que resultou nisso que somos hoje, todos nós temos o direito de conhecer tudo, basta escolhermos.
Lucas ficou fascinado.
— E você escolheu e comeu da fruta, não é?
— A fruta é o nosso livre arbítrio, o desejo de querer conhecer, a vontade de querer possuir, e sim, eu resolvi comer da fruta e hoje posso dizer o quanto sou mais feliz — revelou.
Olavo estacionou o carro numa praça, e desceu. Lucas saiu do carro. Caminhou ao lado dele, que ia em direção a uma barraca com mesinhas e cadeiras com algumas pessoas e crianças comendo pasteis.
— Que cheiro bom — Lucas levantou o nariz sentindo o aroma no ar.
— Procuro vir aqui uma vez por semana, não resisto os pasteis daqui, são deliciosos.
Lucas puxou uma cadeira e sentou, enquanto o senhor Olavo ia cumprimentar o pasteleiro com um aperto de mão e distribuindo sorrisos e comentários felizes.
— Por favor, trouxe um convidado de honra para experimentar um de seus pastéis amigo — indicou Lucas com o dedo, e o pasteleiro acenou para Lucas sorrindo. — Vou querer o de sempre, espero que não tenha acabado.
— Não claro que não, sempre reservo 10 pastéis de Palmito com carne seca para o senhor, sabe disso — respondeu ele. — Mas e o garoto, vai querer do quê?
O senhor Olavo pediu licença e foi até Lucas, entregando o catálogo.
— Você vai comer do quê? — Lucas perguntou a ele, e o senhor Olavo indicou com o dedo no catálogo. — Hum eu gosto de palmito, então vou querer um desse também, por favor.
Olavo sorriu e ao virar para o amigo na barraca fez o sinal da vitória.
— E dois copos de 400 ml de caldo de cana com sabor de abacaxi, sim?
Lucas relaxou, nunca comera pastel acompanhado de caldo de cana antes, iria experimentar, alias, segundo Olavo dissera antes, a curiosidade era algo para descobrir os prazeres da vida, se não gostasse ia saber, não custava nada afinal.
Nota do autor:
Irei estar viajando amigos para São Carlos-SP, e creio que ficaremos sem capítulo nesse sábado 18/03/2017 beleza? Vou regressar domingo se Deus quiser, e lá onde vou estar não tem internet. E mesmo se tivesse eu só consigo escrever os capítulos pelo computador, odeio digitar pelo celular.
Meu irmão chegou do trabalho agorinha a pouco e disse que a sua esposa está com pressão alta e por conta disso o médico terá que fazer o parto dela, se Deus quiser logo serei titio de novo. Já tenho um casal de sobrinhos do primeiro casamento dele que amo demais, e agora está vindo mais uma menina do segundo casamento. É uma pena que estarei de viagem e não vou poder ver a minha sobrinha chegar. Mas está tudo nas mãos de Deus. Darei mais detalhes quando eu vier.
Obrigado e até domingo pessoal. Adoro cada um de vocês, beijo e bom final de semana a todos.
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O Filho da Babá
RomanceLucas é um jovem de 18 anos que mora com o pai, mas tem que passar as suas férias letivas na mansão dos patrões de sua mãe, que é a babá da filha caçula de 3 anos da família Odebrecht (sim a mesma família polêmica da corrupção) nisso Lucas sem alter...